Há 1, 5 milhões de carros usando "gás natural veicular", o GNV. Cada um pagou R$ 2 mil para converter o motor. Criar esta frota custou R$ 3 bilhões ao bolso dos motoristas brasileiros, em especial taxistas, vendedores, prestadores de serviço. Já a rede de 1.600 postos de abastecimento representou outros R$ 1,6 bilhões em investimentos. É um setor novo, que desembolsou mais de R$ 5 bilhões para ser montado, movimenta R$ 4 bilhões em vendas anuais de gás e outros R$ 500 milhões em novas conversões.
A frota GNV consome 7 milhões de metros cúbicos diários e é aí que mora o perigo. O acionamento das termoelétricas, em função da estiagem e do atraso das obras de novas usinas, gerou uma demanda de 6 milhões de metros cúbicos diários. Há três alternativas para o problema: racionamento de energia elétrica para o consumidor, de gás para a indústria ou para os automóveis.
Lula já avisou: "nenhum de nós sobrevive politicamente a um apagão elétrico". O corte para a indústria geraria um movimento forte do setor produtivo, organizado em entidades fortes e representativas, configurando o tão temido apagão. Sobra a terceira alternativa: deixar 1,5 milhões de motoristas pendurados no pincel.
Lula declarou, em dezembro passado: "ninguém colocou tambor de gás porque quis, mas porque teve incentivo. Portanto as pessoas que têm este carro, nós vamos ter de fornecer e garantir a tranqüilidade delas". E alguém ainda acredita na "metamorfose ambulante"?
1 comentários:
Caro,
ReplySemanas atrás o molusco se auto-intitulou "metarmofose ambulanto" numa declaração pública no contexto do affair CPMF. E não "metamorfose ambulante", como dizia Raul Seixas. Procure o video no Youtube e ouça com atenção...
[]s.