Inflação volta, juros sobem e desaba o discurso de Dilma.

O Banco Central subiu ontem a taxa Selic de 7,25% para 7,50% ao ano, uma elevação moderada como esperava o Palácio do Planalto, diante do crescimento ainda fraco da economia brasileira. Foi a primeira alta desde julho de 2011 da Selic, taxa de juros de referência do mercado, que estava desde outubro do ano passado em seu patamar histórico mais baixo.
 
O governo já trabalhava com um ajuste na política monetária neste mês, diante da alta da inflação. O índice oficial (IPCA) acumulado nos 12 meses encerrados em março estourou o teto de 6,5% da meta do governo para 2013, chegando a 6,59%. Em geral, juros mais altos desestimulam o consumo, o que reduz as pressões de alta nos preços. No entanto, o governo temia que o BC fosse mais duro e subisse os juros em 0,50 ponto percentual, o que poderia sacrificar o crescimento da economia neste ano e prejudicar a campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014.
 
A decisão de ontem teve seis votos a favor da alta, entre eles o do presidente do BC, Alexandre Tombini, e dois pela manutenção da taxa, dos diretores Aldo Mendes (Política Monetária) e Luiz Awazu Pereira (Assuntos Internacionais). No comunicado divulgado após a reunião, o Copom justificou a elevação: "O comitê avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de aumento de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária".
 
O documento destaca que, "por outro lado, o Copom pondera que incertezas internas e principalmente externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela". No mercado, analistas falavam em três altas de 0,50 ponto percentual até o fim do ano, o que faria os juros subirem para 8,75%, patamar que o Planalto considera prejudicial para o crescimento. Até ontem, conselheiros de Dilma com acesso direto ao gabinete presidencial defendiam que o BC aguardasse o próximo mês para definir se mexia ou não nos juros.
 
O argumento desses ministros é que o IPCA, índice oficial do sistema de metas, deve seguir em queda nos meses de abril e maio e pode fechar o ano em 5,6%, percentual considerado por eles satisfatório e adequado para garantir um crescimento do PIB neste ano entre 3% e 3,5%. A alta da Selic era defendida por outra ala do governo, que entende que isso ajudaria o Banco Central a recuperar credibilidade, questionada pelo sistema financeiro. (Folha de São Paulo)

5 comentários

vamos ver se a oposição agora ira desmoralizar o discurso da incompetenta ou ficara naquela de "trabalhar pelo Brasi", fazendo mais daqueles discursozinhos propositivos vagabundos que costumam fazer...

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tia Dilma, quero pronunciamento na tv para a alta dos juros...

com aquele fundo musical suave e aquela cara apalermada de mãe do Brasil...

daqui a pouco o marketeiro palaciano ira montar uma peça publicitaria mostrando que quem subiu os juros nao foi a Dilma, mas um pajarito...

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"Contenção de gastos públicos é solução para inflação, dizem analistas"

a politica econômica genuinamente petista foi para o buraco!

era o que eles pregavam o tempo inteiro, que o Estado obeso tinha que ser o gastador, ops, indutor da econmia...

vao ter que colocar o rabo entre as pernas e sair de fininho...

o que ainda deixa o país um pouco de pé sao as politicas econômicas do Plano Real, do governo FHC...

todas as magicas criadas pelos petistas foram para o vinagre, de estrategias econômicas a programas sociais, nada funcionou...

só sobrou de pé o que FHC construiu no seu governo...

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Coronel,

Em 2012, aqui no Blog, afirmei que o 2o. Sem. seria negro. Não deu outra e o PIBÃO me deu razão.

Em 2013, volto a afirmar que o 2o. Sem. será "negro".

Tenho informações, de fonte segura, que as operadoras de Cartão estão renegociando dívidas em 24x sem juros!!

Bancos vão pelo mesmo caminho.

A ordem é: Salvem o PRINCIPAL, mesmo sacrificando os juros!!!

Resumindo: lucro continua caindo na economia brasileira.

Pibinho a caminho!!!

Reeleição da Dilma sob fogo pesado!!

JulioK

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A Solução é o PAC 3 ! Depois o PAC 4, 5, 6, ...

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