Campos x Aécio: qualquer semelhança não é mera coincidência.

Um tucano observador e aecista, que insiste em varrer neste blogueiro até o último resquício de serrismo, mandou uma observação interessante: Eduardo Campos (PSB-PE) copia integralmente o discurso de Aécio Neves. Segundo ele, a estratégia é clara. Campos quer ocupar o papel de oposição, no lugar do tucano.

Vejam as"coincidências" apontadas.

Quando o mineiro ainda brigava com Serra, em 2010, pela indicação tucana, afirmava que era o "pós-Lula". O que Campos diz agora em 2013? Que é o "pós-Dilma".

Outra: alguém fala tanto e há tanto tempo em "pacto federativo" quanto Aécio? Agora, a cada cinco palavras de Campos, duas são "pacto federativo".

Mais uma. Eduardo Campos adotou o "choque de gestão", uma expressão que o tucano mineiro cunhou no tempo do onça. Se elegeu para governador e senador por Minas em cima do tal choque.

Por fim, o pernambucano bradou, dia destes, que precisamos de "um projeto de nação e não de poder". É uma bela frase. Pois este tucano enviou até o link (clique aqui) onde Aécio declara, fazendo campanha em Sergipe, em 2012: “Ao meu ver, o PT abdicou de ter um projeto de país para se contentar exclusivamente com um projeto de poder."

Eduardo Campos, ao que tudo indica, quer fazer uma mágica. Ter um discurso de oposição, roubando a posição de Aécio Neves, mas sem abandonar as tetas gostosas do governo. Como já dizia o avô Tancredo,  a esperteza, quando é muita, fica grande e come o dono.