Na terra do mensalão.

Não será o PSDB a vetar uma aliança do PSDB do B de Aécio Neves com o PT. Não combina com os punhos de renda do partido. Será o próprio PT que, nas eleições municipais, terá que provar a força das suas resoluções internas, sob pena de ser arrastado por uma candidatura a presidência em 2010, fora do partido, apoiada por Lula e pela companheirada da "boquinha", cômodamente instalada dentro da máquina com os seus CCs, diárias e cartões corporativos. Em 24 de março, o PT dividido pela concertación interna, onde quem ganhou não levou, decide qual a sua política de alianças para as eleições municipais. Possivelmente, o PT de Belo Horizonte vai pagar o preço de ter capitulado tão cedo, recebendo um sonoro não para a aliança com os tucanos. A não ser, é claro, que tudo se revolva pelo sim e pelo não, na terra do mensalão. Leia mais aqui.

3 comentários

Os donos da informação
Claudio Weber Abramo
Folha de S. Paulo 26/2/2008
O episódio dos cartões exibe uma grave vulnerabilidade do país: a falta de obrigação do poder público de divulgar informações de que dispõe

TENDO TOMADO o espaço político nas últimas semanas, o assunto dos cartões, por si só, não justifica CPI. Trata-se de um meio de pagamento como qualquer outro. O que mereceria investigação parlamentar são as condições de controle a que despesas de modo geral são submetidas no Brasil, não apenas no governo federal, mas também nos Estados e municípios. Quais estruturas de controle existem? As justificativas para compras são razoáveis? Os bens e serviços adquiridos foram fornecidos conforme as especificações? Os custos estão dentro de margens aceitáveis? Há indicadores de desempenho de projetos e programas? Qual é a incidência percentual de irregularidades? Caso houvesse interesse na questão mais ampla, se obteria a resposta de que, no Brasil, as condições de prevenção e controle são heterogêneas e geralmente precárias. No plano federal, alguns ministérios têm controles melhores do que outros. Princípios básicos de acompanhamento são aplicados desigualmente, em boa parte porque a Controladoria Geral da União, o órgão de controle interno do governo, não tem autoridade sobre os ministérios. Desde a sua criação, no governo Fernando Henrique Cardoso, a CGU sempre foi uma repartição da Presidência da República (leia-se Casa Civil). Embora tenha experimentado considerável ampliação de escopo no governo Lula, essa subordinação funcional e política prejudica seu desempenho. Uma CPI do controle precisaria recomendar a desvinculação desse organismo da Presidência e sua transformação em instrumento de Estado, e não de governo.

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Coronel,
O Anônimo das 8:55 disse o certo, ou seja, acertou na mosca:
- qual o indicador de desempenho e programa, ou seja, qual é a eficiência, fora gastar sem limite (eficiência ao contrário);
- Qual a margem de custo (novamente qual a eficiência); e por fim,
- qual estrutura de controle (de novo qual a eficiência)

Um abraço

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Muito difícil classificar a posição política do PSDB. Hoje mesmo o Prefeito Cesar Maia publica pesquisa em que eleitores veem o partido à direita do DEM. Outros ainda o classificam como partido de centro ou de esquerda. Com vários de seus quadros candidatos a 2010, ficam brigando entre si e firmando posições que o eleitor não entende. Parece o PMDB.

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