Marina Silva sacrifica partidários para montar um partido para chamar de seu.

A pouco mais de dois meses do prazo final para se credenciar à disputa eleitoral de 2014, coordenadores da Rede Sustentabilidade afirmam que, mesmo que consigam registrar a tempo o novo partido, não haverá palanques relevantes nos Estados para sustentar a candidatura presidencial de Marina Silva.Com isso, a pretensão da ex-senadora de suceder Dilma Rousseff não contará com dois dos principais trunfos das campanhas: fortes alianças estaduais e espaço na propaganda de rádio e TV.
 
Terceira colocada na corrida ao Planalto em 2010, com 19,3% dos votos válidos, Marina está sem legenda desde 2011, quando rompeu com o PV. Desde então seu grupo articula a montagem da Rede, mas só no início deste ano começou a coletar as 492 mil assinaturas necessárias para colocar a legenda de pé --até ontem, dizia ter obtido 818 mil, mas só 125 mil haviam sido validadas pelos cartórios.
 
Para que Marina se candidate, é necessário que seu novo partido passe por todo o processo burocrático de aprovação na Justiça Eleitoral até o início de outubro deste ano. Em resumo, os aliados da ex-senadora argumentam que o processo de criação da legenda inviabilizou a articulação de chapas relevantes de candidatos a governador, senador e deputados, discussão já a todo vapor entre os partidos estabelecidos.
 
O deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ), coordenador da última campanha de Marina, diz que a falta de palanques fortes nos Estados "foi um problema em 2010 e pode ser maior em 2014"."Mas a realidade é essa, vamos trabalhar com isso. Tem gente que acha que basta a candidatura da Marina, outros acham que ela precisa de alianças. Mas, a rigor, essa discussão nem começou."O também deputado Domingos Dutra (PT-MA), reforça: "Como diz o ditado, ou toca o sino ou acompanha a procissão. Priorizamos o recolhimento de assinaturas, infelizmente não vamos ter chapas fortes nos Estados".
 
O esvaziamento das chapas estaduais, com o consequente recuo de políticos que ensaiavam ingressar na Rede, se reflete no tempo de propaganda eleitoral na TV, que é calculado com base no número de deputados federais que a legenda possui.Como a filiação de deputados federais à Rede deve ser menor do que a dos seis previstos até há alguns meses, Marina teria pouco mais de 1 minuto em cada bloco de 25 minutos, menos do que o já pequeno espaço que teve em 2010 (1min23s).
 
"Um minuto de TV da Marina pode ser equivalente a 30 minutos de outros candidatos", rebate o deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP). Ele cita a internet como meio de escapar às dificuldades. "Se está fugindo dos métodos políticos convencionais, por que não buscar formatos de apoios alternativos nos Estados também?"
 
Aliados de Marina esperam que a insatisfação das ruas favoreça a ex-senadora. Segundo o Datafolha, a ex-senadora subiu de 16% para 23% das intenções de voto após os protestos. Em 2010, Marina já havia tentado esse modelo, mas a arrecadação pela internet foi pífia: R$ 170 mil, menos de 0,6% do gasto total. (Folha de São Paulo)

5 comentários

Coronel,
é interessante como alguns políticos acham que são donos dos votos. A votação que a Marina teve foi uma alternativa de quem não queria a Anta II e o Serra. Depois vem essa cambada de jornalistas de meia tigela dizendo: Marina, detentora de 20 milhões de votos; Serra, detentor de 40 milhões de votos. É ridículo.

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ECOLOGISTAS DE ARAQUE mod

Essa tem praticamente os dois pés no 'pt'. Nunca, nem quando era ministra, disse uma palavra contra o dito mensalão.

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No Brasil todo político só quer mamata. Essa Marina Silva é a prova disso, quer por que quer um partido dela. Partido no Brasil virou um empresa particular.

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Ela pode fazer como os candidatos do bloco do eu sozinho de londres. Pega um banquinho, vai para um centro de praça qualquer e fica por lá gritando: Meu nome é Marinaaaa ! Sugestão: Praça da Alegria (ainda existe?)

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Engana-se quem se encanta com a Marina.
Ela é autoritaria, sua formação é de esquerda. Ela é PT por formação seus princípios são os mesmos.



Tree

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