A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) inicia hoje
o primeiro dos dois dias reservados para os leilões de concessão de
novas áreas de exploração em terra e no mar, marcando a retomada das
licitações do setor, suspensas desde 2008. Por quase cinco anos, a
destinação de novos poços ficou paralisada em virtude do anúncio da
descoberta das gigantescas jazidas do pré-sal e das batalhas que se
seguiram no Congresso em torno dos projetos para estabelcer um novo
marco regulatório.
Ontem, movimentos sociais realizaram protestos em diferentes
capitais do país contra a participação de empresas nacionais e
estrangeiras nos leilões. Em Brasília, grupo de aproximadamente 800
manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
barrou o acesso de servidores ao Ministério de Minas e Energia. Eles
tomaram a entrada do edifício, na Esplanada, por volta das 5h30. Os
mais prejudicados foram os funcionários do Ministério do Turismo,
lotados no mesmo local. Protestos de sindicatos são esperados para
hoje, na sede da ANP, no Rio.
Os integrantes do MST vieram de vários estados. Eles bloquearam as
duas entradas do prédio e permaneciam no local até o fechamento desta
edição. Os líderes do movimento consideram que a "privatização dos
blocos" renderá um ganho superior a R$ 1 trilhão para as multinacionais
e não para o governo, como defendem. Em outra frente, sindicalistas
foram recebidos pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), que leu uma
carta redigida pelo MST, durante reunião no Senado, mas sem indicar
atendimento aos pedidos.
O Correio (Braziliense) conversou com algumas famílias que decidiram acampar na
Esplanada dos Ministérios. Poucas sabiam o real motivo de estarem ali.
Muitas acreditavam que o governo havia comprado terras e que seriam ali
seriam distribuídas. "Não estou sabendo dessa história de petróleo,
não", disse uma mulher, sem se identificar. Ela contou que perdeu a casa
na cidade de Trevo, interior do Goiás, há um ano, devido ao
transbordamento de um rio próximo do local. "A água invadiu tudo e
perdemos a nossa casa. Agora, estamos esperando ganhar nosso pedaço de
chão para voltar a plantar", acrescentou.
O casal Adão Hélio Siqueira, 28 anos, e Regiane Siqueira, 29, também
não sabia ao certo por que foi convocado para estar ali. "Sei que tem
um lance de doação de terra aí. Mas não me disseram muitos detalhes",
contou Adão. Ao serem questionados se tinham conhecimento sobre os
leilões do petróleo, ambos disseram nada sabiam sobre esse assunto.
"Não sei. Estamos esperando a nossa terra. Não dá para morar mais em
barracos", disse Regiane.
3 comentários
o descaramento a falta de escrúplo destas pessoas pra enganar os mais ingênuos já passou dos limites. é tudo tão desolador... a que pontos chegamos? eles estão preocupados com os ganhos que o governo terá, mas não é porque estão interessados em investir na educação ou saúde, mas sim porque precisam de mais dinheiro pra comprar consciências. quem poderá salvar o brasil desordenado bagunçado, estraçalhado?
Replypessoal, leiam o que está neste endereço e vamos lutar contra.
Replyhttp://averdadequeamidianaomostra.blogspot.com.br/2013/02/esquerda-revolucionaria-versus-direita.html
Coronel,
ReplyEsses coitados são os ''otários'' comunas, sonambulos do voto sujo.
Como tem vagabundo nessa esquerda, aproveitadores salafrários.
WSC