Paulo Roberto Costa pagou propina de R$ 30 milhões para Cabral e Pezão.

(Globo) A arrecadação de dinheiro para o "caixa dois" da campanha de Sérgio Cabral (PMDB) e Luiz Fernando Pezão (PMDB) em 2010 foi decidida dentro de um dos palácios sedes do governo do Rio, segundo o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, reproduzido no termo de colaboração número 4. "No primeiro semestre de 2010 foi chamado diretamente pelo governador Sérgio Cabral no gabinete em um dos palácios do governo que o declarante não sabe precisar qual para tratar de assunto ligado a contribuições para a campanha de reeleição", cita o documento da delação premiada. 

Segundo Paulo Roberto, o então vice-governador Pezão e o então secretário da Casa Civil do governo do Rio, Regis Fischner, estavam presentes na reunião na sede do governo. Cabral e Pezão negam envolvimento com o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.

A Procuradoria Geral da República (PGR) encaminhou na manhã desta quinta-feira ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) os pedidos para abertura de inquéritos que investigarão Pezão, Cabral e o governador do Acre, Tião Viana (PT). O relator dos casos no STJ, ministro Luiz Felipe Salomão, deve autorizar a abertura dos procedimentos ainda nesta quinta-feira. A exemplo dos casos no Supremo Tribunal Federal (STF), os processos vão tramitar sem sigilo. A PGR, nas petições, já fez os primeiros pedidos de diligência. 

O objetivo da reunião descrita na delação foi pedir uma "ajuda" para a campanha. Cabral e Pezão foram reeleitos na ocasião e, em outubro de 2014, o vice conquistou mandato de governador do Rio. "O governador Sérgio Cabral orientou que o declarante deveria manter contato com Regis para alocar o apoio para campanha de reeleição", cita o termo de colaboração.

Uma reunião num quarto de hotel – no Leblon ou em Ipanema – teria sido agendada posteriormente pelo secretário. Paulo Roberto, então, fez contatos com empresas responsáveis por contratos das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). "Nesta oportunidade foi explicado para as empresas que elas deveriam ajudar a campanha do governador, fazendo pagamentos para o caixa dois", disse o delator. O valor pago foi de R$ 30 milhões, segundo o ex-diretor, dinheiro que seria equivalente a propina do esquema.

Paulo Roberto afirmou ainda que conheceu Cabral em 2007, numa reunião para tratar das obras do Comperj. Ele não soube dizer se o gabinete usado para a reunião foi o do Palácio Guanabara ou o do Palácio Laranjeiras. O delator também não soube precisar se a reunião para o pedido de "ajuda" à campanha ocorreu no Guanabara ou no Laranjeiras.

Segundo o delator, os recursos para a campanha de Cabral e Pezão vieram de empresas que atuavam na obra do Comperj. Conforme o ex-diretor, o consórcio Compar, formado pelas empreiteiras OAS, Odebrecht e UTC, contribuiu com R$ 15 milhões. O restante foi pago por outras empresas, como Skanska, Alusa e UTC, disse o delator. Pezão e Cabral vão ser investigados num mesmo inquérito.

Governadores têm foro privilegiado junto ao STJ, e não ao STF. Entre os envolvidos nas delações premiadas da Operação Lava-Jato, uma outra autoridade tem foro junto ao STJ: o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, que exerce atualmente o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) da Bahia. Negromonte, porém, será investigado em inquéritos no STF, por conta da conexão a fatos supostamente cometidos por parlamentares do PP.

O outro governador a ser investigado, também por meio da instauração de um inquérito, é Tião Viana (PT), do Acre. Ele é suspeito de ter recebido R$ 300 mil do esquema, conforme os delatores Paulo Roberto e o doleiro Alberto Youssef.

Na STF, os inquéritos foram instaurados na noite da última sexta-feira. São 49 investigados, entre eles 12 senadores e 22 deputados federais. Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão na lista.

4 comentários

Todos de esquerda, todos bonzinhos, todos super solidários e preocupados com os fracos e pobres, todos adeptos de mudar o mundo...

Essa é a pútrida é fétida escória marxista, esquerda, rebotalho do que sobrou da extinta civilização católica, uma igualitária sociedade de fracassados e escravos.

Que a história os aniquile da forma mais impiedosa e que as novas gerações cuspam nesse legado maldito.

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Hoje na Câmara armaram um espetáculo digno de Oscar. A caterva (que se considera anjos da política), mais parecia Carpideiras, mas eram os denunciados políticos do Petrolão, pagos (não para chorar em velórios), mas pagos para trabalhar pela grandeza do Brasil, porém prevaricam e não fazem outra coisa se não aparecer em páginas policias, por desmandos e contravenções no cargo, por passar o tempo em conchavos espúrios, por viver numa exagerada mordomia paga pelo contribuinte brasileiro, nós infelizes trabalhadores, desrespeitados esculhambados, castigados por esses políticos vadios que deixam a Dilma minguar ainda mais o pouco de direitos que ainda temos.

Lamúrias inoportunas se estão na relação de investigados alguma coisa deve ter, com certeza!

FORA CORJA DE MAMADORES DO CONTRIBUINTE!

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A pergunta é: esses 30mi foi "por dentro" ou foi "por fora"?? Se foi "por dentro", entrou como doação legal, e não há como punir!!!
Aliás, se algum desses políticos for julgado culpado por receber doação fictícia (propina disfarçada de doação), ABRE-SE O PRECEDENTE e então o PT, o PMDB e o PP, terão que ser severamente punidos e seus candidatos (Dilma, Pezão, etc.) terão que ser CASSADOS pelo STF!!!!
OU seja, NÃO É POSSÍVEL CONDENAR deputado ou senador por ter recebido dinheiro roubado do erário, (se esse $ entrou como doação legal), SEM CONDENAR também Dilma!!!!!!!!!!

Paolo Hemmerich

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a conta da roubalheira eh aterrorizadora, digna de um filme de Sherlock Holmes como investigador.campanhas milionarias, politicos pobrinhos se tornando milionarios em tempo recorde,gastos bilionarios com copa do mundo,de onde sai tanto dinheiro e p onde vai se o brasileiro continua sem saude,educaçao,segurança,moradia,emprego digno,........

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