(Globo) O ministro Luiz Fux (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), deve proferir
nesta quarta-feira decisão sobre o mandado de segurança da Advocacia
Geral da União (AGU), que pediu ontem a suspensão do julgamento das contas do governo Dilma Rousseff
no Tribunal de Contas da União (TCU). O mandado de segurança se baseia
no fato de o TCU ainda não ter tomado uma decisão sobre o pedido de
afastamento de Augusto Nardes da relatoria do caso. Ontem à noite, a Justiça Federal em Brasília encaminhou ao STF relatório que cita suposto envolvimento de Nardes com recebimento de propinas pagas por empresa investigada na Operação Zelotes.
O
TCU chega ao dia do julgamento das contas de 2014 da presidente Dilma
Rousseff disposto a uma votação unânime a favor do parecer prévio do
relator Augusto Nardes pela rejeição das contas, segundo relatos
reservados de ministros. Na véspera da sessão, marcada para 17h de hoje,
o governo intensificou as ações para tentar adiar o veredicto do TCU e
ingressou com o mandado de segurança no Supremo. O pedido foi
distribuído ao ministro Luiz Fux, que deve proferir decisão ainda hoje.
O governo acusa o relator de violar o regimento interno do TCU ao
antecipar seu voto. Nardes disse que o recurso do governo ao Supremo já
era aguardado: — Sabíamos que iria ocorrer. A Consultoria Jurídica do TCU já está
avaliando, para responder ao STF. Isso não muda nossa rotina. A
estratégia de pedir a suspeição e tentar protelar se repete no atual
governo.
A ação judicial do governo obrigou os ministros do TCU a fazer
ajustes nos procedimentos da sessão extraordinária de hoje, para não
violar as normas do Código de Processo Civil. Em reunião no fim da
tarde, os ministros do TCU decidiram designar um relator só para
analisar o pedido de afastamento de Nardes. A função caberá ao ministro
Raimundo Carreiro, corregedor do TCU.
A
análise da suspeição será feita antes do julgamento. Como prevê a lei,
Nardes terá de se ausentar da sessão para que o plenário decida se ele
permanecerá na função de relator das contas do governo. Depois desta
etapa, entrarão em julgamento as contas da presidente, com o relator já
em plenário. Apesar da designação de um relator para analisar o afastamento de
Nardes, ministros do tribunal relataram que a medida servirá apenas para
“sanar uma eventual ilegalidade”, já que o Código de Processo Civil
determina que a arguição de suspeição seja relatada por outro ministro
que não a parte envolvida.
Na reunião, ficou decidido que o presidente do TCU, Aroldo Cedraz,
encaminharia ainda ontem a Carreiro a petição do governo que pede o
afastamento de Nardes. Por sua vez, o relator enviaria a Carreiro um
texto de defesa, dizendo os motivos pelos quais não se sente impedido de
relatar as contas de Dilma.
Hoje, no início da sessão, Carreiro apresentará sua posição. São
mínimas as chances de Nardes ser afastado, segundo ministros do TCU, o
que permitirá a realização do julgamento das contas, caso não haja
decisão contrária do STF. Para que o plenário valide um parecer pela rejeição das contas, são
necessários pelo menos cinco dos nove votos dos ministros. A tendência à
unanimidade vem sendo expressa por seis ministros.
Mesmo que o TCU rejeite hoje as contas de Dilma, o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não dará prioridade para este
assunto. Ontem, Renan disse a aliados que o tema não entrará na pauta
este ano, e que deverá ser debatido só a partir de 2016. Depois que o
Supremo decidiu que cabe ao presidente do Congresso definir o rito de
votação das contas presidenciais, Renan sequer decidiu se as análises
devem ser feitas separadamente pela Câmara e pelo Senado ou em sessão
conjunta do Congresso.
Além disso, o trâmite do julgamento não é rápido. o parecer do TCU
deve ser encaminhado à Comissão Mista de Orçamento que, regimentalmente,
tem 82 dias para a análise. Se o texto chegar, por exemplo,
sexta-feira, a comissão terá até 29 de dezembro, quando o Congresso já
estará em recesso. Isso sem contar que as sessões na Comissão de
Orçamento podem ser adiadas por falta de quórum. Depois de passar pela
comissão, Renan não tem prazo para colocar o tema na pauta do plenário.
10 comentários
Infelizmente com o Supremo aparelhado pelo PT, não veremos o fim do desgoverno Dilma antes de 2018.
ReplyQuanta palhaçada para se enquadrar os bandidos da organização criminosa no poder, na forma da lei.
ReplyO que cansa no Brasil é o excesso de entraves para se chegar a algum lugar. Claro, que algumas pessoas colaboram para isso...
ReplySe houvesse um plebiscito hoje para escolher Presidencialismo ou Parlamentarismo, eu cravaria a segunda opção, sem nenhuma dúvida.
No Parlamentarismo já estaríamos livres do PT há muito tempo!
Chris/SP
eu não acho que o Governo Dilma vai chegar a 2018 - 0 país quebra antes. 0 que não dá para entender que esta senhora presidenta não enxerga que o país está indo pro fundo do poço.
ReplySe afanar um pote de margarina- pega cana braba
Replyse saquear, mentir e enganar uma nação de cabo a rabo, eles ainda vão analisar, pensar?
PUT KEEP ARE YOU
PAÍS DE MERDA SEM MACHO.
Resumindo: não vai acontecer nada antes de 2018. A dilma vai ser "impixada" depois de acabar o mandato. Vou no popular: "tropa de pulhas"
ReplyExplêndida explicação do jurista Jorge Béja:
ReplyPEDALADAS: MINISTRO FUX, DO STF, VAI NEGAR HOJE O MANDADO DE SEGURANÇA DA AGU CONTRA O TCU. (...)O ministro Luiz Fux é notabilíssimo processualista. O primeiro defeito que Fux vai detectar (se é que já não detectou nesta madrugada) é a questão da ilegitimidade de parte. Segundo noticiado, o Mandado de Segurança foi impetrado pela Advocacia-Geral da União, quando o correto seria ter sido impetrado pela própria presidente Dilma Rousseff, através da AGU ... Aqui: http://www.tribunadainternet.com.br/
Que cara de pau esse Renan Calheiros, se isso nao e' prioridade, o que e'?
Replyavante tcu- fora dilma
Replyminitro fux - esperamos em sua justiça, HONrE SUA TOGgggggA, HEHHE, fora dilmentira
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