Baseado em informações de uma ONG, o editorialista da Folha de São Paulo, Marcelo Leite, usou dados mentirosos no artigo abaixo. O texto dele está em preto, o desmentido em vermelho.
Os 20 mil ianomâmis do Brasil vivem numa terra indígena com 96.650 km², área maior que a de Portugal. Na reserva indígena Dourados (MS), cerca de 12 mil guaranis (caiovás e nhandevas) dispõem de 35 km². São mais que 340 pessoas por km². Quem acha que os índios do Brasil têm terra demais deveria ser confrontado com dois pedidos: defina "índios" e defina "terra demais".
Para que as pessoas tenham uma idéia, 35 km2 equivalem a 77.778 terrenos de 450 m2. Ou seja, cada índio guarani tem o equivalente a 6,5 terrenos para ocupar. Se considerarmos que mais de 50% dos índios são crianças, cada adulto terá 13 terrenos de área. Um espaço muito maior do que qualquer brasileiro tem. Índios não vivem mais em uma grande taba. 85% vivem em casas de alvenaria. Índios não plantam nada mais do que agricultura de subsistência. Mais de 60% deles recebem Bolsa Família e praticamente 100% recebem cestas básicas da FUNAI. Os dados são do IBGE. O problema de índios não é terra de menos ou terra demais. É de proteção do Estado, que constitucionalmente é responsável por eles. O problema é incompetência crônica da FUNAI.
De aicanãs a zuruahãs, há 238 etnias no diretório "Povos Indígenas do Brasil", do Instituto Socioambiental (ISA). Vivem em 680 terras indígenas e falam 180 línguas. Fazendeiros --em especial pecuaristas, vanguarda do atraso no campo-- gostam de citar que as terras indígenas ocupam 13,3% do território brasileiro, 1.128.702 km² de 8.514.877 km². Poucos sabem, porém, que 98,5% dessas áreas ficam na longínqua e pouco valorizada Amazônia. Todas as outras terras indígenas do país abarcam 1,5% do território nacional. Aí se incluem as minúsculas "reservas" sul-mato-grossenses (era esse o nome na década de 1910, quando o Serviço de Proteção ao Índio, precursor da Funai, passou a instituí-las para confinar "bugres", um termo eivado de racismo e ainda utilizado na região).
Mentira! Dado errado! Dado de ONG! O editorialista teve preguiça de ir ao Censo do IBGE ver os números verdadeiros. As terras indigenas estão assim divididas: 38,4% no Norte; 26,0% no Nordeste; 16,1% no Centro-Oeste; 11,1% no Sudeste; 8,6% no Sul. É isso que dá um jornalista responsável pela opinião de um dos grandes jornais brasileiros ser teleguiado por uma ONG ambientalista e não por dados oficiais e verdadeiros. Vamos dar o número certo: no Cnetro-Oeste, onde está localizado o Mato Grosso do Sul, vivem 16% dos indígenas, segundo o IBGE. Lá estão 16,1% das terras indígenas, segundo mesmo IBGE. É uma irresponsabilidade da Folha de São Paulo divulgar um dado tão irreal.
Sem as reservas, não haveria hoje fazendas em Mato Grosso do Sul. Com elas, são os cerca de 50 mil guaranis brasileiros que se acabam. Alcoolismo, suicídios e violência completam a obra iniciada pela escravização nas mãos de portugueses e espanhóis. Quatro séculos atrás.
Cada um destes índios, no Centro-Oeste, possui o equivalente a 352 hectares per capita. A Fazenda Maracanã, onde está sendo criado o problema dos índios guaranis kaiowas, tem 750 hectares. É pouca terra ou é muita? Que culpa tem os fazendeiros que foram levados para lá e que lá construiram as suas vidas? E se existe alcoolismo, suicídios e violência é porque lá falta o Estado e não porque existem fazendeiros.
Isso quer dizer que o Estado todo deve ser devolvido aos guaranis? Nunca vai acontecer. Não dá para rebobinar a história. Os proprietários que possuem títulos fundiários de boa-fé podem e devem ser indenizados, não só pelas benfeitorias, mas pela "terra nua". Para isso foi criado, neste ano, o Fundo Estadual de Terras Indígenas. Os fazendeiros mais estouvados preferem aferrar-se a intermináveis recursos judiciais, quando não ao emprego de violência.
É outra mentira, outra manipulação. Na edição de ontem, da mesma Folha, a senadora Kátia Abreu, presidende da CNA, vai ao ponto. A FUNAI paga apenas as benfeitorias quando desapropria as terras ditas indígenas. Não paga a terra. É um esbulho, uma expropriação. Por isso, as medidas judiciais. E o jornalista não informa que o governo estadual destinou apenas R$ 500 mil para este fundo, em 2012. E que o governo federal não botou um centavo no mesmo.
Os guaranis têm do seu lado a Constituição, que reconhece os direitos originários dos índios sobre as terras que tradicionalmente ocupam (mas nunca se cumpriu o prazo de cinco anos --vencido há 19-- para a União concluir a demarcação de todas as terras indígenas do Brasil).
Não tem este direito, se as condicionantes do julgamento da Raposa Serra do Sol forem referendadas para todas as demarcalções, pelo STF. Isto está sendo questionado em uma ADIN. Portanto, ninguém tem direito, isto está sendo julgado neste momento. Mas as ONGS que manipulam os indigenas - e até mesmo o editorialista de um dos maiores jornais do país - não podem esperar.
O barulho em torno do despejo dos 170 guaranis confinados em um hectare (0,01 km²) da fazenda Cambará, em Iguatemi (MS), decorre de o Estado brasileiro enfim ter começado a se mexer na região em litígio.
Outra mentira. A terra que pertence a estes indígenas fica do outro lado do rio. A terra de 1 hectare é uma invasão de terra privada, que está sob julgamento. É ume tentativa de "peitar" a Justiça, criando mártires e demonizando os agricultores que estão ali cobertos por títulos legais de propriedade.
Um acordo firmado em 2007 entre Ministério Público Federal e Funai determina que se faça a demarcação de 30 territórios tradicionais, emperrada pelas ações na Justiça. As áreas já demarcadas somam 1.240 km², segundo o ISA. Menos de 0,4% do Estado de Mato Grosso do Sul.
É outra mentira, outra manipulação. Se forem mantidas as mesmas médias de terras indígenas, as desapropriações podem chegar a quase 100 vezes esta área. Como dizem os proprietários, se a FUNAI desapropriar e pagar pela terra e pelas benfeitorias, é da lei. O que não pode é invadir, tomar, expropriar e não pagar. E que fique bem claro: a meta do CIMI e da FUNAI é que 20% do território do país seja transformado em área indígena. O que é injusto e inaceitável.
28 comentários
o homem branco da cidade vive em aptos de 60m2...
Replyai vem os índios, que dispõem territórios maiores do que muitos países, querendo mais terra para (pausa para risos) plantar...
sei, plantar...
"Poucos sabem, porém, que 98,5% dessas áreas ficam na longínqua e pouco valorizada Amazônia."
Replyah, e ainda tem que demarcar reservas em áreas "valorizadas"...
Bem vindo aos comentários,com sinceridade queria outro assunto porque o PT está tão quieto.Vem bomba por aí.
Reply"Não dá para rebobinar a história."
Replyque pena...
se fosse possível seria bom rebobinar a historia do sobrenome Leite e lembrar a esse individuo que ele também não eh nativo dessepaiz e deveria, pelo seu texto, cair fora de onde mora e decretar sua casa propriedade dos índios...
ou ele acha que as cidades ja nasceram com o Brasil?
que o chão que ele pisa nunca foi pisado por indios?
Coroné, o Anônimo das 15.20, lava nossa alma com sua resposta ao esperto desse jornaleco petralha,ele que entregue seu belo Apê, aos bugres ou venda e compre uns 50 alqueires e doe para os indios , que com certeza da para pagar 50.000,00 mil por alqueire o valor do apartamento,que vale uns dois paus e meio ,isso vale,e que venda seu carrão tambem, grande abraço.
ReplyCoroné, o Anônimo das 15.20, lava nossa alma com sua resposta ao esperto desse jornaleco petralha,ele que entregue seu belo Apê, aos bugres ou venda e compre uns 50 alqueires e doe para os indios , que com certeza da para pagar 50.000,00 mil por alqueire o valor do apartamento,que vale uns dois paus e meio ,isso vale,e que venda seu carrão tambem, grande abraço.
ReplyCoronel,
Replyacredito que na sua resposta ao "jornalista" também existe uma inverdade. Ele não é desinformado, ele é informado até demais. O editorial foi feito com a intenção de enganar, de apoio as ongs fraudulentas que vivem as nossas custas, inclusive do agronegócio que eles tanto combatem.
Avisa para a petralhada,que mente para o povo bobo, que o Brasil é uma ilha de prosperidade, que os países mais ricos do mundo são:
ReplyEm seguida, os 10 países mais ricos do mundo, de acordo com a análise do Instituto Legatum:
10. Irlanda
9. Suíça
8. Holanda
7. Finlândia
6. Canadá
5. NZ
4. Austrália
3. Suécia
2. Dinamarca
1. Noruega
Índio não produz nada. nao precisam de area grande. alias indio agora tem cota em universidade, entao porque area de reserva indígena? Para que? Se tem a reserva não deveriam ter cota em Universidades.
ReplyÉ bom dar uma lida
ReplyNotícia sobre a cura de Lula é mais um embuste jornalístico endossado pela imprensa amestrada
ucho.info
É bom que a sociologia considere nossa miscigenação máxima como nenhuma outra nação. Numa nação de mamelucos e cafuzos não é possível política racial compensatória como efetivamos, sem prejuízo de dezenas de milhões de descendentes de índios. Minha avó era uma indiazinha baixinha, "tirada a laço". Por essa descendência eu não teria moralmente direitos em reservas indígenas no Ceará? No nordeste 70% da população tem indeléveis traços da nossa raça amarela; se todo mundo empinar a carroça e entrar no STF solicitando compensações, o território todinho vai ficar sob o domínio da Funai; uma beleza!
ReplyAlguem ja viu indio "brigar" por terra na CAATINGA?...no SEMI-ARIDO?
ReplyInteressante... "taba" de indio SAFADO sempre fica em cima de reservas estrategicas, de terras raras ou de metais preciosos...
Esses sem vergonhas (que so se fantasiam de indio quando chega a televisao) querem hospital particular, remedio de graca, medico de graca, para continuarem a passar o dia sem fazer absolutamente NADA!!!
Passei cinco anos na Amazonia vendo esses safados se organizarem sempre orientados pelas "pastorais" de padres ou missionarios estrangeiros e ONGs soltando o dinheiro para o patrocinio de pesquisas minerais nas "terras dos indios"...
Pura sem vergonhice ...
Mentiras prosperam na Terra de Santa Cruz com uma facilidade incrível. Algumas tem nome declarado, se agrupam em partido político, tomam o poder à custa da ignorância de um povo, e do adesismo vendido de tantos, e se mantem a mentir, a mentir, e a mentir, até que a verdade desapareça, na selva, de preferência.
ReplyÍndio qué apito; Demarquem suas terras, porem nada de subvenção, bolsa 51, bolsa isso, bolsa aquilo, contato somente quando precisarem de intervenção médica o reto que vivam sua vida de índio, assim todo dia será dia de índio? ... Deixa estar.
ReplyCoronel,
ReplyEsta folha é um lixo a serviço da esquerdalha. Não sei como que alguém sério ainda lê aquela porcaria.
Cel
ReplySolicito que envie este desmentido à Folha para publicação. Se o problema for nome e CPF, cederei o meu.
Não podemos permitir que um jornal de grande circulação publique um editorial de tão baixo nível sem um desmentido.
É isso Coronel! Desmonta o idiota do Marcelo coelho. Jornalista e preguiça hoje, tem o mesmo significado.
ReplySerá que serve Av. Brasil ou talvez o Leblon? Essas sim bem centrais e valorizadas.
ReplyCoronel, os guaranis já TEM UM PAÍS E INDEPENDENTE, o Paraguai, com língua oficial o Guarani e Castelhano, os governantes colocam o guarani como a língua nacional e a população local DISCRIMINA OS MONOGLOTAS em português ou castelhano, preferem o guarani como PRIMEIRA LÍNGUA, é normal e a língua nativa do Paraguai, o imenso PAÍS-RESERVA DOS GUARANIS, o Paraguai exporta mão de obra para o Brasil, muitas vem trabalhar como babás, domésticas em Foz do Iguaçu e as incautas caem nas máfias da prostituição e tráfico de drogas.
ReplyOS ÍNDIOS MATO-GROSSENSES têm o aculturamento branco, NÃO QUEREM FICAR PELADOS NO MATO E PLANTAR AS MANDIOQUINHAS E CAÇAR VIADOS NO MATO, preferem a bolsa-esmola e só dançar para os turistas, têm datas que se reúnem para manter folclore e aprendem sua língua nativa.
Apenas os viciados em crack e pinga são malucos e querem o suicídio.
MUITOS MILHARES DE CIVILIZADOS SUICIDAM E NEM POR ISTO A DILMA DÁ TERRAS NEM BOLSA-ESMOLA.
Quando leio esses absurdos me sinto como se quisessem me matar e me jogar no mar, como se eu, meus pais e meus irmãos não tivessemos nascido neste país, e fossemos alienígenas invasores ao invés de humanos. É aí que concluo que não basta remover a petralhada do poder para interromper esse processo, é preciso colocar no lugar deles alguém mais do que patriota e honesto para segurar a bucha que vem por aí. Tucano não serve para isso.
ReplyO texto da Folha está repleto de erros, mas a contestação só se concentra na questão dos fazendeiros e títulos de terra.
ReplyOs grandes prejudicados pelas limpezas étnicas que seguem às homologações são os pobres, em sua absoluta maioria mestiços. Isto tem sido esquecido.
Os mestiços têm os mesmos direitos originários dos indígenas e descendem dos indígenas originais que foram escravizados.
Sobre a farsa ianomani, vide http://www.midiasemmascara.org/artigos/globalismo/13517-a-farsa-ianomami-e-a-cobica-internacional-sobre-a-amazonia.html
ReplyMas o Brasil vai ficar rico
ReplyVamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão.
http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/que-pais-e-esse.html#ixzz2BLHY5Auc
Você já imaginou ficar sem sua casa, que você COMPROU e mais tarde INVESTIU para ficar confortável e habitável?
ReplyEntão... Fazendeiros, filhos e netos estão nesta situação, estão na perspectiva de ficarem sem NADA devido aos interesses da FUNAI e ONGs...são tão vítimas quanto aos indios.
Onde está nossa Constituição? Nas mãos de quem?
Borjão
Chiii!!
ReplyDaqui um poquim, vai aparecer "quilombos", "cemitérios indigenas" na Paulista, na Savassi, Leblon, Ipanema e quetais... Afinal a mais de 500 anos didonde não tinha índio??.
A tigrada quer osso não, só a picanha!
Fonebone
Prezado coronel
ReplyEsse sujeito deve ser o protótipo do idiota perfeito. Aliás, deve ser um desses esquerdopatas orgânicos, portanto, dentro do contexto atual. O importante é que se manifestem sim, preservando-se o direito de expressão, por mais imbecis que sejam.
Estão sempre inventando inamomamis.
ReplyO e-book "Ianoblefe", de Janer Cristaldo está aí para quem quiser ler.
Manda o General Augusto Heleno Ribeiro dar uma resposta publicamente, até hoje foi o único na qual eu confiei perante os argumentos dados.
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