Aldemir Bendine fazia vultosos pagamento em dinheiro vivo, denuncia ex-motorista do PT.
O ex-motorista do Banco do Brasil Sebastião Ferreira da Silva, 69, disse
em depoimento ao MPF (Ministério Público Federal) que fez vários
pagamentos em dinheiro vivo a mando do presidente da instituição,
Aldemir Bendine.
Ferreirinha, como é conhecido, disse que em certa ocasião Bendine, após
subir de mãos vazias num prédio dos Jardins (zona oeste de São Paulo),
saiu com uma sacola repleta de maços de notas de R$ 100. Segundo ele, a
sacola foi entregue depois ao empresário Marcos Fernandes Garms, amigo
de Bendine.
O depoimento do motorista, ao qual a Folha teve acesso, gerou a
abertura de um procedimento de investigação contra Bendine, em junho,
por suspeita de lavagem de dinheiro. É uma etapa preliminar do trabalho
do MPF, quando os procuradores buscam provas para embasar um eventual
processo.
Ferreirinha tem um histórico de anos de serviços prestados ao PT e ao
Banco do Brasil. Em 2002, foi contratado para a campanha presidencial de
Luiz Inácio Lula da Silva. No ano seguinte, passou a trabalhar para a
Presidência da República em São Paulo, cujo escritório ocupa o terceiro
andar de um prédio do BB na avenida Paulista.
O motorista trabalhou para a Presidência até 2007, quando foi desligado
do quadro após ter se desentendido com a então chefe do gabinete da
Presidência, Rosemary Noronha --amiga pessoal de Lula demitida em 2012
por suspeita de tráfico de influência em agências do governo. Nesse período, Ferreirinha dirigiu sobretudo para Gilberto Carvalho,
então chefe de gabinete de Lula, hoje chefe da Secretaria-Geral da
Presidência da República no governo Dilma Rousseff (PT).
O motorista Sebastião Ferreira da Silva, 69, o Ferreirinha, afirmou ao
Ministério Público Federal que fez quatro pagamentos em dinheiro vivo a
pedido do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. À Folha ele
detalhou como atuou.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.
Folha - Como era seu trabalho no banco?
Sebastião Ferreira da Silva - O horário que ele pedia eu estava
lá, à disposição. Se pedia às 5h, às 7h... A gente levava ele onde ele
queria. Eu também fazia pagamentos a pedido dele.
O sr. pode contar como esses pagamentos eram feitos?
Duas vezes fui a Taubaté (SP) com uma quantidade de dinheiro muito
grande, que levava no carro. Teve um dia, no fim de semana, que esse
dinheiro dormiu no porta-malas do carro na minha casa.
Como ele dava o dinheiro?
Dentro de uma sacola comum, dessas de papel. Sacola de loja. E dizia:
"Olha, aqui tem R$ 86 mil. Aqui dentro tem R$ 182,6 mil". Foram duas
vezes que eu fui lá fazer esse pagamento. Era uma loja de uma moça que
era da família dele. [Foi] Em 2009, mais ou menos. Não sei o nome dela.
Como ele pedia para fazer esses pagamentos?
Ele me chamava na sala dele, na sede do banco da avenida Paulista.
Sempre só eu e ele. E falava: "Você vai fazer esse pagamento para mim,
em tal lugar, assim e assim. O recibo tá aqui, confere o dinheiro lá e
pede para assinar e colocar data e hora". Quando eu voltava, devolvia o
recibo assinado para ele.
Houve alguma outra situação que tenha envolvido dinheiro?
De vez em quando, ele vinha num local aqui [uma rua no bairro dos
Jardins, em São Paulo]. Dizem que lá é um escritório da [TV] Record [no
local, há pelo menos uma empresa ligada ao grupo Record, a Abundante
Corretora de Seguros]. Várias vezes eu fui lá com ele. E uma vez ele
saiu com uma sacola de lá e foi para a casa do Marquinhos [o empresário
Marcos Fernando Garms].
O que havia na sacola?
Ele foi jantar com o Marquinhos. Após o jantar, ele foi pegar essa
sacola no carro. Quando ele pegou a sacola, umas das alças escapou da
mão dele, e eu vi que era dinheiro que havia dentro da sacola. Era muito
dinheiro. Maços de dinheiro, como os que saem do banco.(Folha de São Paulo)
14 comentários
Eu entendo que o Banco do Brasil pertence ao PT e o Ademir Bendine sendo seu presidente tem o direito de sacar e pagar o que quiser em dinheiro vivo. A Imprensa não tem que se meter em seus negócios. É por isso que nós do PT queremos censura a todos os órgãos midiáticos para que não fiquem se metendo com nossos "negócios".
ReplyCoronel,
Replyeste país não pode melhorar nunca. Qualquer lugar mais ou menos sério, este senhor já estaria preso ou pagando uma fortuna ao fisco. No Brasil da Dilma e do velhaco, é presidente do Banco do Brasil.
Ainda vai voar muita merda deste balaio chamado PT.
ReplyÉ outro que vai morrer: ninguém deixa o comunismo e fica vivo pra contar a história...
ReplyQue cara de pau a sua, quer roubar e não quer ser preso,abana obrabo rapaz!!!
ReplyÉ impressionante que em termos fiscais e tributários não acontece nada para os trombadões de terno e gravata.
ReplyAgora se o coitado do Zé da Silva colocar R$800,00 em vez de R$80,00 nas despesas médicas do IR dele, sem dúvida que será chamado para esclarecer, inclusive será pendurado de ponta cabeça até que todas as moedinhas caiam do bolso dele.
O Ministério Público deveria exigir uma auditoria interna e outra externa, no Banco do Brasil. Isso é um desmando dos maiores que pode ter notícia, que pregava seriedade, hoje age na calada da noite de forma desonesta. O povo está cansado,basta de bandidagem. Que apareça alguem serio, pelo amor de Deus!
ReplyEle é 'amigo de armas' da Dilma? Aprendeu com ela a dormir de sapatos pra fugir no meio da noite? E, por causa disso, precisa ter grana viva na mão? Vai ver ele é só mais um dos valentes que hoje dizem que lutaram pela democracia...
ReplyPegaram o barba?
ReplyAposto que estão achando que os cubanos só quebraram a Petrobrás.
ReplyPorque incluíram o Arruda (ex-governador do DF) na "Ficha Suja" e estes caras, presidente do BB e tantos outros pegos com dinheiro na cueca ou em qualquer outro lugar não são condenados a nada.
ReplyO Banco do Brasil não é do PT, é do Brasil, ou será que o PT está querendo ser dono do Brasil??
o BB parece um queijo suiço,nao sei como ainda estah em peh.........
ReplyPuxa, e o BB me cobra R$14,00 por uma transferencia bancaria...tira da gente para se locupletarem e fazerem falcatruas.
ReplyHELOOOOOO
Replyquero meu gabinete decorado todo em dourado
Quero ser vice-presidenta da PeTrobrás