Numa antecipação da briga interna pelo direito de concorrer à
Presidência em 2018, o comando do PSDB se nega a pagar a dívida de R$
17,1 milhões da campanha de José Serra à Prefeitura de São Paulo, em
2012. A queda de braço entre Serra, Aécio Neves (MG) e Geraldo Alckmin
(SP) –potenciais candidatos ao Palácio do Planalto– já chegou à Justiça.
Patrocinado por Alckmin, o presidente do PSDB de São Paulo, deputado
Pedro Tobias, não reconhece o passivo como do diretório estadual. Sob
comando de Aécio, o PSDB nacional, por sua vez, se recusa a assumir o
rombo. Desde 2012, quando foi derrotado pelo prefeito Fernando Haddad
(PT), Serra pede ajuda a Alckmin. Sua última conversa com o governador
aconteceu semana passada, no Palácio dos Bandeirantes.
Tobias alega que o braço paulista do partido não pode ajudar Serra
porque está com seu fundo partidário bloqueado pela Justiça Eleitoral
desde junho de 2014. A empresa Campanhas Comunicação –do jornalista Luiz González– tenta derrubar esse argumento na Justiça.
Em dezembro de 2012, depois da derrota de Serra, a Executiva estadual
aceitou assumir a dívida, apesar da oposição de Tobias e de César
Gontijo, à época secretário-geral do diretório paulista. "A principal
característica do PSDB é a responsabilidade fiscal. Ela não se aplica só
à gestão pública, mas também às finanças do partido. Por isso fomos e
somos contra até hoje", diz Gontijo.
Assim que assumiu o partido, em julho de 2014, Tobias suspendeu o acordo
para pagamento da dívida, sem juros, em 25 parcelas. A última prestação
foi paga em agosto daquele ano. Desde outubro de 2015, os dirigentes
tucanos –à exceção de Serra– não atendem aos telefonemas de González. O
jornalista foi responsável pela campanha de Gilberto Kassab, que
derrotou Alckmin na disputa pela prefeitura em 2008.(Folha)
1 comentários:
Se o PSDB não brigasse entre si o tempo todo, teria chance de se preocupar em ser oposição e fazer o trabalho visando o povo que votou nele.
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