Pressionado pelos partidos de sua base aliada, o governo Dilma Rousseff
desistiu de trabalhar para que o Congresso convoque um plebiscito sobre a
reforma do sistema político brasileiro que produza efeitos já nas eleições de
2014.O governo agora tentará viabilizar uma consulta no ano que vem, em março ou
no fim do ano, para fazer mudanças que só começariam a valer nas eleições de
2016.
A definição sobre o momento e os temas do plebiscito dependerá do Congresso
Nacional, que tem a prerrogativa de elaborar o decreto legislativo sobre a
consulta.Em dez dias, esse foi o segundo recuo do Palácio do Planalto na principal
proposta de Dilma para responder às manifestações de rua.
O recuo do governo foi anunciado após uma reunião pela manhã do
vice-presidente Michel Temer com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça),
Aloizio Mercadante (Educação) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e
líderes de oito partidos aliados.
A falta de apoio no Congresso e os prazos impostos pelo TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) para realização do plebiscito foram determinantes para levar
o governo a desistir da ideia de realizar a consulta antes de outubro.
Temer disse que a consulta imediata foi inviabilizada pelo prazo fixado pelo
TSE, pois o Congresso teria de aprovar a reforma antes de 5 de outubro para que
as regras pudessem valer no ano que vem."Não há mais condições de fazer nenhuma consulta antes de outubro. Não
havendo condições temporais para fazer a consulta, qualquer reforma que venha se
aplicará nas próximas eleições e não para essa [2014]", disse ele após a
reunião: "É uma ideia descartada no momento".
Ao longo do dia, o Planalto trabalhou para tentar desfazer a imagem de que
recuara ou desistira do plebiscito. Em Salvador, Dilma reafirmou seu apoio à
proposta: "Não sou daqueles que acreditam que o povo não é capaz de entender [o
plebiscito] porque as perguntas são complicadas" e disse acreditar na
"inteligência, esperteza e sagacidade do povo brasileiro". A presidente ressaltou, porém, que só fez uma "sugestão": "Como o Executivo
federal não pode fazer essa consulta, porque pela Constituição quem faz essa
consulta é o Parlamento, Câmara e Senado, nós encaminhamos uma sugestão pedindo
ao Congresso Nacional que convocasse esse plebiscito".
Cardozo reproduziu o argumento da presidente. Segundo ele, cabe ao Congresso
definir o conteúdo e a data do plebiscito: "O governo não pode bater o martelo
numa coisa [em] que não tem o martelo. Não é dele, é do Congresso. Nós só
sugerimos".Após a repercussão negativa de suas declarações sobre a inviabilidade de um
plebiscito válido em 2014, Temer divulgou nota dizendo que tinha sido mal
interpretado.
O vice disse que o governo "mantém a posição de que o ideal é a realização do
plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já nas eleições de
2014": "Minha declaração sobre a realização do plebiscito da reforma política
relatou a opinião de alguns líderes da base".
Inicialmente, Dilma havia sugerido um plebiscito para ouvir os eleitores
sobre uma constituinte exclusiva sobre a reforma política. A ideia foi alvo de
questionamentos jurídicos e ataques de políticos.Para contornar o impasse, Dilma reapresentou a proposta de reforma política,
mas defendeu que fosse feito um plebiscito este ano e enviou ao Congresso
mensagem propondo que a população fosse ouvida sobre cinco pontos.
A oposição viu no recuo um "fracasso" do governo. Presidente do PSDB, o
senador Aécio Neves (MG) disse que o plebiscito "já nasceu morto" e por isso o
governo teve de reconhecer que a realização da consulta popular seria
"inviável". (Folha de São Paulo)
6 comentários
ReplyQuanto ao plebiscito da DILMA,se é possível acreditar na inteligência e esperteza do povo em compreender e responder devidamente às perguntas a ele(povo) feitas,por outro lado, NÃO DÁ MESMO É PARA ACREDITAR NA CAPACIDADE DA DILMA para coisa nenhuma,muito menos para continuar presidente do país.
E muito dificil acreditar que o Lula nao esteja por tras disto tudo.
ReplyEle e' o ditador do PT.
Ninguem toma decisao ou faz alguma coisa sem sua ordem.
Tree
Cel
ReplyA Anta é burra demais, porém é mentirosa de nascença. Ela acredita é na ignorância do povo para conseguir instalar aqui o regime bolivariano. Daí a sua pressa no plebiscito, contando com este assodamento para que não dê tempo do povo ser esclarecido a respeito do assunto. Só assim poderia lograr êxito. Ainda bem que não deu certo.
Esther
Dilma com o neurônio solitário não governa mesmo.
ReplyA presidente "está perdendo" estas eleições devido ao calote que deu, além de outros, nos servidores do judiciário federal, os quais engrossaram a fileira da classe média inconformada com um governo que "quer só para a sua turma..." não concordando com o justo, que seria a reposição de perdas acumuladas ao longo de sete anos nos salários destes trabalhadores, os quais estão espalhados em todas as regiões do nosso país, influenciando todos os setores e camadas da população.
ReplyPortanto, quem quiser faturar estas eleições terá que afinar a sensibilidade para com a situação destes trabalhadores e fazer transparecer que apoiará os trabalhadores, lutando contra suas perdas e os apoiando para a conquista de serviços públicos de qualidade e a conquista de um pais modernizado e justo
Votei sempre que "o cara" foi candidato, apoiando-o.
ReplyAtualmente o "tal" não tem de mim um voto nem ele fosse candidato de associação comunitária de bairro de subúrbio de cidade do interior...
Não elegi "esta turma" para dilapidar o pais, trazer a inflação, alimentar a corrupção institucionalizando a roubalheira e deixar a conta para os trabalhadores.
Além de todo o mal que, estamos vendo agora, o "cara" praticou, ainda "pôs" no seu lugar um "poste"... só poderia mesmo resultar em um apagão: apagão de moralidade, de transparência, de honestidade..., de gerência. Pois o poste não poderia ser menos iluminado. A "gerentona" foi posta num país claro em desenvolvimento e escureceu todas as ruas com sua luz opaca e sua rigidez administrativa, desgostando até os seus aliados mais oportunistas...
Abaixo a tirania, FORA DR!!!