Treze partidos assinaram o manifesto em defesa do presidente
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), lido nesta quarta-feira na tribuna
da Câmara pelo líder do PSC, André Moura (SE): PMDB, PSD, PSC, PR, PP,
PTB, PRP, PTN, PTdoB, PHS, PEN e Solidariedade. Ao contrário do
informado antes, o PMN não assinou a nota. Moura fez questão de dizer
que, juntos, os partidos somam 230 deputados. Assim que ele acabou de
falar, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) o corrigiu, dizendo que eram
231, ratificando seu apoio ao documento. A matéria é de O Globo.
O PSDB, DEM e PPS não assinaram
a nota. Já o Solidariedade, que chegou a defender o afastamento de
Cunha em outubro - quando se tornaram públicos detalhes sobre as contas
que ele mantinha na Suíça -, agora manifestou apoio ao presidente da
Câmara. Enquanto o líder do PSC lia a nota, Cunha mantinha-se impassível,
olhando fixamente para frente, sem dirigir o olhar para a tribuna de
onde era lido o manifesto de apoio a ele.
Na nota, os líderes ratificaram o "total apoio e confiança" na
condução de Cunha na presidência da Casa, acrescentaram que as denúncias
contra ele seguirão o curso do devido processo e que o princípio da
presunção da inocência, garantido pela Constituição, deve prevalecer.
Para os 13 partidos que assinaram o documento, o funcionamento da Casa é
mais importante que "eventuais disputas políticas", sobretudo num
momento em que se espera que a Câmara delibere sobre matérias
importantes para a retomada do crescimento do país.
Depois de ler a nota, Moura disse que redigiu o texto em seu gabinete
e que ligou para o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE),
comunicando que havia a nota e encaminhando a ele o teor. O líder disse
que foi até a liderança do governo para colher as assinaturas dos
líderes do PR, Maurício Quintella Lessa (AL), e do PP, Eduardo da Fonte
(PE), que estavam no local. Segundo Moura, ele não procurou o líder do
PT, Sibá Machado (AC). Ele minimiza o fato de o PT e outros partidos não
terem assinado o documento: - A nossa construção foi com esses líderes, o que não impede, mais à
frente, o PT assinar, não tem problema - disse André Moura,
acrescentando:
- Aqui são mais de 230 deputados representados por seus líderes e que
ratificam a confiança e total, o apoio na condução de Cunha. Nenhum
cidadão pode ser condenado de forma antecipada e devemos garantir o
princípio da presunção da inocência.
Moura negou que a nota seja uma reação dos líderes ao rompimento com
Cunha anunciado pelo PSDB e disse que não está politizando o processo: - Não há uma relação com isso, a gente não está politizando o processo. É apenas um abaixo-assinado dos líderes.
A iniciativa de assinar a nota partiu do líder do PSC na Câmara, numa reação ao rompimento anunciado na terça-feira pelo PSDB. De acordo com os líderes, a intenção de Moura — um dos mais próximos
aliados de Cunha e até pouco tempo ligado às oposições na defesa do
impeachment da presidente Dilma Rousseff — era buscar assinaturas de
outros líderes, incluindo o do PT, Sibá Machado (AC). Apesar da
investida, o partido não assinou a nota de apoio a Cunha. O PROS,
contatado no início da tarde desta quarta-feira, também não assinou.
— Respeito o posicionamento do PSDB, mas se todo mundo romper com
ele, o que será dessa Casa? Vamos tirar do presidente o direito de se
defender? Ele será julgado pela Justiça e pelo Conselho de Ética, mas
tem todo o direito de se defnder e a Casa, num momento de crise pelo que
passa o pais, não pode ficar paralisada — justificou Rogério Rosso
(DF), líder do PSD.
— A nota tem dois parágrafos, um defendendo o amplo direito de defesa
de Cunha e o outro, que a Casa não pode ficar parada, tem que votar.
Não faz nenhum movimento de discutir o mérito do que pesa contra o
presidente Eduardo Cunha. Ele se defenderá no Conselho de Ética, mas não
podemos parar a Casa por isso — disse o líder do PR, acrescentando:
— A oposição mudou de posição porque ele mudou o posicionamento em
relação ao impeachment. O PR assina a nota, mas dará a seus membros no
Conselho toda autonomia. Só quer garantir o amplo direito de defesa
dele. O líder do PP também justificou o apoio à nota — Assinei sim, isso não tem nada a ver com o Conselho de Ética, é para a condução das votações na Casa — disse Eduardo da Fonte.
7 comentários
Não tem mais jeito, esses políticos estão abusando da tolerância do povo e de sua sensação de impunibilidade. Parece que não há limite para a arrogância, prepotência e escárnio. Que vão todos pra casa e alguns pra cadeia. Fechem essa merda. Já deu.
ReplyManso.
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ReplyA Venezuela é logo ali..
Essa estratégia do PSDB de retirar o apoio à Cunha é um tiro no pé.
ReplyJá comentei isso inúmeras vezes: na Câmara, quando evangélicos se unem ao PT, não sai coisa boa!!! Esse Cunha ENROLOU o PSDB até o último minuto e com isso conseguiu o que queria: legalizou sua grana no exterior!!! Corrupção generalizada!!! O que se viu ontem à noite na Câmara foi algo asqueroso!!!
ReplyE ainda falam que vão votar a pauta bomba por pressão do setor financeiro e dos seus ELEITORES.Vão pro inferno.
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ReplyDias mais, dias menos a bandidagem globalizada vai se dando mal. Os Estados Unidos, com técnica e eficiência vai 'ensacando' os bandidos bolivarianos. Espero que não demore muito para apanhar os petralhas e livrar os brasileiros dessa raça ruim.
..... "Filho de Maduro é preso e levado aos EUA por tráfico de drogas. Ele estava com 800 quilos de Cocaína. Presidente da Venezuela poderá ser capturado em Caracas.
O filho do presidente Nicolás Maduro, Efraim Antonio Campos Flores, foi preso na manhã de ontem no Haiti com 800 quilos de cocaína em uma operação coordenada pela agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA) e pela Procuradoria Federal do Distrito Sul de Nova York, segundo informações do governo americano obtidas por VEJA.com.
O site de Veja disse que ele e o primo já estão na cadeia, serão julgados e cumprirão pena nos EUA.
O próprio presidente da Venezuela pode estar envolvido no tráfico internacional e poderá ser capturado e preso em Caracas, tal como fizeram marins americanos que levaram o presidente Manuel Noriega para prisões dos EUA.
Campos Flores é sobrinho da primeira-dama Cilia Flores e foi criado por ela e por Maduro desde criança. No momento da prisão, ele estava na companhia de seu primo Francisco Flores de Freitas. Eles foram presos em Porto Príncipe, quando desembarcavam com a droga que havia sido despachada da Venezuela e tinha como destino o México e os Estados Unidos.
Os venezuelanos foram extraditados para os Estados Unidos e estão desde ontem em um presídio federal."
Postado por Polibio Braga
Estou com nojo do congresso nacional !
ReplyGabriel-DF