A comparação da ofensiva israelense com o nazismo é "extremamente ofensiva", e quem a fez ignora a história. A reação é do ministro de Assuntos Sociais de Israel, Isaac Herzog, ao saber que o PT criticou os ataques israelenses a áreas civis como "uma prática típica do Exército nazista". Membro do gabinete de segurança israelense, Herzog -cuja mulher passou a infância no Rio de Janeiro- conversou com a Folha em Ashkelon, cidade a 15 km da faixa de Gaza que tem sido alvo diário de foguetes.
FOLHA - O assessor internacional do governo brasileiro, Marco Aurélio Garcia, disse que Israel pratica "terrorismo de Estado" e o partido do presidente comparou os ataques a "práticas nazistas". O que sr. acha desses comentários?
FOLHA - O assessor internacional do governo brasileiro, Marco Aurélio Garcia, disse que Israel pratica "terrorismo de Estado" e o partido do presidente comparou os ataques a "práticas nazistas". O que sr. acha desses comentários?
ISAAC HERZOG - São comentários extremamente ofensivos. As pessoas deveriam ler mais para conhecer melhor a história, antes de usar esse tipo de linguagem. Israel protege seus cidadãos em um ato de legítima defesa e está tentando ao máximo reduzir o drama humanitário e o número de baixas civis.
FOLHA - O governo brasileiro quer participar da mediação do conflito. É uma oferta relevante?
HERZOG - Temos muito respeito pelo Brasil e excelentes relações com o seu governo e consideramos bem-vinda qualquer iniciativa para contribuir com a paz na região. Parte dos esforços do Brasil e da comunidade internacional em geral poderia ser o fortalecimento do processo que já começamos com os palestinos moderados da Autoridade Nacional Palestina e o presidente Mahmoud Abbas, para melhorar a economia da Cisjordânia. Espero que em algum ponto esse esforço também possa se estender a Gaza, com forças moderadas que reconhecem Israel e estão dispostas a continuar o processo de paz.
FOLHA - Esse tipo de comentário feito pelo partido do presidente Lula descredencia o Brasil como mediador neutro?
HERZOG - Não vou interferir na política brasileira e não sei quem fez esses comentários. Mas rejeito categoricamente qualquer comparação descabida com o nazismo e convido as pessoas que a fizeram a passar um dia em Sderot [na fronteira com Gaza] para ver o bombardeio permanente que sofremos há oito anos e a me dizer se é possível viver assim.
4 comentários
Marco Aurélio Garcia é uma "anomalia" que precisa ser extirpada da sociedade brasileira. A presença entre nós desse cancro em forma de ser humano constitui-se um grande perigo para os bons costumes da parte honesta de nosso povo. A simples proximidade física com esse organismo já é uma grande falta de higiene...
ReplyVai lá Berzoini, vai visitar Sderot.
ReplyVocê foi até convidado pelo Sr.Isaac Herzog, Ministro de Assuntos Sociais de Israel.
Vai aprender um pouco de relidade histórica.
Talvez, assim, você pare de dizer tanta besteira e de emitir Nota Oficial do partido que preside, que envergonha todos os brasileiros não petralhas.
Alguém deveria contar para o Ministro o que Berzoini fez com os velhinhos da previdência social em seu mandato como ministro(?). "Jovens" entre 80 e 90 e tantos anos esperando em filas - em pé - para provarem que estavam vivos.
ReplyEspero que aquele ditado que diz que tudo tem uma volta realmente seja verídico.
Lilyanne
Herzog... um Diplomata.
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