Protesto com hora marcada.

A nova versão do projeto que a Câmara dos Deputados prepara para coibir a violência e abusos em manifestações prevê pena de seis meses até três anos de prisão para ações dos black blocs, regulamenta o uso de máscaras e estabelece o prazo de 24 horas para a comunicação de que um protesto será realizado. 

As medidas fazem parte do relatório elaborado pelo deputado Efraim Filho (DEM-PB) apresentado nesta quinta-feira na Câmara, em substituição a outros nove projetos que tramitam na Casa sobre o tema. A ideia é que o texto seja analisado em março pelos deputados. 

O projeto altera o Código Penal e estabelecendo que destruir, inutilizar ou deteriorar bens de outras pessoas em manifestação pública ou durante evento e ainda mediante dissimulação ou qualquer outro recurso que dificulte a identificação do agente (máscaras, por exemplo) terá pena de seis meses a três anos de prisão, e multa, além da pena correspondente à violência. A medida vale ainda para emprego de fogo ou outro meio que possa resultar perigo comum. 

Em relação às mascaras, o relatório proíbe o uso quando a pessoa for suspeita de dissimular a sua própria identidade para esconder uma ação criminosa, estiver incitando crimes ou conduzindo armas.  O texto ainda trata da abordagem policial estabelecendo que primeiro deve ocorrer revista, depois pode retirar objetos portados pelos manifestantes. Permite também que a polícia possa conter uma pessoa que oferecer resistência. A prisão seria o último passo apenas com mandado ou em flagrante. 

Segundo Efraim, o parecer é equilibrado. "A nossa maior dificuldade é não gerar nenhum retrocesso e permitir a livre manifestação, mas acredito que fizemos um texto equilibrado, sem exageros, sem terrorismo, para dar segurança aos protestos". (Valor Econômico)

7 comentários

Depois de ver esse vídeo pergunto que Brasil é esse? Que governante é esse que manda destruir um povoado deixando de pé apenas a igreja? O povoado parece que sofreu um forte bombardeio colocando 4000 brasileiros a beira da estrada. Essas pessoas compraram essas terras,construíram suas casas sua escola, só porque não são índios.

Que os nobres deputados olhem para essas pessoas e se perguntem que Pais é esse que descrimina BRASILEIROS porque não tem a pele "vermelha". E por que destruir tudo que foi construído?

Olhem o vídeo e tirem suas conclusões. Mandem para os nobres representantes.

http://www.youtube.com/watch?v=5XE9OiRxg0g

Reply

Leis para punir excessos existem, aliás, bastaria aplicá-las! O mote é político e marqueteiro, não tanto com a população que, na verdade, o governo pouco se lixa. O mote é para agradar os manda-chuvas da FIFA e todos os envolvidos na "Copa da Vergonha".

Reply

Me pareceu ok. Protestos devem ser bem-vindos e eu estive nas ruas no nosso Julho verde e amarelo, e não tive problemas com a polícia que apenas acompanhou tudo de longe. Sair por aí destruindo patrimônio público e privado, matando e ferindo pessoas não pode ser considerado liberdade de expressão em nenhum país civilizado.

Quanto a comunicação prévia, pelo menos na minha cidade, isso já é feito. É exigência da própria prefeitura.

Reply

Manifestações públicas? O que quer dizer isso? Protestos e invasões do MST, indios+ONG, quilombolas+ONG, barragens+ONG podem ser caracterizados como "manifestação pública"? A coisa vai ser séria ou mais uma armação PTralha que vai passar pelo Congresso?

Reply

enrolar esse projeto enfiar no ...... deles...

Reply

Olha, sinceramente, contra a hora marcada NÃO SOU CONTRA. Em praticamente toda a Europa é assim, principalmente na pátria das manifestações, a França.

Ordem é ordem. E está na Bandeira...

Reply

>>

Se o "protesto" sair sem aviso de dia e hora, dai a brigada militar está autorizada a prender e baixar o porrete no povo?

Que gente ridicula! Querem achar uma maneira de inviabilizar a liberdade do povo protestar!

<<

Reply