O horário não poderia ser mais adequado para que o quórum seja mínimo e os vetos sejam mantidos. Muitos parlamentares vão fugir do plenário para não se indispor com o Judiciário.
Uma nova sessão do Congresso Nacional está marcada para esta terça-feira
(6), às 11h30, para finalizar a análise dos vetos presidenciais,
iniciada no último dia 22. Os itens mais polêmicos são o veto total ao
reajuste salarial de até 78,56% para os servidores do Poder Judiciário e
o veto à correção das aposentadorias e pensões acima de um salário
mínimo com ganhos reais.
Quando esteve reunido com o presidente do Senado, Renan Calheiros, na
semana passada, o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, chegou a afirmar
que a confirmação dos vetos presidenciais corresponderia, em termos
fiscais, "a duas CPMFs" — referindo-se à arrecadação prevista com a
recriação da contribuição provisória sobre movimentações financeiras.
Para vetar o reajuste do Judiciário, a presidente Dilma Rousseff
apresentou, como justificativa, o impacto financeiro da medida,
“contrária aos esforços necessários para o equilíbrio fiscal”. Estima-se
que o reajuste custaria R$ 27,5 bilhões aos cofres públicos nos
próximos quatro anos e, depois disso, mais de R$ 10 bilhões por ano.
A oposição já anunciou a intenção de votar pela derrubada do veto,
mas os governistas continuam se mobilizando para manter não só esse, mas
todos os demais vetos da pauta. “Estamos contando os votos, mas cho que
o cenário que se avizinha é pela manutenção dos vetos. Temos que
trabalhar para garantir isso, que será uma sinalização importante para a
economia brasileira e para o mercado”, afirmou o líder do governo no
Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).
Para o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), é
fundamental manter os vetos para sinalizar ao mercado o compromisso com
as contas públicas. "Temos trabalhado muito, mostrado para o país, para
os deputados e deputadas e os senadores que não é possível, numa
decisão de meia hora, criarmos uma despesa da ordem de R$ 64 bilhões.
Quem é que vai pagar a conta disso? É o contribuinte? É o cidadão? É o
beneficiário dos programas sociais?"
Mesmo favorável à derrubada dos vetos ao reajuste do Judiciário, o
líder do PPS, Rubens Bueno (PR), minimizou o impacto do reajuste nas
contas públicas. "O que está se propondo é um aumento de seis em seis
meses, e que vai chegar lá em 2018. Não é da noite para o dia."
O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani, disse que o partido vai
apoiar o governo e votar pela manutenção dos vetos. "Há votos para
manter os vetos e isso será muito importante para a economia do País."
Na semana passada, uma sessão do Congresso chegou a ser marcada
para a quarta-feira de manhã, mas acabou cancelada devido à decisão da
Câmara dos Deputados de convocar sessões deliberativas extraordinárias
para o mesmo horário.
3 comentários
é mesmo, lideres? quem tem que ter aumentos exorbitantes são somente os membros da orcrim?
ReplyRidicula a posição da oposição. Pra que criar uma bomba relógio que vai cair no próprio colo no futuro? Politicagem barata. O blogueiro tmb tem q parar com estas bobagens.
Replyimpeachment, ela quer matar o trabalhador a mingua, arroxando salarios , desempregando, diminuindo salarios , povo tem que ter seu salario diminuido para nao ir para a rua, nunca se viu tanta barbarie, judiciario n tem reajuste há 9 anos, ela tb nao quer o ganho real -nao quer dar aumento aos aposentados que estao penando, os que votaraam no pt foram enganados , esta quadrilha só queraumentar impostos e juros, esta conta nao é nossa- fora pt
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