Oposição quer diálogo com as ruas, não com Dilma.

(Estadão) Embalada pelas manifestações contra a presidente Dilma Rousseff no domingo, a oposição rechaçou a tentativa do governo de abrir um diálogo para fazer com que as promessas de promover a reforma política, aprovar o pacote anticorrupção e realizar o ajuste fiscal saiam do papel.

Uma análise de conjuntura pós-manifestação produzida pelo Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, afirma que a “pauta da cidadania” das ruas inclui a defesa “intransigente” dos direitos dos trabalhadores “impedindo que o arrocho proposto pela presidente avance no Congresso”. O texto diz, ainda, que não será cortando benefícios e aumentando impostos que o País sairá da crise. 

O diálogo é rechaçado pelos principais líderes da oposição. “Não há clima para dialogar com o governo, especialmente do discurso da presidente em cadeia nacional. Eles estão no mundo da lua”, disse o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), candidato à vice-presidente na chapa de Aécio Neves em 2014.

“Seria ir na contramão das manifestações”, reforçou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Para o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, o governo não merece “a mínima confiança”. “Esse discurso (de diálogo) é surrado. Se a presidente quer ajuda, ela precisa dar sinais, como a redução de ministérios e cargos comissionados”, diz. 

Para o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), a proposta do governo foi motivada “pelo grito das multidões”. “Fazem isso para dizer que, de repente, viraram conciliadores. A reforma não depende de entendimento com a oposição. Ela vai acontecer naturalmente”, diz o senador.

“Vale a declaração chamando ao diálogo, ou a de guerra, atribuindo as manifestações aos eleitores de Aécio”, completa o deputado Mendonça Filho (PE), líder do DEM.

Dilema.Apesar da multidão que tomou as ruas no domingo, a oposição se dividiu sobre sua participação nos próximos atos. Enquanto parte dos dirigentes partidários e parlamentares defende uma aproximação “lenta e gradual” com os organizadores, outros advogam a tese de que não há necessidade de colocar os políticos em cima do palanque. Pelo contrário: isso poderia gerar antipatia dos manifestantes. 

“Na manifestação (de domingo) os organizadores estavam receosos com a participação de políticos nos carros de som. Poderia parecer oportunismo. Mas acho que, se o movimento continuar com essa força, será inevitável a nossa presença”, diz o senador Álvaro Dias.

O próximo ato contra Dilma está marcado para o dia 12, em São Paulo. Mas não há consenso entre os grupos. O maior deles, o Vem pra Rua, resiste a aceitar a data, marcada pelos grupos Revoltados On Line e Movimento Brasil Livre. “Não queremos proximidade com partidos. O PSDB não é oposição, é ocasião”, diz Marcello Reis, líder do Revoltados On Line.

12 comentários

Pelo amor de DEUS alguem avise a oposiçao ficar longe desses palanques, Em Copacabana muitos se diziam sem partido, as manifestaçoes, e mobilizaçao sao do povo, quem tentar se aproximar vai se queimar, e ser chamado de oportunista.

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meu receio é que o aécio caia na pantomima da anta e resolva "dialogar". será suicídio total do PSDB, não se negocia com o COMUNISMO.

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Concordo plenamente. E porque? As manifestações foram muito maiores e formidáveis que nem o mais otimista podia prever tal gigantismo. Só que depois de ver o que falaram os ministros e a própria Wanda ontem digo: eles tomaram o golpe sim mas já se recuperaram e estão seguindo com suas vidas (não estão nem aí mais). São lixos da pior espécie, caras de pau. Deu para perceber também que enquanto ficavam para as câmeras com conversa fiada manobravam por trás delas garantindo/negociando o dimdim para o apoio das mídias. Tirando um ou outro, a mídia se vendeu. Ontem os principais telejornais manobravam para contornar as razões dos protestos (até desviando completamente o escopo destes) para coisas menos importantes que não somente e maior causa deles fossem a saída de Dilma (e do PT) da presidência imediatamente. Domingo ganhamos uma batalha (tipo Midway na 2 GG) mas para ganhar a guerra falta muito ainda. SELVA!

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Paulinho da Força tentou subir em carro de som, foi impedido. Idem idem Bolsonaro. Essas manifestaçaões são apartidárias e nem pensar de politícos se imiscuirem no movimento. As coisas têm que evoluir naturalmente. É por aí.

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Negociar com comunista NUNCA! Cai na real oposição fajuta de umafiga! Acorda!

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Dia 21 de abril comemora-se o dia de Tiradentes. Martir da Independencia do Brasil. O que fazemos hoje é lutar para libertar-mos dessa quadrilha. O que deflagrou o movimento libertário foi a derrama, elevação de impostos, que a coroa portuguesa queria impor ao povo da colonia brasileira. Além de roubar nossas riquezas, o ouro, não nos davam liberdade e obrigavam-nos a pagar pelo luxo e mordomias da coroa portuguesa. Hoje o PT rouba nossas riquezas, o Petroleo e joga sobre nossos ombros um sacrificio enorme, obrigando-nos cada vez mais a pagar mais impostos. Impostos estes que servem para alimentar uma quadrilha corrupta e enriquecer os exploradores do Brasil. No dia 21 de abril lembraremos da luta libertária de Tiradentes.

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Dilma diz que deseja cooperaçao da sociedade mas ela, seu governo, nao coopera com a sociedade. Na hora do arrocho so' os cidadaos sofrem pois o governo nao corta ministerios ( sao 39), nao corta cargos comissionados ( mais de cem mil ), nao corta na propria carne, reduzindo, inclusive, salarios destes cargos, ao contrario,houve ate' aumento para a presidente e seus ministros. Assim nao da'. Nao e' verdadeira a proposta do governo

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- "Como alguém nesse planeta vai acreditar nessa 'excomungada'?
Frase da minha secretária do lar, ex-petista roxa, nesta manhã, contando sobre o panelaço que teve no seu bairro (de classe baixíssima), durante a entrevista de Dilma no Jornal Nacional.

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"...colocar os políticos em cima do palanque. Pelo contrário: isso poderia gerar antipatia dos manifestantes." Esta manifestação foi FORA DILMA, FORA PT. Os políticos foram poupados. Se não se mexerem nao mais. E na prox da prox os militares serão chamados... ACORDEM políticos!

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Os movimentos são apartidários, são da população. ok!

Acho importante, porém, que os grupos organizadores demonstrem uma COORDENAÇÃO, para que os movimentos cresçam cada vez mais.

Penso que o MBL, Vem pra Rua e Revoltados Online, têm de ter uma pauta comum, não um querer aparecer mais que o outro, e cada um com uma proposta diferente. Não, eles precisam de UNIR com algo em comum.



Chris/SP



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O Povo quer a Dilma Fora, e que leve o PT,PCdoB,PR,PDS ,esses partidos costelinhas jonto.Ninguem viuo pedido de reforma politica nas manifestacoes. Em 12 anos, acabaram com tudo e continuam querendo da Golpe.

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Há políticos que podem sim, subir ao carro de som e serão muito bem vindos e eles sabem disso: Álvaro Dias, Ronaldo Caiado, por exemplo. Até o comunista do Freire pode subir, se for pra dizer a coisa certa.

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