Dilma não tem vergonha nem da propaganda forçada do PT na camiseta da beneficiária.
O prefeito de Pacatuba, José Alexandre Alencar (PROS),
partido da base aliada de Dilma e comandado no Estado pelo governador Cid
Gomes, diz que tudo está pronto para a "festa". A convidada de honra,
porém, ainda não arrumou horário na agenda e, por isso, a visita e a entrega
das casas ainda não ocorreu.
"Entendemos que a agenda da nossa chefe maior é uma
loucura. Ela tem muita coisa para fazer no Brasil e no mundo. Está difícil
conciliar", afirmou Alencar. O prefeito disse ter feito uma peregrinação
na capital federal com o intuito de adiantar a data da inauguração e pediu a
ajuda de um deputado, mas a expectativa é de que a solenidade oficial só ocorra
em abril. Na quarta-feira, Dilma estará em Fortaleza, mas o empreendimento em
Pacatuba ainda não entrou no roteiro oficial.
A presidente faz questão de estar presente nas inaugurações
do Minha Casa, Minha Vida, principal programa de sua gestão. Nessas ocasiões,
Dilma distribui beijos, tira foto com os beneficiários e ressalta o carro-chefe
de sua administração.
Nos detalhes. O residencial Pacatuba será o primeiro
empreendimento totalmente financiado pelo Banco do Brasil entregue no País. A
instituição está acompanhando todos os detalhes para que a inauguração não seja
de fachada.
No entanto, a insistência para que a presidente participe do
convescote de inauguração faz com que a secretária de Assistência Social, Elisangela
Campos, tenha de explicar todo dia às dezenas de famílias que recorrem ao órgão
que a culpa do atraso da entrega não é da prefeitura. "Se ela (Dilma)
puder vir, vai ser uma honra, mas, caso contrário, ela poderia mandar um
representante", afirmou a secretária. "Precisamos entregar essas
casas, todo mundo está cobrando e tem gente que acha até que o nome foi
retirado da lista de beneficiados."
Beneficiária do programa, Carla Ferreira disse estar
contando "as horas, os minutos e os segundos" para receber as chaves
da nova casa. "Vou lá todo dia só para ficar olhando minha casa novinha.
Fico olhando do lado de fora um tempão", afirmou. Atualmente separada e
com um filho de 9 anos, Carla paga R$ 200 de aluguel, dinheiro que vai ser
economizado quando se mudar de vez para o novo endereço.
A atendente Jevane de Sousa, com três filhos pequenos, teve
a certeza de que receberia a casa no fim de janeiro, mas ainda não pode entrar
na casa. Ela sugere uma solução para a incompatibilidade de agenda da presidente.
"Ela poderia deixar a gente entrar na casa e depois, quando desse, viria
nos visitar", disse a atendente. "A gente teria o prazer de receber a
presidente dentro de casa, com tudo arrumadinho, com os móveis no lugar."
A falta de espaço na agenda da presidente também está
retendo os planos de Bruna Sousa, agente administrativa que espera a entrega
das chaves para dar prosseguimento aos planos de registrar no cartório civil
uma união estável. "Como diz o ditado, quem casa quer casa", brincou.
Atualmente, ela divide o aluguel do imóvel onde mora com um amiga. Assim que
entrar na casa, tem planos de comprar os móveis usando o cartão do programa
Minha Casa Melhor e, depois, casar. "Eu nem durmo direito pensando na hora
que vou receber nossa casa."
Custos. Além de deixar ansiosos os beneficiários do
programa, a demora para o lançamento do empreendimento tem custos para a
construtora responsável pela obra. "Estamos preocupados com invasão. Não
aguento mais, quero entregar essa obra logo", diz André Montenegro, dono
da Morefácil. Ele afirma que a empresa gasta desde o início do ano R$ 60 mi por
mês com vigilância e manutenção. Enquanto as casas não são entregues, a
responsabilidade pelo empreendimento continua sendo da empresa. Cabe a ela, por
exemplo, arcar com os reparos em caso de vandalismo provocado por invasões.(Estadão)
3 comentários
kenedy alencar no SBT , hummmmm , viram no que ´d colocar petralhas como chefe de redação do jornal noturno? Quero ver até quando vão aturar a rachel por lá....
ReplyInvadam essa porcaria. Aí mesmo que ela não vai.
Replycel,
ReplyIsso é falta de respeito com o dinheiro publico. Não tem vergonha na cara.