Quem acredita no Serra além do Estadão?

A partir de hoje esse Blog vai dar a dar a sua contribuição, de forma organizada, para a compreensão de um dos fenômenos que mais chamam a atenção de quem acompanha  a  chamada  Grande Imprensa.  No caso, a perseguição implacável do Estadão a Aécio Neves. O tema é conhecido por todos que leem jornal no pais e não vem de hoje. Este blog tem alertado para isso.
Se a leitura de cada matéria de forma isolada já impressiona pela parcialidade, a visão do conjunto da obra, é, no mínimo, constrangedora para os poucos profissionais que restaram no velho jornal. Esta é a motivação para a criação desta série, pois com certeza virão mais matérias como a deste sábado, que já foi tema de post publicado aqui. Ela é um exemplo claro de anti-jornalismo e demonstra claramente as técnicas de manipulação que o Estadão usa contra o presidenciável tucano que se opõe ao seu predileto, José Serra.
Primeiro, chama a atenção que a esmagadora maioria de matérias contra Aécio, o candidato oficial do PSDB, nunca tenham fonte identificada. São sempre em off. O off é um instrumento legítimo do trabalho jornalístico no sentido de proteger as fontes que oferecem revelações importantes.
No caso do Estadão, a sensação que se tem é exatamente o contrário. Como não encontra fontes que confirmem as teses que o jornal quer desenvolver, o jornal recorre a um off  recorrente e conveniente. E que muitas vezes é desmentido pela realidade. Realidade? Esta parece ter saído de cena nas matérias políticas do Estadão, quando esse coloca um jornal centenário a serviço do dissidente José Serra. A partir de agora e até as eleições, vamos analisar cada matéria publicada, começando pela que já publicamos, mas que merece mais um post.  Veja a matéria abaixo.
Apoio ‘tímido’ de Aécio decepciona tucanos paulistas
 
Caso Siemens estremece ainda mais a delicada relação entre o governador Geraldo Alckmin e o senador presidenciável do PSDB Aécio Neves
 
10 de agosto de 2013 | 0h 11 - Pedro Venceslau
 
A delicada relação entre o governador Geraldo Alckmin e o senador presidenciável do PSDB Aécio Neves ficou ainda mais fragilizada depois que o caso Siemens veio à tona. O Palácio dos Bandeirantes deseja mais solidariedade, combatividade e apoio explícito do mineiro, que também é presidente nacional da legenda e tem a hegemonia da máquina partidária. A reação de Aécio foi considerada tímida, pelo menos até agora.
 
Alckmistas e pessoas próximas ao senador classificam a relação entre os dois como amistosa no âmbito pessoal, mas politicamente tensa. Entre José Serra e Aécio, o clima é de guerra aberta. Não há interlocução entre os dois. O episódio do cartel ocorre no pior momento para o ex-governador tucano: justamente quando ele conseguiu incluir seu nome nas próximas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de 2014. A avaliação de alckmistas é que Aécio teria visto no episódio Siemens uma oportunidade de eliminar Serra da disputa e ao mesmo tempo forçar o governador paulista e abraçar de fato seu projeto presidencial.
 
Interlocutores do senador rebatem essa análise. Contam que ele ligou para Serra e Alckmin prestando solidariedade e até elaborou nota oficial em defesa dos tucanos paulistas em conjunto com o Palácio dos Bandeirantes. O texto, que só foi finalizado na noite de ontem, mais de duas semanas depois que o caso foi divulgado, foi postado no site do partido, mas não teve repercussão.
 
‘Aecistas’ lembram ainda que ele desembarcou em São Paulo na noite de segunda-feira, véspera de uma reunião com todos os presidentes estaduais tucanos para um jantar no Palácio dos Bandeirantes. Na ocasião, teria incentivado a participação da imprensa. Foi nesse dia que o senador deu sua mais contundente declaração: "Me parece extremamente estranho que esses documentos ainda não tenham chegado ao governo. Obviamente não podemos aceitar esse vazamento selecionado".
 
Na manhã seguinte ao jantar em São Paulo, o encontro dos tucanos em Brasília que selou a candidatura presidencial de Aécio Neves e sepultou a tese de realização de prévias passou ao largo das denúncias de cartel do caso Siemens. Perdeu-se ali uma grande oportunidade de fazer um gesto concreto e público de desagravo ao tucanato paulista.
 
Vamos aos comentários, começando pela manipulação escandalosa presente na notícia acima.
 
Além de ser escrita totalmente em off, a matéria não se sustenta em pé. A tese é de que tucanos paulistas estariam incomodados com o posicionamento tímido de Aécio diante do caso Siemens. Mas o posicionamento do tucano mineiro foi tímido como afirma a matéria? Como todos os senadores, Aécio retornou de férias no exterior no domingo e, no dia seguinte, segunda feira,  foi pessoalmente a São  Paulo visitar o governador Alckmin e, lá, deu uma forte entrevista sobre o assunto.
 
Mais: publicou no site oficial do PSDB uma nota sobre o assunto, com teor aprovado por Alckmin. Se ele quisesse distância do tema teria ido a São Paulo? Ou se posicionaria no site oficial em posição pública que poderia ser lida e republicada pela imprensa de todo o pais? E será mesmo que existem mesmo os tais tucanos paulistas que prefeririam que Aécio tivesse lidado com o assunto em um tom diferente?
 
A matéria também questiona o fato de que, na reunião com presidentes de todos os diretórios do partido o tema não tenha sido tratado. E era hora para isso Se tivesse, talvez  a matéria do Estadão, toda , mais uma vez, em off ,tivesse sido: “Tucanos paulistas se queixam que excesso de visibilidade dado por Aécio ao caso Siemens aumenta desgaste da ala paulista do partido”. Como se vê, no Estadão, para não tem jeito: se correr o Estadão pega. Se ficar, o Estadão come.
 
O Estadão desmentindo o Estadão
 
Sobre a tema acima, o jornal ainda teve o constrangimento de desmentido por uma colunista do próprio jornal. Enquanto a matéria afirma que Aécio e Serra não tem nenhuma interlocução, a colunista Sonia Racy revela um telefonema de solidariedade de Aécio a Serra. Serra recebeu, anteontem, uma ligação amiga de Aécio, diz a nota.
 
O Estadão não pergunta, mas afirma
 
A mesma edição traz matéria com o senador Aluísio Nunes. Por que o jornal não repercutiu com ele a sua tese? Ou será que repercutiu e como a resposta do senador não agradou ao jornal não foi publicada?
 
Mas qual a intenção explícita da matéria do Estadão?
 
O objetivo é claro, cristalino e não é novidade alguma. Todo mundo sabe que incomoda sobremaneira às viúvas de José Serra uma boa relação entre Alckmin e Aécio. Mesmo porque a convivência no PSDB paulista nunca voltou ao que era desde que Serra abandonou a candidatura de Alckmin e trabalhou abertamente contra o PSDB, apoiando a candidatura de Kassab para a prefeitura de São Paulo. Reparem que, com a sutileza de um elefante, a matéria tentou colocar Geraldo e Serra num mesmo campo e os dois contra Aécio. É a única forma do Estadão ajudar Serra a subverter a ordem natural das coisas e sobreviver como candidato.
 
A partir de agora, toda vez que você ver o selo que encima esta matéria no Blog, é porque estaremos mostrando a campanha desbragada do Estadão a favor de Serra e contra Aécio. Deve haver alguma conta sendo paga. Quem sabe a gente não descobre qual é?

8 comentários

Coronel,
acredito que o Estadão esteja a serviço dos petralhas. Quando quer fazer fuxico entre o Serra e o Aécio, tenta reduzir a força do maior concorrente contra a Anta II. O medo do Aécio é explicito junto a canalha, inclusive do Estadão.
Não tenho dúvida, caso não haja nada de grandioso e a economia continuar como está, e não será diferente pois milagre dessa ordem não existe, a petralhada e sua gangue deixará de roubar os cofres públicos.

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Não é somente o Estadão Coronel.....o Reinaldo Azevedo também.....AÉCIO 2014.

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Serra deveria ser denunciado por ser cúmplice do Foro de São Paulo e já perdeu a moral há muito tempo. O Enéas Carneiro foi mais homem do que esse velhaco.

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O maior erro do Regime Militar foi o General Golbery Couto e Silva ter doado o Brasil de mão beijada para o PMDB, PT, PSDB e PDT. 3 décadas vivendo da herança maldita dessa PORCARIA de farsa das Diretas Já.

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BOMBA DA REVISTA ÉPOCA !
Operação Odebrecht: a propina para a campanha de Dilma Rousseff: “Mandei dar uma grana para o PT” Neste trecho, o lobista João Augusto explica como determinou aos apadrinhados do PMDB na Diretoria Internacional da Petrobras que contratassem a Odebrecht para realizar serviços ambientais – um contrato de quase US$ 1 bilhão. Diz como o PMDB pôs fim à CPI da Petrobras, em 2009, em troca da promessa de José Sérgio Gabrielli, do PT, então presidente da estatal, de não impôr dificuldades à assinatura do contrato. E detalha como acertou propina dentro da Petrobras, para o PMDB – e até para a campanha presidencial de Dilma Rousseff, por meio do tesoureiro João Vaccari. “Quem ajuda, ganha”, diz. “Todo contrato é assim.”
LINK COM O ÁUDIO:
http://www.youtube.com/watch?v=99oPbpVXb3c

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ESCÂNDALO DA CAMPANHA DO PT:
http://www.youtube.com/watch?v=99oPbpVXb3c
coronel,
Coloque o vídeo em 7:45(7 minutos e 45 segundos). Da para ouvir, nitidamente, os valores pagos de propina ele Construtora Odebrechet: “7 ou 8 milhoes de dolares para o PT” e “Uns 12 milhões de dólares para o PMDB”.

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O STF já aceitou como válida a gravação de conversa telefônica como prova, uma vez que a garantia constitucional do sigilo refere-se à interceptação telefônica de conversa feita por terceiros, o que não ocorre na situação ocorrida com o repórter Diego Escosteguy, que não era interceptação telefônica e o próprio interlocutor gravou a conversa.
http://www.youtube.com/watch?v=99oPbpVXb3c
IMPEACHMENT JÁ !!!
A CHANCE É AGORA PARA O CONTRA ATAQUE !
TUCANOS ACORDEM !

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Nenhum candidato ou candidato a candidato me representa até agora.

Vamos ver na propaganda eleitoral e nos debates quem tem culhões e aquilo roxo. Por enquanto, são TODOS uns covardes.

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