Em seu quarto dia no Palacio de los López, sede da presidência do Paraguai, o político liberal Federico Franco afirmou nesta terça-feira, 26, que pretende enfrentar o isolamento regional de Assunção "com ações, e não palavras" e disse que teve de assumir a presidência para evitar o risco de uma "guerra civil". A dois dias da reunião do Mercosul na Argentina - da qual o Paraguai foi suspenso -, Franco recebeu em seu gabinete um grupo de jornalistas sul-americanos, incluindo o do Estado. "Mandem a mensagem de que está tudo normal por aqui", insistiu três vezes. Leia trechos da entrevista a seguir.
Estado: Por que o presidente Lugo foi removido num processo tão rápido?
Federico Franco: Foi uma decisão do Congresso, em um julgamento político - e não convencional. Nesse dispositivo, a Câmara dos deputados se converte na entidade acusadora e o Senado, em tribunal. O prazo é estabelecido pelo próprio Congresso, com um regulamento próprio, e eu não formo parte desse poder.
Estado: Mas o sr. considera que Lugo teve um julgamento justo?
Federico Franco: Se não considerasse, eu não estaria aqui. Foi justo? Pedi publicamente que garantissem (a Lugo) o maior tempo e espaço para se defender. Mas os parlamentares decidiram assim para que não fosse derramada mais uma só gota de sangue em nosso país. Uma semana antes (da destituição), havíamos enterrado 17 paraguaios.
Estado: Qual mensagem o sr. envia ao Mercosul, que se reúne esta semana na Argentina?
Federico Franco: O Paraguai foi um país que sempre teve boas relações com os vizinhos. Somos o menor país da região e, além disso, somos mediterrâneos. Precisamos de nossos vizinhos. Meu primeiro desafio é manter calma a casa, equilibrar as coisas. Evidentemente que aqui estamos passando por uma situação sui generis, eu reconheço isso. Mas, por meio dos contatos entre nossas chancelarias, queremos manter boas relações. É essa nossa vocação.
Estado: O Brasil tem um peso especial nesse sentido?
Federico Franco: Com o Brasil, estamos unidos por Itaipu. Grande parte da energia que chega a São Paulo vem de nossa usina binacional. Não há motivo para ter más relações. Acabam de sair (do gabinete) representantes dos brasiguaios, cerca de 450 mil pessoas vivendo aqui. Por unanimidade, vieram dar o apoio ao nosso governo. A Igreja Católica também deu seu apoio de forma contundente, além do Tribunal de Justiça Eleitoral e a Corte Suprema de Justiça. Apenas 1 dos 80 deputados votou a favor do presidente Lugo e 4 dos 45 senadores. Ou seja: não estamos falando de algo que violou o direito e a Constituição. Agora, meu compromisso e minha obrigação são os de manter equilibrado o país.
Estado: Por que o presidente Lugo foi removido num processo tão rápido?
Federico Franco: Foi uma decisão do Congresso, em um julgamento político - e não convencional. Nesse dispositivo, a Câmara dos deputados se converte na entidade acusadora e o Senado, em tribunal. O prazo é estabelecido pelo próprio Congresso, com um regulamento próprio, e eu não formo parte desse poder.
Estado: Mas o sr. considera que Lugo teve um julgamento justo?
Federico Franco: Se não considerasse, eu não estaria aqui. Foi justo? Pedi publicamente que garantissem (a Lugo) o maior tempo e espaço para se defender. Mas os parlamentares decidiram assim para que não fosse derramada mais uma só gota de sangue em nosso país. Uma semana antes (da destituição), havíamos enterrado 17 paraguaios.
Estado: Qual mensagem o sr. envia ao Mercosul, que se reúne esta semana na Argentina?
Federico Franco: O Paraguai foi um país que sempre teve boas relações com os vizinhos. Somos o menor país da região e, além disso, somos mediterrâneos. Precisamos de nossos vizinhos. Meu primeiro desafio é manter calma a casa, equilibrar as coisas. Evidentemente que aqui estamos passando por uma situação sui generis, eu reconheço isso. Mas, por meio dos contatos entre nossas chancelarias, queremos manter boas relações. É essa nossa vocação.
Estado: O Brasil tem um peso especial nesse sentido?
Federico Franco: Com o Brasil, estamos unidos por Itaipu. Grande parte da energia que chega a São Paulo vem de nossa usina binacional. Não há motivo para ter más relações. Acabam de sair (do gabinete) representantes dos brasiguaios, cerca de 450 mil pessoas vivendo aqui. Por unanimidade, vieram dar o apoio ao nosso governo. A Igreja Católica também deu seu apoio de forma contundente, além do Tribunal de Justiça Eleitoral e a Corte Suprema de Justiça. Apenas 1 dos 80 deputados votou a favor do presidente Lugo e 4 dos 45 senadores. Ou seja: não estamos falando de algo que violou o direito e a Constituição. Agora, meu compromisso e minha obrigação são os de manter equilibrado o país.
18 comentários
Só para esclarecer;
ReplyNão existe a menor possibilidade do governo paraguaio usar
Itaipú como moeda de troca, pois o contrato com o PY é no sentido de que TODA A ENERGIA não consumida pelo PY seja vendida ao Brasil.
O Paraguay deveria sangrar durante seis meses, definhando sua economia e instituições como oBrasil no processo do Collor. Antes sangre o Presidente ineficiente a sangrar a Nação. Entre o pais e o Lugo, que seja o Paraguay e todos os paraguaios a terem seus direitos assegurados. Quanto a tríplice aliança obedientes ao Casto e a Chavez, são apenas bobos da corte.
ReplyDepois de ressuscitar a Tríplice Aliança, o que farão os governos que "respeitam a soberania dos outros países?"
ReplyA Presidente do Brasil deveria liderar e não seguir a reboque dos tiranetes sul-americanos, tipo Chávez e Cristina, como já falou o Coturno.
Espero que o pragmatismo que pauta umas poucas decisões de Dilma Roussef se faça presente, para que haja paz no continente e para o bem de brasileiros de cá e de lá da fronteira.
Itaipu também fica no caminho, se é que se deve pensar em todos os acidentes possíveis...
M. Rosa - S.Paulo-SP
Coronel,
ReplySó existe crise política, no Paraguay, dentro da tal UNASUL e da GloboNews!!
JulioK
como bom petralha, Ruindade fez estreia de gala no campo politico eleitoral...
Replyjunto com o 9dedos e Ratito, os três ganharam um multa de 5 mil cada pela pantomima realizada naquele programa...
o dinheiro eh mixaria, mas enfim, em tempos de falta de vergonha na cara eh sempre bom anexar mais uma transgressão as regras eleitorais no currículo para que o eleitor possa, num momento de lampejo, defenestrar essa gente...
essa ida dos dois ao programa do Ratito foi uma das maiores cagadas de regra de todos os tempos...
simplesmente cagaram geral para as leis eleitorais, sem o menor constrangimento, na maior cara-de-pau e pior, a coisa tinha um roteiro a ser seguido...
o crime eleitoral foi premeditado mesmo, já que tudo estava agendado...
eh a cara dessepaiz...
Espero que Madame Satã, tome sua decisão separada do resto dos bolivarianos imbecis.
ReplyBananía é o líder da América Latrina ou será a Argentina?
Pela primeira vez o Brasil tem a chance de mostrar ao mundo que é o maior país e o líder da AL, e na condição de líder tem a obrigação de ser independente e não pau mandado de Chávez e Fidel.
Madame Satã tem nas suas mãos a chance de mostrar o valor da mulher brasileira, chegou a hora do mundo ver se ela é uma verdadeira líder, ser uma Angela Merkel ou um instrumento de Chávez, Fidel, Morales, Correa e Cristina, como foi o velhaco ordinário no caso de Honduras.
Dona Dilma, cuide da sua/nossa casa, não a contratamos para fazer faxina na casa dos outros.
ReplyA casa do vizinho, que o vizinhe cuide.
Ou então, SAIA!
O governo brasileiro, trata de justificar seu silêncio em relação à violação dos direitos humanos na Cuba comunista, alegando o princípio da não-intervenção nos assuntos internos dos Estados, na hora de pressionar o Paraguai parece se esquecer desse mesmo princípio de não-intervenção.
ReplyDessa maneira, em relação ao Paraguai e a Cuba usam-se dois pesos e duas medidas
RESPOSTA DO PARAGUAI A POSIÇÃO (BOLIVARIANA) BRASILEIRA:
ReplyNão compreendemos a posição do Brasil. Ou não queremos compreender, tanto é o bem que lhe queremos. Nos arrasou como sicário da Rainha Vitória e nós lhe perdoamos e juntos construímos o colosso de Itaipu. O tratamos bem e ele defende a continuidade de uma das piores fases de nossa história, em nome do quê? Nega-nos o direito à autodeterminação, mas se esquece do papelão ridículo que fez em defesa de um cretino como Zelaya, um corrupto ligado a grupos somozistas de extermínio e que era tão esquerdista como Stroessner e democrático como Pinochet.
Foi deplorável o papel do chanceler Patriota (que não se perca pelo nome), saracoteando pelas ruas de Assunção em desabalada carreira, indo aos partidos Liberal e Colorado pressionar em favor de um presidente que caia. Adentrando o Parlamento ao lado do chanceler de Hugo Chávez, o Sr. Maduro, para ameaçar em benefício de um presidente que o país rejeitava. Indo ao vice-presidente Federico Franco ameaçar-lhe, com imensa desfaçatez, desconhecendo seu papel constitucional e o fato de que ninguém renunciaria a nada apenas por uma ameaça calhorda da Unasul (que não é nada) e outra ameaça não menos calhorda do Mercosul (que não é nada mais que uma ficção). O Barão do Rio Branco arrancou seus bigodes cofiados no túmulo profanado pelo Itamaraty de hoje. O que quer o governo Dilma? Passar pelo mesmo vexame de Lula na paupérrima Honduras? Se afirmativo, já fica sabendo que passará. Nós temos imensa disposição de continuar uma parceria que se relevou positiva e decente para ambos os países. Mas não temos da austera presidente o mesmo terror-medo-pânico que lhe devotam seus auxiliares e ministros. Cara feia não faz história, apenas corrói biografias. Dilma chamou seu embaixador em Assunção e Cristina fez o mesmo. As radicais matronas só não sabiam que: o embaixador brasileiro é um ausente total, vivendo mais tempo em Pindorama do que por aqui. Recorda o ex-embaixador Orlando Carbonar, que foi pego de surpresa em fevereiro de 1989 pelo movimento que derrubou o general Stroessner. Até meus filhos, crianças na época, sabiam que o golpe se avizinhava e que estouraria a qualquer momento, menos o embaixador brasileiro, que descansa no carnaval de Curitiba, sua cidade natal. Voltou às pressas, num jatinho da FAB, para embarcar Stroessner rumo ao Brasil. E a Argentina… Bem, a Argentina não tem embaixador no Paraguay faz alguns meses… Ocupadíssima, Dona Cristina não nomeou seu substituto. País de necrófilos, chamou um fantasma até a Casa Rosada para consultas.
O Paraguay fez o que tinha que fazer. Seguirá adiante, como seguem adiante as Nações, testadas e curtidas pelas crises que retemperam e reforçam os povos. O religioso que não honrou seus votos de castidade e pobreza e traiu sua igreja, foi por ela rejeitado. O presidente que não honrou nossos votos e nos traiu, foi por nós deposto. Deposto por incapaz, por mentiroso, por ineficiente. Mas, principalmente, por que traiu as esperanças de um país e um povo que precisaram dele e nele confiaram e ele os traiu a todos. E, por isso, Lugo não voltará.
(*) Chiqui Avalos é conhecido escritor e jornalista paraguaio. Combateu a ditadura de Stroessner e apoiou a candidatura de Fernando Lugo. É o editor de “Prensa Confidencial”, influente boletim digital editado no Paraguai.
Os paraguaios são inteligentes mas a escondem dos estrangeiros, quando se vai a Ciudad del este, pede-se uma informação sobre produtos, eles falam entre si em Guarani para enganar os brazucas, (minoria criminosa) e quem é honesto utiliza o portunhol para entender os brasileiros e falar.
ReplyExistem lojas e shoppings centers para produtos genuínos e preço baixo, outros de produtos de segunda linha ou produtos duvidosos e a de produtos falsificados, eles vendem até pacotes simulacro de pacotes de maconha, pode ter um pouquinho de óleo de THC para enganar os cachorros da polícia e enquanto um " sacoleiro KAMIKASE " é preso por tráfico e toda a força policial está em cima dele, outros, os traficantes estão passando até várias toneladas de maconha em vans lotadas de ervas (placa paraguaia), quando o boi de piranha é preso os policiais fazem testes na "droga" e vêem que a "droga" é falsa, apenas plantas comuns semelhantes à erva.
Planta com concentração zero de 9 delta tetraidrocanabinol NÃO É MACONHA e o kamikase é solto pois NÃO É TRAFICANTE, ele pode dizer que fora obrigado a levar tijolos do que ele jurava ser erva para a família não morrer, etc...
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*** Seria como se aqui em SP o PCC mandasse chamar a Polícia para um grande tiroteio em Parelheiros e outro em Osasco simultaneamente e em seguida irem para Itaquera e Guaianazes assaltar bancos pois os bairros ficariam com pouca polícia e a atenção estaria do outro lado da cidade. Isto é guerrilha PCC.
"banho de sangue vai ter depois do jogo de hoje à tarde do timinho com o BOCA da Argentina, en la bombonera el "curingão" terá derrota de 4 a 0.
ReplyQuando chegar em São Paulo, o BOCA vai fazer um gol e nem mesmo um 5 a 1 vai fazer o impossível ( o curintia ganhar a Libertadores ).
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SERÁ COMO ANTIGO MANTRA JUDEU citado de rezas do ano novo judaico que diz: ANO QUE VEM, EM JERUSALÉM.
** Isto durou quase 1900 anos para se realizar ( entre 70 e 1948 ).
Saiu no Estadão que o Chaves estava fomentando um golpe de estado no Paraguai - vale a pena checar esta gravíssima acusação.
ReplyNem precisa perguntar duas vezes, Coronel! É claro que ella quer. Afinal, está no seu DNA de guerrilheira.
ReplyPara Raúl Castro, Dilma deu uma montanha de dólares; para o novo presidente do Paraguai, ela não quer nem dar a mão. Qual a diferença entre eles? Aqui vão duas: um é assassino e ditador; o outro é democrata e não matou ninguém!
ReplyOs paraguaios deram um belo exemplo, o Brasil apoia e da dinheiro público, financia a baderna e nao da valor a quem trabalha. O pt instiga a violencia no campo.
ReplyNem há o que dizer. Se não tem ninguém contra, então tá tudo certo por lá. Para o BR, só é que é soberana? Cada uma!
ReplyNossa chancelaria, diplomacia, ou seja lá que nome tenha, está de greve! Eheheehehehheheh
O que interessa saber é quando teremos o Impeachmilma.
A queda de Lugo mostra claramente que os comunas não apitam no Paraguai!
ReplyA queda de Lugo mostra claramente que os comunas não apitam no Paraguai!
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