Se o Paulinho da Força e o Eduardo Cunha não gostaram dos vetos da MP dos Portos, é porque foram bons para o Brasil.

Dilma Rousseff  vetou alguns pontos da MP dos Portos, um dos raros acertos da sua gestão. Eduardo Cunha, do PMDB do Daniel Dantas, não gostou. Paulinho da Força, dono dos OGMOS que cobram até R$ 300 mil por mês para um "cumpanhêro" atracar navios, também achou péssimo. A CNA, da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), a principal líder na aprovação da medida, achou ótimo. Aliás, a senadora do Tocantins, durante as discussões, bateu duro tanto no Paulinho quanto no senador Requião, do Paraná, cujo irmão é uma espécie de capitão do mato do Porto de Paranaguá. Quem tem razão? Abaixo, a nota da CNA:

NOTA OFICIAL

O Brasil finalmente ganhou uma nova Lei dos Portos que traz estabilidade jurídica aos prestadores de serviços portuários, pavimentando o caminho do planejamento que irá revolucionar nossa estrutura logística. Em breve, o setor produtivo nacional poderá constatar profunda evolução no processo de exportação de seus produtos.

O Diário Oficial da União de 05 de junho de 2013 traz a Lei nº 12.815, que trata da exploração direta e indireta, pela União, de portos e instalações portuárias e das atividades desempenhadas pelos operadores portuários.

A nova Lei, que tem como principais objetivos abrir espaço ao investimento privado e conferir maior agilidade à administração pública, entrou em vigor na data de sua publicação.

Poucos foram os vetos presidenciais ao texto aprovado pelo Congresso Nacional. O Governo entendeu que o conceito de terminal indústria contido no texto aprovado pelo Parlamento retomava a distinção entre carga própria e de terceiros. Este ponto constava da antiga Lei dos Portos e era visto como um dos atrasos que se pretendia eliminar na nova legislação.

A CNA considera acertados os vetos presidenciais. A nova Lei dos Portos foi publicada em perfeita harmonia com os comandos constitucionais e com as diretrizes estabelecidas pelo Governo para o setor.

O desafio é construir a total integração da navegação de cabotagem com os demais sistemas de transporte. Pavimentou-se o caminho para a revolução na logística portuária. O Governo e o Congresso precisam, agora, preparar o terreno para o florescimento da navegação de cabotagem no Brasil.

Brasília, 6 de junho de 2013

Senadora Kátia Abreu
Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)