Governo petista relativiza o direito de propriedade. Os índios hoje, amanhã os quilombolas, depois de amanhã você.

O governo petista começa a mostrar as unhas, de novo. Quer achar um jeitinho no gravíssimo problema das demarcações ilegais de terras indigenas, entregando a condução para os causadores dos conflitos. Ontem até mesmo Paulo Maldos, assessor de Gilberto Carvalho, participou da reunião com índios, para com eles discutir soluções. Ele é ex-assessor do CIMI e ex-marido da atual presidente da FUNAI. É presença constante em qualquer lugar onde o direito de propriedade esteja sendo ameaçado pelos tais "movimentos sociais". Leiam, abaixo, os descaminhos propostos, que atacam a Constituição Federal e que criam categorias de produtores rurais: os de "boa fé" e os de "má fé".

O governo estuda duas formas para tentar resolver os litígios entre etnias indígenas e proprietários de terra: compensar índios com outras áreas e permitir a indenização de fazendeiros e colonos em casos de conflito. As medidas foram antecipadas anteontem pela coluna "Painel", da Folha. Ontem, integrantes do governo e cerca de 50 índios terenas se reuniram no Ministério da Justiça por mais de três horas para discutir a questão em Sidrolândia (MS). Na semana passada, um índio da etnia morreu durante reintegração de posse na fazenda Buriti, que depois foi novamente invadida.

A avaliação do governo é que a indenização resolveria disputas agrárias em diversas regiões do país. Hoje, por lei, se a União quiser reaver uma área privada para entregá-la a comunidades indígenas, não pode pagar por isso. A única possibilidade de indenização prevista é nos casos de benfeitorias. Para o Executivo, a recompensa financeira ajuda a convencer o proprietário a deixar sua terra, mas tem de ser feita com cuidado.

Pelo desenho atual da proposta, a indenização só valeria para casos de posses de "boa fé". A regra, portanto, não contemplaria aqueles que invadiram ou grilaram territórios originariamente indígenas. "Se esse caminho pacifica 90% dos casos, tem que ser o caminho adotado", disse o secretário nacional de Articulação Social da Presidência da República, Paulo Maldos. O governo buscará o apoio do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para formular um modelo de ressarcimento.

Outra proposta em estudo é a compensação de áreas aos índios. Também será criado um fórum com integrantes do governo e representantes dos índios e dos fazendeiros. Segundo o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), o fórum será proposto ao CNJ e ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

Cardozo e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) assinaram um documento em que asseguram a criação do fórum e "investigação isenta" sobre a morte de Oziel Gabriel, 35, ocorrida no confronto com policiais. O cacique terena Antonio Jorge comentou as propostas do governo ao deixar a reunião. "Não estamos 100% satisfeitos. Diria que apenas 50%, mas vamos dar um voto de [confiança]", afirmou.

Além do impasse dos terenas, índios mundurucus estão em Brasília pedindo garantias nas tratativas em curso sobre suas terras, no Pará, e sobre os efeitos da construção da usina de Belo Monte. Ontem, mais de 50 índios tentaram entrar na área externa do Palácio do Planalto, mas foram impedidos por seguranças. Eles estavam com arcos e flechas e tacapes, mas foram desarmados. Houve empurra-empurra.

Descontente com a atuação da Funai (Fundação Nacional do Índio), o governo deve mudar o comando do órgão. A presidente, Marta Azevedo, deixará o cargo. Nos últimos meses, ela tirou licenças médicas. Para seu lugar, uma das favoritas é Maria Augusta Boulitreau Assirati, diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável.(Folha de São Paulo)

7 comentários

Ao menos agora já temos uma pessoa inocente. É a Marta. Azevedo.
Por ter tirado muitas licenças ´do trabalho nos últimos meses e por estar sendo substituída.
Mas os culpados estão aí mandando.
Intactos permanec em.
O marido dela e o patrão que ele assessora. Como sabido.
Gilberto Carvalho é o nome do responsável pelas crises. Sempre.

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E CADÊ A REUNIÃO DO GOVERNO COM OS PROPRIETÁRIOS DAS TERRAS INVADIDAS? O PT SÓ OUVE UM DOS LADOS?

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CEL,

O "governo" do Brasil está nas mãos de bandidos corruptos e incompetentes, das máfias familiares e do corporativismo múltiplo.

Índio Tonto/SP

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Coronel,

Não vamos esquecer que o Gurgel sai em JULHO e o Blog 247 já faz campanha para uma tal de Duprat, louca de atar!!!

Alô, alô Sen. Katia Abreu, abre o olho senão a "flecha come". O PT avisou que 2013 seria o diabo!!!

O Mensalão já era!!!

JulioK

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Coronel,
Que bacana! A FUNAI aumenta as reservas, os proprietários (merecidamente) são indenizados, e todos nós pagamos. Dilma, tira esses caras da FUNAI daí! Estão detonando teu governo!

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Douglas Correa mod

BLOG - QUESTÃO INDIGENA :
(...)Segundo o procurador da República Marco Antonio Delfino, um dos grandes incentivadores do conflito no estado, só em 2012 lideranças indígenas e ruralistas e políticos se reuniram duas vezes para discutir o assunto. Como os governos não deram sinais de que haveria dinheiro suficiente para colocar a sugestão em prática, os esforços de negociação minguaram.

Delfino entende que a União é a principal responsável pelos atuais conflitos. Isso porque, durante o século passado, estimulou pessoas de outras regiões do país a se mudar para o Centro-Oeste. O Estado brasileiro concedia aos recém-chegados títulos de propriedade das terras que, hoje, a Funai, seus antropólgos e o próprio Ministério Público entendem pertencer aos índios.

“Há um parecer da consultoria jurídica do Ministério da Justiça que atesta a possibilidade de a União indenizar as terras que ela própria titulou. Se todas as partes se sentarem para negociar é possível pensar em outras propostas, mas, hoje, esta é a única solução possível para os conflitos. No caso da União, não é necessária nenhuma mudança legal. Basta o governo federal pegar o parecer jurídico, torná-lo vinculante e destinar dinheiro para pagar as indenizações integrais”, disse Delfino à Agência Brasil, criticando o fato de uma emenda parlamentar de R$ 100 milhões, apresentada no ano passado pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MS) para esse fim, ter sido reduzida a R$ 20 milhões no Orçamento deste ano.

Para o senador, o valor é irrisório, principalmente levando em conta o tamanho das áreas em discussão. “Não adianta fazer reunião, audiência pública no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas se não houver recurso no orçamento. Sem dinheiro, esse conflito não vai acabar nunca.”

(...)

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MEDIDDA POR ESSA TRENA,/a nação vira uma OCARA!/Grave, meu irmão: è GRAVE!/Já não temos tempo hábil/para o Brasil soerguer-se/honrado,brioso,impávido!/O TEMPO DE AGIR FOI ONTEM!/Sob o Foro de São Paulo,/garras, ventosas,tentáculos/comunísticos nos jungem,/prosternam e mesmerizam.../Solução: FORÇAS ARMADAS?!/AH, aí há controvércia:/Fizeram durante´décadas,/DELAS e de cada uma,/coisas de fazer corar/prostitutas numbordel!/Fizeram DELAS latrina,/escarradeira,monturo,/saco roxo de pancadas.../E AGORA,FORÇAS ARMADAS?!/Mil vezes não:que ELAS fiquem/sempre de sobreaviso/no âmbito dos quarteis,/das bases,dos arsenais./Mas tranquilos no aguardo/de cabal RETRATAÇÃO,/de um geral mea culpa,/pedido de perdão válido,/com pronta REPARAÇÃO./Não de mentirinha,vápido!/Fizeram DELAS Geni:/ponham-se já de joelhos!/Sem isso,FORÇAS ARMADAS,/fiquem no seu canto e cantem:/"NÓS SOMOS DA PÁTRIA A GUARDA, FIEIS SOLDADOS,POR ELA AMADOS!"/AMADOS.FICOU BEM CLARO?

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