O Tribunal de Contas da União (TCU) analisou representação formulada
pelo Ministério Público junto ao TCU quanto a indícios de
irregularidades no apoio concedido pelo Ministério da Cultura (MinC) ao
evento Rock in Rio, em 2011. O tribunal confirmou algumas impropriedades
e fez determinações ao MinC.
A análise da representação avaliou, entre outros aspectos, a legalidade
e a legitimidade da concessão dos incentivos culturais previstos na Lei
Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) a projetos considerados
lucrativos e que não teriam dificuldade na obtenção de patrocínios
privados. Por meio dessa lei, são realizados incentivos a projetos
culturais com abatimento do Imposto de Renda (IR), que pode chegar a
100% do valor aplicado, com o ônus do incentivo suportado integralmente
pelo erário.
O evento Rock in Rio 2011 teve autorizada a captação de R$
12,3 milhões na modalidade patrocínio, dos quais foram efetivamente
captados R$ 6,7 milhões. O patrocínio ocorre quando o incentivador o
concede com finalidades promocionais e recebe até 10% do produto
resultante do projeto apoiado para distribuí-lo, de forma gratuita, como
forma de promover sua marca.
Essa gratuidade, no caso do Rock in Rio, gerou renúncia de
receita de IR em R$ 2 milhões, ao se considerar o total de ingressos
distribuídos. O relator do processo, ministro-substituto Augusto
Sherman, comentou que “em uma área como a Cultura, na qual os recursos
disponíveis são mais escassos, o apoio a um festival lucrativo como o Rock in Rio indica uma inversão de prioridades, com um possível desvirtuamento do sentido da lei de incentivo à cultura”.
O TCU constatou que a autorização de captação de recursos para o Rock in Rio
não considerou pareceres técnicos contrários à destinação de verbas
públicas a projeto com potencial lucrativo sem a exigência de
contrapartida compatível. Os pareceres também haviam alertado para o
fato de que um dos objetivos da Lei Rouanet é apoiar projetos com maior
dificuldade para conseguir financiamentos.
A Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic/MinC) e a Comissão
Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), na avaliação do tribunal, não
fizeram considerações adicionais sobre as ressalvas apresentadas pelos
pareceres nem negociaram contrapartidas maiores do proponente. Esses
documentos técnicos buscaram justamente maximizar o retorno social do
benefício fiscal e exigir medidas concretas para autorizar a captação
dos recursos.
O relator considerou também que “a análise de solicitações de
incentivos fiscais a projetos que se apresentem lucrativos e
autossustentáveis deve ser restritiva”. Para o tribunal, os apoiadores
desses projetos poderão optar pelo mecanismo do Fundo de Investimento
Cultural e Artístico (Ficart) ou patrociná-los apenas com recursos
privados, sem a necessidade de renúncia de receitas pelo setor público.
Ao analisar a representação, o TCU também avaliou a regularidade de
autorização para captação de recursos no valor de R$ 6,2 milhões ´para o
festival de música SWU em 2011. Apesar de a captação não ter ocorrido, o
tribunal constatou que a autorização foi dada de forma apressada e com
diversas inconsistências.
Como resultado dos trabalhos, o tribunal determinou à Secretaria
Executiva do MinC (SE/MinC) que não autorize a captação de recursos a
projetos que apresentem forte potencial lucrativo ou capacidade de
atrair suficientes investimentos privados.
Também foi determinado que a SE/MinC, ao deliberar sobre proposta de
concessão de incentivos a projetos culturais previstos na Lei Rouanet,
manifeste-se expressamente sobre eventuais ressalvas constantes de
parecer técnico. A Secretaria também deverá solucionar as
inconsistências antes de autorizar captações de recursos, para adequar o
projeto às finalidades do Programa Nacional de Apoio à Cultura e
maximizar as contrapartidas sociais oferecidas.
Leia também:
10 comentários
Coronel,
ReplyTreze(13) anos de atraso para barrar este "roubo institucional" usado para calar a boca dos "artistas".
Repito: 13 anos!!
JulioK
Regina Casé,Chico Buarque,Bichel Teló e outros mamadores é que estão "P".Perderam a "teta".Vão ter que trabalhar para viver.
ReplyTem outras mamatas que devem ser cortadas também.
País da piada pronta, como diz o dito popular, "Depois da casa roubada , colocam a tranca na porta".
ReplyA mamata da Claudia Leitoa vai acabar?
Replyesta quadrilha do pt esta desmontada , final de linha,agonizam...
Replyimpeachment
Agora é que vocês vão ver como Jô Soares e Chico Buarque, para citar apenas dois dos representantes dos artistas declaradamente petistas, vão ficar magoadinhos. Parece que com a derrocada do PT, Lula e Dilma, os esquerdinhas caviar da classe artística, que lucram com a defesa de sua ideologia, vão começar a dar as costas para os governantes do lulopetistmo. A casa caiu, mas para os esquerdinhas caviar é hora de começar a pensar como continuar mamando nas tetas do estado. Esquerdista que é esquerdista quer que os tolos que pagam impostos se explodam, o bom mesmo é mamar nas tetas do estado.
ReplyPERDEU JO SOARES, JAH FOI ESCULACHADO PELO BRASIL,POR APOIAR A CORRUPTA PINOQUIA -TOMA MAIS ESTA
ReplyEssa é pro Chico Buarque: " vai trabalhar, vagabundo vai trabalhar, vagabundo...l
ReplyEssa é pro Chico Buarque: " ...vai trabalhar, vagabundo, vai trabalhar vagabundo..."
ReplyDedico essa para o Chico Buarque: "....vai trabalhar, vagabundo..."
Reply