Com o crescimento do pré-candidato do PSB à Presidência da República,
Eduardo Campos, nas pesquisas de intenção de voto, o comando da
campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff tenta amarrar desde já
os apoios de partidos médios, como PP, PR e PDT. Apesar de terem cargos
no governo federal, essas siglas, no papel de “noivas”, empurram a
decisão para o ano que vem, tanto para valorizar seu passe quanto para
avaliar melhor o cenário eleitoral. Isso ocorre num momento em que o PT
depende ainda mais de seu aliado preferencial, o PMDB, e a relação entre
os dois partidos vai de mal a pior.
Apesar de a prioridade do PT
ser a reeleição de Dilma, o partido resiste em apoiar peemedebistas nas
eleições para governador em seis estados: Rio de Janeiro, Maranhão,
Bahia, Ceará, Pará e Mato Grosso do Sul. Posição que tem potencial de
causar grandes danos aos petistas na convenção nacional do PMDB que
decidirá sobre os rumos da sigla na disputa pelo Palácio do Planalto.
O
presidente do PT, Rui Falcão, e o ministro Aloizio Mercadante
(Educação), que é o principal articulador político do governo, fizeram
uma rodada de reuniões na semana passada com PMDB, PR, PP e PDT para
tentar aparar arestas e garantir o apoio à reeleição de Dilma. Mas não
avançou muito.
Após a reunião, o presidente do PDT, Carlos Lupi,
disse que a tendência é apoiar Dilma, até por uma questão de coerência,
já que o partido comanda o Ministério do Trabalho desde o governo Lula,
mas afirmou que a decisão não está tomada: — Vocês adoram me
chamar de caudilho, mas eu sou um caudilho democrático. Tenho que ouvir
todo mundo. Estou consultando os estados (diretórios regionais do PDT) —
disse Lupi, cuja sigla deve ter direito a cerca de 50 segundos de
propaganda na TV, principal moeda em uma campanha eleitoral.
O PP,
por sua vez, que comanda o Ministério das Cidades, está pleiteando o
Ministério da Integração Nacional em meio às negociações para apoiar a
reeleição de Dilma. Em 2010 o partido ficou neutro. A sigla deve ter
cerca de 1m50s de tempo de TV no horário eleitoral gratuito. O
presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), que defende o apoio à Dilma nas
eleições do ano que vem, disse não haver constrangimento em ocupar um
ministério e eventualmente ficar neutro na disputa. Segundo ele, a
participação do partido no governo é “administrativa”, e não
“eleitoreira”.
Já o PR, que comanda o Ministério dos Transportes e
deve ter em torno de dois minutos de tempo de TV na propaganda
eleitoral, vai na mesma linha e ainda não se comprometeu em apoiar a
recondução de Dilma. Depois de conversar com o presidente da sigla,
senador Alfredo Nascimento (AM), e com o senador Antonio Carlos
Rodrigues (PR-SP), o presidente do PT, Rui Falcão, procurou o líder do
PR na Câmara, deputado Anthony Garotinho (RJ), pré-candidato a
governador do Rio, para tentar assegurar seu palanque para Dilma. Ele
havia ameaçado dividi-lo com Campos e com o pré-candidato do PSDB,
senador Aécio Neves (MG). Falcão está certo de que esses partidos, PP e PR, apoiarão a reeleição de Dilma.
Pelo
Brasil, há alianças de todo tipo. O PP no Rio Grande do Sul negocia com
Campos, já em Minas e no Paraná ficará com Aécio. Até o PCdoB, aliado
mais fiel do PT, está ameaçando ceder seu palanque no Maranhão, onde
lançará Flávio Dino para governador, ao pré-candidato do PSB ao
Planalto.
No Maranhão, Dilma quer apoiar Dino, mas o ex-presidente
Lula defende a aliança com o PMDB do clã Sarney, com quem tem uma
dívida de gratidão. Chegou-se a propor como saída apoiar o candidato do
PCdoB ao governo e a atual governadora Roseana Sarney (PMDB) para o
Senado, mas o acordo não foi aceito pela família.Diante da
irritação de Sarney, tanto Dilma quanto Lula telefonaram para o senador,
semana passada, negando que houvesse decisão tomada quanto ao apoio a
Dino. No momento em que há um clima de rebelião no PMDB, a última coisa
que o Planalto e o PT querem é comprar uma briga com um cacique do
partido.
O PMDB é o caso mais espinhoso a ser administrado pelo
comitê informal da campanha à reeleição de Dilma. O PMDB é um partido
composto por caciques regionais e a política nos estados tem mais peso
para a sigla do que o projeto nacional. A força do partido nos estados e
municípios costuma lhe garantir uma grande representação no Congresso —
possui atualmente a maior bancada do Senado e a segunda maior da
Câmara. Assim, independentemente da posição adotada pelo PMDB na
campanha presidencial, invariavelmente o Palácio do Planalto fica refém
do partido. (O Globo)
10 comentários
A pergunta que não quer calar: Mesmo o Lula e o Rui Falcão terem garantido que o Lindebergh disputa o governo do Rio, a noiva árabe vai chegar no PT de calça arriada e de quatro, para manter a boquinha?
ReplyO PT finalmente chegou lá, viciados no crime, sangrou até morrer do próprio veneno!
ReplyEstá em estado terminal e para conseguir alguma sobrevida começou a andar de marcha ré:
"Governo aponta o ensino técnico como uma das opções para autonomia das famílias atendidas pelo bolsa familia. Meta é que até o final de 2014, 1 milhão de beneficiários estejam capacitados e deixem o programa."
Só que os cumpanheiros podem tirar o cavalinho (ratos) da chuva, o próprio veneno é letal.
O PSDB tem tudo na mão, com os adversários moribundos, é só apresentar um sério programa de governo e soltar a língua afiada sem dó, sobre as desgraças do governo Lula/PT/Dilma nos últimos 12 anos e o Brasil estará livre das ratasanas do PT, para retomada da soberania e desenvolvimento.
O Bolsa Familia que é um grande projeto do PSDB e foi corrompido vilmente pelo PT, deverá ser extinto porem será a ferramenta que sustentará a a classe pobre até sua qualificação, mas que foi iludida e abusada pelo PT para se manter no poder.
O momento político está no auge de sua volatilidade ideológica.
ReplyComo pode o pobre eleitor dizer que seu partido é o que tem propostas duradouras, consistentes e úteis para o povo se essa movimentação de bastidor,vaza à cena aberta, como de um verdadeiro prostíbulo.
É claro que esses senhores fazem de tudo (ou quase) para compor sua coligação e esperar a "Carta de Princípios" que seus marqueteiros irão compor, buscando o momento desaber o que o otário está reclamando mais, como se estivesse compondo este conteúdo, inspirado em biruta de aeroporto.
São tantos lobos vestidos de cordeiros que faz com que tenham a fama que têm.
"Por sua vez, o Greenpeace Brasil recebeu a notícia do adiamento da audiência "com tristeza" já que esperavam que "a carta do governo brasileiro pedindo a liberdade mas assegurando que ela iria ao julgamento" na Rússia ajudasse."
Replyahaha...
essa eh a credibilidade do governo petralha e do pais no exterior, ate mesmo na velha e arcaica Russia...
um documento oficial do governo brasileiro eh tratado como um papelucho qualquer, que nada vale...
também, quem vai acreditar nas garantias de um pais que já abrigou ladrão inglês de trem e terrorista italiano, fora toda a bandidagem que encontra porto seguro nessas terras?
Coroné ,tu es malvado em, duas paletas de cordeiro que saem do osso ,também gosto meu.
ReplyÉ claro que os partidos têm em mãos pesquisas que mostram o fracasso do governo perante à opiniao pública e estes índices apontados nas pesquisas não correspondem à realidade. O índice de apoio do governo é muito menor do que o divulgado. Basta que cada um procure pesquisar junto às pessoas de suas convivências que irão notar que a reprovação às ações deste governo é muito grande.Basta ir ao supermercado e ver como os preços sobem vertiginosamente muito mais do que o índice inflacionário medido pelos órgãos.É por isto que estão cautelosos em oferecer apoio incondicional.
ReplyCel,
Replydepois da copa nao fica ninguem.
O problema é os que tem alergia ao trabalho e recebem a bolsa família idolatram o Lula e a Dilma. Eles deveriam ser proibidos de votar. E são milhões.
Replycoronel, explica pra gente pq o PMDB, esse partido de memoráveis, como, Sarney, Calheiros, cabral e outros não tem canditado próprio
ReplyAnônimo de 18:16 de 20 de outubro, faz uma pesquisa de opinião excluindo os que recebem bolsa-esmola. Aí a gente vai ver quanto apoio tem essa bosta de governo. Se proibissem de votar esses estúpidos, talvez o braziu tivesse salvação.
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