A Nariz Gelado, pioneira da blogosfera política, leu o post abaixo, sobre a invasão holandesa no Brasil e resolveu soltar a historiadora que vive dentro da blogueira. O resultado é um artigo simplesmente espetacular, que coloca o ambientalismo europeu representado pelo Greenpeace, pela colonizada Marina Silva e seus deslumbrados seguidores dentro de uma perspectiva histórica. Para mim, foi uma verdadeira aula.
Convido os leitores e comentaristas a lerem o artigo "O Rainbow Warrior e os novos olhos do Império". É só clicar aqui para entender o que são as ONGS e os seus militantes. Boa leitura e bom final de domingo.
12 comentários
Estamos sendo invadidos novamente? Quando deixaremos de ser colônia? Isto é revoltante!
ReplyCoronel, a Nariz Gelado não devia parar o blog dela. Era um dos melhores. Muito bom o post!
Replymuito bom
ReplyQuer saber por que a mídia e as ONG’s tanto querem te fazer economizar água, luz, parar de fumar, parar de comer carne vermelha, guardar sementes e cascas, selecionar o lixo, abandonar a sua arma e deixar o carro em casa?
ReplyÉ simples. Esta é a agenda que visa preparar o cidadão para a sociedade socialista que virá! E por quê afirmo isto? Porque, em uma sociedade socialista, se há dez cabeças e nove chapéus, a opção do estado é a mais óbvia: cortar uma cabeça!
Traduzindo: eles estão te preparando para ser um sujeito cujas demandas não sejam estipuladas por ti próprio, mas pelo estado. Fazem isto porque são conscientes da incorrigível incompetência estatal em fornecer bens e serviços, mesmo que seja em regime de monopólio. Em forma de piada, o estado é como um sujeito que, correndo sozinho, chega sempre em segundo lugar!
"O que o Rainbow Warrior e o Greenpace nos dizem, tal qual nos diziam os relatos científicos de outrora, é que somos incapazes de cuidar dos nossos próprios recursos. Mensagem, aliás, replicada por todas as organizações internacionais que querem interferir sobre o modo como desmatamos, plantamos ou usamos nossos recursos hídricos."
ReplyMuito bom o artigo da NG. Contudo, fica uma pergunta. O que interessa ao Greenpeace e outros se somos ou não capazes de cuidar dos nossos recursos??? Ou se desmatamos, plantamos ou como os utilizamos??? Se eles são nossos o problema também é nosso. Por acaso o Brasil foi meter o bedelho na soberania deles e ditar ordens? A Holanda já desmatou tudo que podia e praticamente quase não tem mata nativa, enquanto nós preservamos mais de 60% da nossa.
Esta turma precisa levar um pé no traseiro, assim como D. Marina Silva!
Chris/SP
Con permiso
ReplyA Embrapa perdeu o bonde
CELSO MING - O Estado de S.Paulo/
01 de Abril, 2012
"Há cinco anos, sementes com tecnologia da Embrapa respondiam por 50% da produção de soja do Brasil; hoje, não passam de 10% ...
"Durante bom tempo, contaminada por preconceitos ideológicos, a administração da Embrapa se recusou a avançar no desenvolvimento de técnicas de modificação genética.
(...)"
Superávit primário bate record em fevereiro.
ReplyO governo está corneteando que atingiu esse valor em função da contenção de gastos.
Bem, se fizerem um pouco mais de contenção o Brasil para, pois já deve estar a uns 10 kmh ou menos.
Caro Coronel:
ReplyA NG está de parabéns pela abordagem histórica realizada. Humildemente faço reparos quanto aos detalhes biológicos do assunto. O Linnaeus citado, simplesmente na décima edição de seu livro Systema Naturae de 1758 praticamente consagrou a classificação zoológica dos seres vivos ( não somente PLANTAS!) que atualmente admitimos que conhecemos: isso não é pouca coisa!!! (feito sublime para a taxonomia biológica da ciência como a conhecemos hoje, independentemente do trabalho desabonador de estagiotários mercenários que já existiam naquela época de expansão européia em busca de riquezas nos novos continentes...)
Se me perguntarem: que catzo vc tem a ver com isso?
Aparentemente nada, além de:
Ser um curioso atodidata em biologia;
Ter aprendido muito com um pai engenheiro agrônomo que foi primeiro trabalhador da roça e estudante de colégio agrícola, antes de coroar a carreira acadêmica como professor titular de Zoologia em uma universidade estudual de SP;
Ter uma cópia autenticada de Systema Naturae, décima edição, de 1758, de Linnaeus, database sistematizadora da classificação zoológica para estudos biológicos em geral, entre outros livros interessantes, na biblioteca familiar;
Achar que a ciência autêntica mais acerta do que erra, e que, quando erra, estava tentando acertar...:
Achar que PETRALHAS e ciênciaS, moral, ética, bons costumes, decência etcetera SIMPLESMENTE não combinam...
Maravilha das maravilhas! Vejam esta aí, da Coluna de hoje da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo: "O filme sobre a vida da ex-ministra Marina Silva está num impasse. Dos R$ 9 milhões autorizados a captar via Lei do Audiovisual, a DNA Filmes, co-produtora do longa, não conseguiu nada. 'A gente prospectou em mais de 2.000 empresas e pessoas físicas. Nem os que apoiaram a Marina na campanha presidencial quiseram. Joguei a toalha', diz Jorge Muzy, presidente da DNA." Hehehe, empresários coerentes com a inteligência e a civilização não querem nem saber de investir na puxação de saco da ongolóide Cereal Killer da agropecuária brasileira. Na sequência, a jornalista da Folha informa ainda que nem o ex-candidato a vice-presidente da Cereal Killer, Guilherme Leal, dono da Natura, quis saber de embarcar na ajuda à hagiologia da comunista acreana que trocou o vermelho pelo verde. Todo mundo sabe que se o filme de louvação do próprio Çinhor Çorrateiro da Caatinga foi um desastre, fica então muito evicenciado que o povo brasileiro, ao menos aqueles com oportunidade e capacidade para frequentar salas de projeção, não querem ver a diaba da floresta nem tingida de clorofila...
ReplyPorta Torta
ReplyQual é o "reparo" a ser feito?
A Nariz não disse que Linnaeus classificou somente as plantas.
O que ela disse, acertadamente, é que a primeira edição do Systema Naturae, em 1735, foi o pontapé inicial para todo um movimento de classificação científica. E foi.
Artigo maravilhoso o da sua Nariz Gelado, Coronel.
Vou lá deixar um abraço a ela.
Simplesmante a verdade. Perfeito!
ReplyValeu Nariz Gelado!
Caro Anônimo das 08:56 h:
ReplyObrigado por ter feito o comentário.
Não pretendia ter sido deselegante e o fui. Porisso, peço desculpas a prezada NG. Talvez tenha sido preciosista demais e me passei por arrogante, coisa que não o sou. Repito, o texto é historicamente formidável e apenas quis contribuir com uma maior precisão nas informações biológicas. Como todos os bons comentaristas que frequentam o Coturno, eu, você e a NG não somos petralhas e portanto podemos estar sujeitos a críticas, não é mesmo?
Revendo o texto, de fato, ela cita:
"Para Pratt, dois acontecimentos, ambos ocorridos em 1735, exerceram especial influência nesta ruptura cultural: a expedição La Condamine - primeira expedição científica à América hispânica, que pretendia definir o formato da Terra - e a publicação de O Sistema da Natureza, do naturalista Carl Linné.
Embora tenha fracassado em seu objetivo principal – seus integrantes permaneceram perdidos ao longo de uma década na selva americana - La Condamine resultou em uma série de relatos que popularizaram um novo personagem no cenário da colonização europeia: o cientista. Já a Linné, cujo sistema permitiu classificar todas as "plantas" existentes no planeta, coube o papel de transformar as zonas coloniais em espaços de trabalho científico."
Se eu tomei ao pé da letra, peço desculpas. Fica claro que a NG quis mostrar que essa primeira edição de 1735 de Systema, que continha apenas 10 páginas escritas, citando apenas plantas ou não (Linnaeus era inicialmente botânico) se tornaria um marco nas ciências biológicas pelo trabalho de toda uma vida visando a classificação da Natureza em 3 reinos. A última edição da obra contava com mais de 3000 páginas, e a décima edição a que me referi, de 1758, tornou-se a edição de referência para a biologia lançando a classificação binominal.
Espero ter esclarecido o ponto onde apontei não um erro, mas uma crítica textual, como disse. Reafirmo que o texto da NG é históricamente formidável e gostaria que "meu reparo", apenas minúcias taxonômicas de "autodidata" (havia escrito errado no comentário original...) nem tivesse existido, mas eu o fiz, está feito, só posso ser "autocrítico" também e me resignar e aceitar as críticas de quem porventura discordou.
Atenciosamente,
Porta Torta
PS: o triste desse asssunto é saber que pouquíssimos estudantes do ensino fundamental e médio se interessariam pelo tema, e a imensaria maioria nem saberia quem foi Linnaeus, só lembrariam do personagem do Marco Nannini na Grande Família...