O PMDB se prepara para voltar ao comando do Congresso no mês que vem e
preocupa setores do governo, que preveem negociações mais duras e risco
de aprovação de leis que podem ser ameaça ao equilíbrio fiscal. O partido já conta com o vice-presidente da República, Michel Temer, e
deve pela sexta vez, desde a Constituição de 1988, ocupar por dois anos
outros dois cargos na linha sucessória da presidente Dilma Rousseff: os
comandos da Câmara e do Senado.
Tudo aponta para a eleição, no dia 4 de fevereiro, do deputado Henrique
Eduardo Alves (RN) e do senador Renan Calheiros (AL), que não têm hoje
adversários competitivos. Eles deverão suceder Marco Maia (PT-RS) e José
Sarney (PMDB-AP). Os cargos aumentarão o poder de barganha da sigla, que já tem a maior
bancada no Senado e a segunda maior da Câmara. Se vitoriosos, os
peemedebistas controlarão a pauta de votações das Casas, a criação de
CPIs e ocasionais pedidos de impeachment da presidente da República.
O futuro chefe da Câmara terá ainda papel de peso para decidir pelo
cumprimento da ordem do Supremo Tribunal Federal para a cassação dos
mandatos dos deputados condenados pelo mensalão -como os petistas João
Paulo Cunha e José Genoino. O debate sobre a palavra final dos mandatos -se cabe ao STF ou ao
Legislativo- é motivo de divergentes interpretações. Para Alves, a
atribuição é do Congresso.
A hipertrofia do PMDB inquieta o governo em especial devido aos desafios
da economia -já que, em 2012, o crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) ficou muito abaixo das expectativas. Nas gavetas dos dois plenários, não faltam propostas que ampliam os
gastos públicos e colocam em risco a retomada do crescimento. Exemplos: aumentos salariais de servidores, flexibilização nas regras de
aposentadoria e engessamento de gastos -caso da emenda 20, que amplia
verbas da saúde.
No rol de preocupações do Planalto há ainda uma bandeira de Alves: a
aprovação de propostas que obrigam o governo a liberar metade das
emendas dos parlamentares. O governo costuma congelar esses pagamentos para cumprir a meta de
superavit primário, economia para para pagar os juros da dívida. A ascensão da dupla deve requerer mais atenção de Dilma com o Congresso -hoje mais distante do governo do que na época de Lula.
2 comentários
Sr Coronel:
ReplyQuanto tempo o Brasil aguenta a ROUBALHEIRA do consórcio pmdbpt?
Saudações
Ps O tempo que durar a oposição propositiva TRAÍRESCA.
ReplyEsse Henrique Eduardo Alves (RN)é outro calhorda, será que não sobrou ninguém decente para assumir essa merda?
E o Renan então? Como dizia um amigo, "Poloamordedeus", o cara é um dos maiores trampas do Senado e vai substituir o "Homem Incomum".
Não tem jeito, o Brasil está indo para o ralo.