Que bom que não escolheram uma "house-agency".

Uma das grandes lutas do segmento publicitário é o fato de alguns anunciantes abrirem as suas próprias agências, para se beneficiarem das comissões e bonificações por volume pagas pelos veículos de comunicação, pela intermediação. Estas agências são conhecidas como "house-agencys" e deturpam o mercado, pois estabelecem uma concorrência desleal. Ou seja: o anunciante autoriza a verba para uma agência "laranja", que retorna os valores das comissões para os cofres do anunciante.

Não há nenhuma surpresa na vitória da Matisse Comunicação e Marketing na concorrência da Presidência da Repúblicla. De 2004 até 2007, ela já movimentou R$ 175 milhões em verbas autorizadas diretamente pelo gabinete presidencial, segundo dados do Porta Transparência Pública.

Em 2006, Diogo Mainardi já publicava na Veja: "O investimento do lulismo na Bandeirantes cresceu anormalmente qualquer que seja o critério adotado. Depois que a programação do Canal 21 passou para o controle da empresado filho do presidente, o crescimento foi ainda maior. Lula dá cada vez mais dinheiro à agência Matisse, que dá cada vez mais dinheiro à Bandeirantes, que deu um canal ao filho de Lula" . E detalhava os vínculos de Lulinha com os Bittar: foi em Campinas, dentro de uma empresa deles, que surgiu a talentosa e espetacular Matisse, que conquistou uma das contas mais cobiçadas do país, vencendo os gigantes do setor. A coluna, inclusive, rendeu um dos vários processos movidos contra o colunista.

Mas a Matisse deve ser mesmo uma agência espetacular. Imaginem que, com envelopes fechados e sem que a comissão soubesse quem eram as concorrentes, venceu novamente uma licitação para atender uma conta que já é sua desde 2004. Ainda bem que a Matisse é uma agência regularmente instalada, que não é uma "house-agency".

1 comentários:

E tem as produtoras,que ninguém ainda fala.
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