As principais campanhas à Presidência foram obrigadas a reavaliar
suas estratégias após a revelação de parte do conteúdo dos depoimentos
do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, em
delação premiada à Justiça. Neste domingo, 7, a menos de um mês do 1º
turno, os candidatos voltaram a tratar do tema corrupção na estatal.
A lista de citados por Costa como beneficiários de um esquema de propina na Petrobrás apresentada pela revista Veja
em sua edição do fim de semana causou apreensão no comitê da presidente
Dilma Rousseff (PT) e desconforto no comando da campanha de Marina
Silva (PSB). A presidente Dilma Rousseff orientou neste domingo, 7, sua
equipe a blindar o governo e sua campanha das denúncias de Costa. A
ordem no Palácio do Planalto é sugerir “desespero” e interesses ocultos
por trás das acusações, sem entrar no mérito de cada uma delas.
Entre os nomes citados, segundo a revista, está o do
ex-governador de Pernambuco e ex-candidato do PSB à Presidência, Eduardo
Campos, morto em um acidente aéreo no dia 13 de agosto. Marina, que
assumiu a candidatura presidencial após a morte de Campos , afirmou que o
vazamento de denúncias envolvendo o nome do ex-governador entre os
suspeitos de desvios na estatal é parte de uma “estratégia leviana” de
“uso de meios oficiais” para destruir os adversários na disputa
eleitoral.
O PSDB, do candidato Aécio Neves, quer aproveitar o episódio
para tentar reverter sua queda nas pesquisas. Enquanto o presidenciável
tucano tenta colar a pecha de corrupção no governo Dilma, sua campanha
vai tentar reativar a investigação no Congresso sobre a Petrobrás.
No acordo de delação firmado com procuradores da Operação Lava
Jato, o ex-diretor da estatal citou também, conforme a revista, o
ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, os presidentes do Senado e da
Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN); o
ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e a atual governadora do Maranhão,
Roseana Sarney; o ex-ministro da Cidades Mário Negromonte (PP-BA) e o
tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, além de outros parlamentares do PT e
aliados.
‘Oficialmente’. Dilma disse neste domingo, 7,
em entrevista, que a lista de nomes apresentada por Costa, “não lança
suspeita nenhuma sobre o governo na medida em que ninguém do governo foi
oficialmente acusado”.
A presidente indicou, porém, que poderá tomar “medidas mais
fortes” imediatamente, caso as denúncias sejam comprovadas. “Eu gostaria
muito de ter acesso a essas informações de forma oficial. Eu preciso
dos dados que tenham alguma interferência no meu governo, porque, se não
me derem, não tenho como tomar uma providência.” Ao ser questionada se Lobão permanecerá no cargo após ser
citado pelo ex-diretor da Petrobrás, Dilma não escondeu a contrariedade e
disse que o ministro já deu explicações oficiais.
Em São Paulo, também em entrevista no comitê de sua campanha,
Marina voltou a acusar o governo Dilma de “inviabilizar” a estatal e
recorreu a um versículo da Bíblia (João 8:32) para dizer que
não teme o resultado das investigações. “Eu sou do lema de que diz:
‘conhecereis a verdade e ela vos libertará’”, afirmou a candidata do
PSB.
Além da associação de Campos aos desvios na estatal, Marina
reclamou de uma “campanha difamatória” promovida, segundo ela, pelos
adversários. “A sociedade brasileira está assistindo um degradante
espetáculo político inédito: PT e PSDB irmanados na determinação de nos
destruir, não importam os meios”, acusou a candidata.
Em São Gonçalo, no Rio, Aécio Neves, cobrou manifestação mais
firme de Dilma sobre a existência de um esquema de corrupção na
Petrobrás, “Não dá para dizer que (Dilma) não sabia de nada. Esse é o
resultado mais perverso da pior das marcas do governo do PT, o
aparelhamento do Estado brasileiro”, disse o tucano.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), coordenador jurídico da
campanha de Aécio, vai apresentar esta semana dois requerimentos na CPI
mista da Petrobrás. O primeiro pede que a Polícia Federal compartilhe as
provas com a comissão. O segundo solicita que a comissão ouça
imediatamente o ex-diretor da Petrobras.(Estadão)
12 comentários
CEL,
ReplyComentário de Olavo de Carvalho: "A eleição de 2014 é ilegal e ilegítima, é uma eleição do Foro de São Paulo. A obrigação do brasileiro é pedir o cancelamento da eleição, pois um partido político, não pode estar vinculado a uma organização internacional como o Foro de São Paulo".
Índio Tonto/SP
E no Fantástico de domingo a noite a globo faz de conta que não esta acontecendo nada, não deu um "piu" sobre o mensalão da petrbraas. Preferio o Fantástico mostrar a vida de um ratinho no deserto. Assim não da rede globo.
ReplyPSDB ofereceu o nome de Alckmin para a presidência, brasileiro escolheu o Lula. PSDB ofereceu o Serra, brasileiro escolheu a Dilma. Agora oferece o Aécio, brasileiro está entre a Marina e a Dilma. PSDB oferece seus melhores quadros, a população escolhe a pior escória...
ReplyFalar o quê?
Brasileiro gosta de mediocridade, mesmo.
A mídia tem essa obrigaçåo de mostrar ao povão o que está acontecendo. Agora ficam mostrando ratinho no deserto...depois se perguntam porque a audiência cai. Aí o pt ganha e eles se desesperam com aquela história de controle da mídia.
ReplyRepublica Militar Provisória. Esta eleição com este bando de denunciados do PT e PSD tem de ser adiada.
ReplyLevar a Dilma o Luiz Lula para Papuda. Cancelar o registro do PT, que não é partido é gang.
Promover dentro de 90 dias eleições com candidatos fichas limpas.
Perfeito. O Brasil ainda tem grandes momes ao cargo. O meu medo é quando houver eleições sem opção de escolha, só esquerdas radicais. O povo está desperdiçando oportunidades e atrasando bruscamente o crescimento e desenvolvimento do país. Pode chegar um dia em que não teremos mais essa oportunidade.
ReplySubscrevo o comentário do "anônimo 09,21'
ReplyBrasileiro é um povinho escroto, gosta de mundo cão.
porque marina ou OSMARINA e nao Aecio??? acho q analfabeto vota em analfabeto!
ReplyO problema não é a honestidade, a religiosidade de Marina, o problema é o esquerdismo atrasado entranhado na alma de Marina.
ReplyUm conselho a quem diz que vota em Marina para se livrar do PT. Se tivesse que fazer essa escolha de Sofia, votaria em Dilma. Fracasso por fracasso ficaria com o que conheço. Não vou fazer isso,é óbvio. Votarei em Aécio pensando nas mudanças que quero para meu país, a terceira via de fato. Se o segundo turno for decidido entre Dilma e Marina, anulo meu voto.
A obrigação dos brasileiros é derrotarmos PT e PSB, duas falanges da mesma quadrilha, nas urnas! Democraticamente.
ReplyLanterna.
A coisa preteia e já a Marina se
Replyagarra com os Santinhos, pode
obter o perdão dos céus, mas o que está em jogo é o seu comportamento na terra.
Se o segundo turno for entre a gorda e a magra, eu justifico o voto. Anular vai ajudar quem estiver em vantagem.
Reply