A quadrilha não vai investigar nada.

O sigilo fiscal de Eduardo Jorge, vice-presidente do PSDB, foi violado "5 ou 6 vezes", informou o secretário-geral da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, que se fosse um homem de bem teria pedido demissão do cargo. Ou teria sido demitido pelo presidente da República, se ele também fosse um homem de bem. Quando a máfia que existe dentro do governo petista age para proteger os seus, ela o faz aberta e escandalosamente. O que ocorreu ontem no Congresso é uma bofetada na Justiça: o interrogado sabe quem são os criminosos e se nega publicamente a indentificá-los. Eles são assim. Quando os crimes que cometem às pencas são descobertos, valem-se de todos os artifícios legais para postergar as investigações. Dilma Rousseff(PT), a candidata, é o maior exemplo:  mandou demitir Lina Vieira, a antecessora de Cartaxo, porque ela se negou a abafar uma investigação contra um membro da Famiglia Sarney que, agora já está provado, possui no mínimo U$ 13 milhões depositados ilegalmente no exterior. Fitas de vídeo foram apagadas. Agendas foram mudadas na calada da noite. O fato é que os culpados, que internamente já são conhecidos, somente serão investigados depois das eleições, para não causar danos à candidata do governo, pois, não esqueçamos, ela seria a maior beneficiada. Houve uma sucessão de crimes: o PT mandou fazer um Dossiê contra Serra, a equipe de inteligência da campanha dilmista fez o planejamento,  que incluía, no pacote, quebrar o sigilo fiscal dos adversários, até encontrar alguma coisa que pudesse configurar um crime. Os funcionários que acessaram os dados, com toda a certeza, só cumpriram ordens e, no final, serão usados como testas-de-ferro para pagar o pato. Foi assim no Dossiê que Dilma mandou fazer contra FHC e Dona Ruth Cardoso. Já a Polícia Federal, esta é uma piada vestida com coletes pretos.  Até hoje não descobriu de onde veio o dinheiro do Dossiê dos Aloprados, montado contra Serra em 2006. A quadrilha é poderosa.