Evo briga com os EUA, Lula financia.

No início dos anos 90, os Estados Unidos firmaram com a Colômbia, Perú e Bolívia, um acordo de 10 anos denominado "Ley ATPDEA" ( Andean Trade Preferences Act), um conjunto de isenções e preferências comerciais oferecidas a estes países, que vem sendo renovado em troca do esforço destes na luta contra o narcotráfico. O acordo vence, novamente, em fevereiro próximo.

Com Perú e a Colômbia não há problemas, mas as constantes agressões de Evo Morales ao embaixador americano na Bolívia devem levar os Estados Unidos a não renovar o acordo. Isto significa um impacto sobre 50.000 empregos diretos e U$ 400 milhões de dólares anuais em exportações.

O congressista americano Eliot Engel, presidente do Subcomitê para o Hemisfério Ocidental, é categórico: "a retórica antiestadunidense é algo preocupante. Quando Evo Morales insulta o nosso embaixador, a quem conhecemos pessoalmente e creio que é uma excelente pessoa, certamente afeta as negociações para (Morales) obter uma renovação". E completa: "vou ajudar, porque creio que é importante para os EUA e Bolivia trabalharem juntas. Porém o Presidente Morales tem que entender que quando começa a sua diatribe contra os Estados Unidos se dão repercussões negativas por aqui."

Parece que o índio cocaleiro não está preocupado. Dos U$ 400 milhões, Lula já garantiu U$ 180 milhões anuais, apenas com o aumento do pagamento do mesmo gás que o Brasil compra. Os outros U$ 240 milhões Chávez manda em maletas e em aviões de guerra. Afinal de contas, estão todos unidos contra o "império", lutando para implantar o socialismo do século XXI.