Publicada abaixo, esta matéria da Folha é um amontoado de suposições. Mas pelo menos corrige uma inverdade alimentada pelo seu fraco colunismo politico: a de que o PSD seria um partido meramente adesista. A Folha de São Paulo tentou fazer um levantamento que comprovasse o tal "viés pró-Dilma" e não apareceu nenhum estado do Brasil onde o novo PSD esteja aliado ao PT, como é o caso de Minas Gerais, onde Aécio Neves, do PSDB,se aliou ao PT para eleger o prefeito de Belo Horizonte, do PSB. Resta lembrar que o PSD nasce sem tempo de TV, o que faz dele um dependente de alianças. Está mais do que clara a estratégia do novo partido, a de compor com outros partidos e ter nomes com densidade eleitoral. Se fosse diferente, morreria antes de ter nascido.
Definido pelo prefeito Gilberto Kassab como "nem de direita nem de esquerda nem de centro", o PSD (Partido Social Democrático) nasce com claro viés pró-governo. Das 23 unidades da federação onde está formado, em 12 o comando é de aliados da presidente Dilma Rousseff. No mapa do DNA do novo partido, a Folha considerou "oposicionistas" as seções capitaneadas por notórios críticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. São seis: São Paulo (Kassab e o vice-governador Guilherme Afif Domingos), Rio de Janeiro (Indio da Costa, ex-vice de José Serra), Santa Catarina (o governador Raimundo Colombo), Paraná (o ruralista Eduardo Sciarra), Tocantins (a senadora Kátia Abreu, presidente da CNA) e Goiás (Vilmar Rocha, secretário de Marconi Perillo).
Mesmo nessas seções, os caciques preferem o rótulo de "independentes". "Eu sou identificado com a oposição, porque fui candidato a vice do Serra. Mas tudo o que eu defendi a Dilma está fazendo: privatização de aeroportos, defesa dos direitos humanos", diz Indio da Costa. Ele segue: "O PSD é uma criança que ainda está na barriga da mãe. Não seremos do contra, como muita gente na oposição. O que for a favor do Brasil, apoiaremos." Há cinco Estados considerados "neutros", seja porque o comando está com não políticos -como em Minas, onde será presidido por um empresário-, seja porque ainda não está claro como os caciques vão se comportar.
Há quatro unidades, entre elas o DF, onde o PSD ainda não tomou corpo. Quando se analisa a bancada na Câmara -de 42 deputados, pela lista mais atualizada-, a orientação pró-Dilma é mais clara. Mesmo os dissidentes de partidos como DEM e PSDB aportam na sigla idealizada por Kassab com a disposição de votar a favor do governo. Na Bahia, por exemplo, os seis deputados que aderiram devem seguir a orientação do vice-governador Otto Alencar, ex-PP e aliado do governador Jaques Wagner. O rol de neogovernistas inclui até um sobrinho de Antonio Carlos Magalhães, Paulo Magalhães. O PT baiano sempre se opôs ao carlismo. Na Paraíba, o líder do PSD será o vice-governador Rômulo Gouveia, que deixou o PSDB para ficar ao lado do governador Ricardo Coutinho (PSB) e de Dilma.
Em Mato Grosso, o vice-governador Chico Daltro, ex-PP, comandará uma das maiores bancadas: um senador de saída do DEM e três federais, todos dispostos a rezar pela cartilha dilmista. Para Kassab, a diversidade ideológica é natural nessa fase inicial do partido, cuja composição é heterogênea. "O ano de afirmação do PSD, de sua consolidação, será 2018, quando já teremos passado por duas eleições e será possível fechar uma posição única", diz o prefeito. Para 2012 e 2014 vai vigorar a política de alianças, já que o partido não terá tempo de TV nem fundo partidário. A ordem na sucessão presidencial é clonar o PMDB: liberar as seções estaduais para apoiar a reeleição de Dilma ou o candidato do PSDB, sem fechar questão.
5 comentários
No Brasil, mais precisamente no governo do PT, não existe partido aliado.
ReplyExistem sim os partidos da verba, cujos componentes seguem o dinheiro público e respeitam quem assina o cheque. Se fosse na época de Cristo, se aliariam à Judas pelas trinta moedas, à Pilatos no julgamento e a Cristo depois da ressurreição, mais ainda na hora de passar a sacolinha.
Lamentavelmente o PT aumentou em muito a máquina e os gastos públicos, conseguindo desta forma abraçar a maioria dos partidos adesistas.
Sobrou uma oposição minguada, que tem os méritos de ser oposição à isto tudo, mas é uma oposição que talvez se desse melhor na Suiça, não aqui na Banânia, onde a mentira não é mentira e o crime não é crime.
Desnecessário dizer que, quando o navio começar a afundar pelo excesso de peso, os ratos adesistas ajudarão a afunda-lo, como sempre foi no Brasil.
Cel
ReplyO problema é que a mídia comprada, chapa branca, não esta entendendo o que será o PSD.
Isto é uma indicação que os PeTralhas estão perdidos!
DA-LHE PSD. Comece botando pra fud...
Átila
falei, eh o método petralha que abarrota as redacoes dos jornais...
Replymartelar todo santo dia a mesma mentira ate que ela cole...
Kassab tem que vir a publico desmentir novamente...
Essa palavrinha "viés" está há algum tempo na moda, nos meios acadêmicos e
Replyintelectuais.
Se especulam tanto sobre o tema é porque não têm assunto, ou porque tão com medão do PSD.
O nome correto deste veículo (e de outros sem comando) deveria ser wiki-folha. É uma anarquia onde os "voluntários" escrevem qualquer coisa. O antagonismo é inevitável nestes veículos sem cabeça.
Reply