(Estadão) A Itália autorizou a extradição ao Brasil do ex-diretor do Banco do
Brasil Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão. A
decisão, antecipada pelo portal estadão.com.br, foi
tomada pelo governo de Mateu Renzi e marca o fim de quase dois anos de
disputa legal e tratativas políticas em relação ao brasileiro. A
transferência de Pizzolato, que está em uma cadeia de Modena, poderá
ocorrer já nos próximos dias e o Brasil tem 20 dias para organizar a
viagem de volta ao País.
A informação é dos representantes da Interpol na Itália. O
governo em Roma, porém, ainda mantém oficialmente um silêncio sobre o
assunto, já que a decisão primeiro precisa ser dada a Pizzolato e ao
governo brasileiro. Em fevereiro, a instância máxima do Judiciário italiano havia
revertido uma decisão do tribunal de Bolonha e havia dado o sinal verde
para que Pizzolato fosse devolvido ao Brasil. A decisão na Justiça não
cabe recurso, mas faltava ainda o posicionamento do Ministério da
Justiça, que ainda poderia negar a extradição.
Pela decisão da Corte, "existem condições para a extradição",
numa referência à situação das prisões no Brasil, e das garantias dadas
pelo governo. "Sempre confiei na Justiça italiana", afirmou Miqueli
Gentiloni, advogado contratado pelo Brasil para defender o caso. Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Pizzolato foi
condenado a 12 anos e sete meses de prisão. Mas, há um ano e oito meses,
fugiu do País com um passaporte falso e declarou que confiava que a
Justiça italiana não faria um processo político contra ele, como acusa a
Justiça brasileira de ter realizado.
Ele acabou sendo preso na cidade de Maranello e, em setembro
do ano passado, a Corte de Bolonha negou sua extradição argumentando que
as prisões brasileiras não têm condições de recebê-lo. Ao sair da
prisão, declarou que havia fugido para "salvar sua vida". Para conseguir reverter a decisão, os advogados contratados
pelo Brasil insistiram na tese de que a Itália não poderia generalizar a
condição das prisões no País.
Battisti. Os advogados de Pizzolato chegaram a
usar o tema da extradição Cesare Battisti - italiano que recebeu asilo
no Brasil - na argumentação e tentaram convencer a Corte que o
ex-diretor do Banco do Brasil não poderia ser extraditado por conta da
recusa do governo brasileiro em cooperar no caso de Battisti. O
argumento não foi acatado. "O Brasil mostrou que não há uma reciprocidade", indicou o advogado de Pizzolato, Emmanuelle Fragasso, em fevereiro.
O advogado Miqueli Gentiloni rejeitou o argumento da defesa.
"Isso não tem nenhuma influência nesse processo", insistiu. Battisti foi
condenado na Itália por terrorismo. Mas, no Brasil, o então ministro da
Justiça, Tarso Genro, o concedeu asilo, o que gerou fortes protestos
por toda a Itália e ameaças de suspender certos acordos de cooperação.
O Brasil conseguiu a vitória judicial graças às garantias
diplomáticas dadas de que Pizzolato teria sua proteção assegurada na
prisão. As garantias foram apresentadas pelo ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, e pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Para a defesa contratada pelo Brasil, isso "demonstra inequivocadamente
não apenas que (Pizzolato) não corre perigo de tortura, mas é garantia
de que receberá um tratamento melhor em respeito a dos demais presos".
Os advogados contratados pelo Brasil indicaram ainda que
Pizzolato faria parte, assim como os demais condenados no mesmo caso, de
"uma categoria de presos aos quais está assegurado o total respeito da
lei e de seu conforto".Para dar provas disso, o Brasil explicou a
estrutura do Complexo da Papuda, penitenciária para onde Pizzolato seria
enviado, e deu garantias de que ele ficaria "isolado do resto da
população carcerária".
CONDENAÇÃO DE HENRIQUE PIZZOLATO
CRIMES Corrupção passiva, peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro
PENA 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado, mais uma multa de R$ 1,3 milhão
24 comentários
Coronel,
ReplyA Itália agiu corretamente e contra os bolivarianos do PT. Eles sabiam que no fundo o governo bolivariano do Brasil não queria a extradição do bandidão Pizzolato. Então mandou-o para cá.
Aqui o Pizzolato vai se sentir muito bem. Terá o apoio e o conforto da CNBB, da OAB, do STF e logo logo estará em casa como o bandidão GENUÍNO.
quanto à itália, tudo bem. quero ver o que a pet00zralhada incompetente, corrupta e mal intencionada vai fazer. não esqueçamos que o pizzolato "zanzou" pelo BANCO DO BRASIL, onde a corrupção vigora até hoje. vai se misturar ao BENDINE ? há muita coisa para ser explicada. não esqueçamos que não existe mensalão pura e simples. TUDO É UM BALAIO DE GATOS (literalmente), SÓ ! !
ReplyResumo da ópera, quem pagará as despesas da volta de Pizzolato?
ReplyResposta, nós os contribuintes.
Quer mais ou "tá"bom?
Vai ser bom ver Pizzolato em cana. Mesmo assim a Papuda continua sendo moradia da arraia-miúda. Bom mesmo vai ser quando o Barba-X9 e a Anta se mudarem para lá...
Replyfará companhia ao Celso Daniel....
ReplyFaz um tempo, li em algum lugar (não lembro onde), que a mulher do Pizzolato chegou a declarar: "Se extraditarem meu marido, conto tudo que sei sobre o mensalão!"
ReplyE, ela deve saber de muitos detalhes, principalmente sobre o cappo.
Chris/SP
Chegando aqui sua pena será revista pelos “ministros” do supremo PTeori Zavascki, RoberPTo Barroso, Dias PToffoli, Ricardo LewandowskiPT e com toda certeza será rapidamente libertado.
ReplySIMPLES e VERGONHOSAMENTE ASSIM...
Coronel,
Replymais um petralha para aumentar a população carcerária.
HOMENAGEM A HENRIQUE PIZZOLATO
Replyhttp://www.oantagonista.com/posts/homenagem-a-henrique-pizzolato
Chris/SP
Os italianos são espertos, deram o troco direitinho para o Cesare Battisti. Agora mata no peito, Lula, e passa o abacaxi para o Tarso Genro.
ReplyPizzolato e Battisti
ReplyCarlos Sampaio, do PSDB, disse para O Globo:
"Henrique Pizzolato tentou escapar da Justiça brasileira, mas agora irá se juntar aos outros condenados do mensalão. Não adiantou fugir. Esse episódio ajuda a dissipar o sentimento de impunidade que havia em relação a ele".
E Renata Bueno, deputada do Parlamento italiano, completou que a extradição de Henrique Pizzolato é um exemplo que a Itália dá ao governo brasileiro, que se negou a entregar o terrorista Cesare Battisti, sentenciado à prisão perpétua por envolvimento em quatro assassinatos cometidos na década de 1970.
O ANTAGONISTA
Chris/SP
Engraçado o advogado falar que confiava na justiça italiana!Ele não deve confiar é na do Brasil!Quanto a Pizzolato,é só ele ficar de bico fechado que os Lewandowwski da vida dão um jeitinho dele sair livre.A justiça do Brasil não é muito confiável,né????Além de um belo tapa de luva que nos dão quanto ao caso Batisti!!
ReplyCoronel!
ReplySe o Pizzolato não for extraditado dentro do prazo previsto será um homem livre...
Será que a joga dos petralhas vai ser essa?
Que tal na chegada ser recepcionado por membro do MP propondo o singelo convite de que faça uma delação premiada (onde se recupere o produto do crime ou se prenda outros Cappi)???
ReplyCordovero
Eita Raça, toda semana um PETISTA preso.
ReplyFala, Pizzolato! Quem sabe assim você reduz sua pena e a gente fica sabendo de mais falcatruas do Partido dos "Trouxinhas".
ReplyAlém das condenações, o petralha pizzolato ainda será processado por falsificação de documento público, uso de documento falso e falsidade ideológica (foi votar com o doc. do irmão).
ReplyE com a fuga, fica mais difícil a progressão da pena.
Não custa lembrar! Como esta o processo na Polícia Federal/TSE sobre como Pizzzolato votou em nome do irmão morto? Onde passa um boi, passa uma boiada. As urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro não são nenhum pouco confiáveis. Com a palavra o minístro Tóffoli.
ReplyE o governo da Itália finalmente decidiu que ficar tratando um fugitivo brasileiro dava muita despesa e vai extraditar o "queridinho" do Palácio do Planalto, Henrique Pizzolato. Mas não sem antes receber a garantia do (des)governo brasileiro de que ele será tratado a pão-de-ló, afinal ele é ex funcionário de estatal e do contrário poderia "manchar" a rePUTAção da casa...
Reply.o Toffoli faz parte da "turmA"!
ReplyO terrorista Batisti não foi extraditado porque na Itália não havia cadeias decentes. Parabéns ao povo e a justiça Italiana.
ReplyAcho que a próxima da Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores será realizada de dentro de um presídio.
ReplyQuando derrubarmos a Dilma , deviamos extraditar o Pizzolato o mais rapido possivel!
ReplyGabriel-DF
E se o Brasil devolvesse Battisti.
Reply1) Pizzolato virá para o Brasil e logo será solto. Melhor condenado-solto no BR que preso na Itália né.
2) Battisti iria para a prisão na Itália e ficaria lá um bom tempo.
Essa é a diferença entre as extradições dos dois países.
A coisa chegou ao nível de corrupção tal que preferi fazer doação em dinheiro para os desabrigados do Nepal diretamente a Cruz Vermelha inglesa do que a qualquer entidade no BR, afinal, onde tu acha que vai ser a maior probabilidade do dinheiro ser de fato usado para atender aos necessitados.