Dilma rejeitada até na propaganda petista.

Dilma rejeitada na campanha mineira. Partido microscópico. Vergonha de ser petista.

A militância petista iniciou uma campanha na internet pregando boicote aos candidatos do PT que estão escondendo as candidaturas majoritárias do partido, como a da presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição. Na semana passada, o presidente do PT, Rui Falcão, reclamou, em reunião da Executiva Nacional do partido, de um Pimentécio velado em Minas: dobradinha entre o candidato petista a governador, Fernando Pimentel, e o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves. Ex-governador por dois mandatos, o tucano lidera no estado com 41%, de acordo com pesquisa Ibope realizada entre 26 e 28 de julho. Dilma aparece com 31%.

"Companheiros (as) que omitem as candidaturas majoritárias em seus materiais de campanha não merecem meu apoio! O correto é Dilma 13, governador 13, senador 13", afirma o cartaz virtual produzido pela militância petista.

Segundo participantes da reunião da Executiva Nacional, Falcão, que é coordenador geral da campanha presidencial, afirmou ter cobrado Pimentel por Dilma não aparecer no material de campanha distribuído pelo candidato. Ainda de acordo com o presidente do PT, o mineiro negou estar escondendo a presidente e disse que houve um erro na gráfica. Dilma também não é citada no jingle de Pimentel.

O problema, no entanto, não se restringe a Minas. A militância do PT está cobrando, por exemplo, que candidatos a deputado do partido incluam em seu material de campanha não só Dilma, mas também os candidatos ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, e do Rio, Lindbergh Farias

Em São Paulo, Padilha patina nas pesquisas de intenção de voto, com 5% no último levantamento feito pelo Ibope. Já Dilma enfrenta grande rejeição no maior colégio eleitoral do país. Pesquisa Datafolha divulgada no último dia 16 registrou 35% de rejeição a Dilma em todo o país, mas no estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil, 47% dizem que não votariam nela de jeito nenhum. Na capital, esse percentual chega a 49%.

No Rio, porém, o problema extrapola a falta de divulgação da candidatura de Lindbergh e Dilma. Militantes petistas reclamam que simplesmente não há material de campanha disponível. Essa queixa tem sido recorrente nas reuniões do comitê eleitoral de Dilma e refletem a situação em todo o país.

"Pessoal, e comitês de campanha do Rio? Quero adesivo pra carro e não acho! Do Aécio tão (sic) distribuindo na rua até!", escreveu o militante petista Gustavo Afonso no twitter, referindo-se ao candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves (MG). ( O Globo )