Complementando o post de ontem à noite, os grande institutos - tipo Datafolha, Sensus e Vox Populi da Colômbia- davam a eleição por empatada, ali na casa dos 35% a 35%. Aliás, por lá atuam institutos internacionais mais conceituados do que os brasileiros, como Gallup e Ipsos. O placar das urnas, no entanto, foi 21% para Mockus a 46% para Santos. Um erro brutal, inexplicável, que desmonta completamente as metodologias e as formas de fazer pesquisa eleitoral naquele país. Estaria acontecendo a mesma coisa no Brasil, onde os institutos de pesquisa buscaram desesperadamente um empate entre os dois candidatos para, depois do mesmo ocorrer, saírem do campo, recolhendo-se como se tivessem cumprido a sua missão? Não seria natural que houvesse, em quadro de empate, pesquisas semanais para apurar qualquer movimento para um ou outro lado? A verdade é que as pesquisas no Brasil vem caminhando para repetir a Colômbia, com números regionais absurdos que se acomodam na grande soma nacional, onde a margem de erro dá conta de fazer com que uma diferença de 6% para um lado ou outro, que representam 6 milhões de votos, possa mostrar um empate técnico. Diga-se em favor das empresas de pesquisa da Colômbia que, nos últimos sete dias, elas foram proibidas de realizarem pesquisas. Justamente no período do maior número de debates. No entanto, os Coimbras de lá continuaram escrevendo colunas e dando opiniões na mídia, sustentando o empate técnico. A mídia internacional não levantou este aspecto forçando, até o último instante, o quadro de igualdade. Aliás, por aqui, está pior, pois os Coimbras já dão as eleições por vencidas pela candidata do oficialismo petista, até em primeiro turno! A verdade é que a Colômbia, tão parecida com o Brasil, acendeu uma luz amarela para os políticos e imprensa no Brasil. Não dá para conferir tanto prestígio às pesquisas eleitorais. Lá, ao que parece, os debates na TV, realizados em número de três na última semana, arrasaram com a candidatura da esquerda. A ver no Brasil.
Pesquisas, as grandes derrotadas na eleição colombiana. E no Brasil?
segunda-feira, 31 de maio de 2010 às 08:20:00
11 comentários
E sobre a popularidade do Coroner Lua da Sirva, o bolivariano, digo, cubano? Já reparou que ele faz uma benesses para seu eleitorado cativo e, em seguida, esses "institutos" saem com divulgação de pesquisas que lhe alçam ainda mais. Aquele, por sua vez, aproveita a situação para cometer alguns crimes mais contra a nossa Constituição.
ReplyNa Folha de São Paulo estão dando a entender que a eleição foi fraudulenta, mesmo não existindo indícios de fraude. Por outro lado eles nada escreveram sobre o fiasco dos institutos de pesquisa. O Josias de Souza censurou o meu comentário. Eu nem ao menos citei o Datafolha. Mas só de lembrar os institutos de pesquisa brasileiros...
ReplyConfio que o Serra vencerá a eleição. Não acredito em pesquisas. Acho que temem demais o Lula. O mito é um falso mito. A aprovação que ele tem é muito mais pela conjuntura econômica do que o tal de "carisma" que a rataiada teima em alardear. Espero que a campanha do Serra mostre o apoio do Chaves a mentirosa. E que a Colômbia mostre o caminho. Brasil de um turno, Brasil de unidade, honestidade e trabalho.
ReplyQue no Brasil se repita o que ocorreu na Colômbia, desmascarando os institutos de pesquisas tupiniquins.
ReplyComo eu gostaria que o Serra vencesse ainda no primeiro turno! Isso seria a desmoralização completa do petismo e de seu líder maior.
Desculpe, Coronel, mas discordo frontalmente de sua conclusão. Os institutos de pesquisa foram os grandes vitoriosos da eleição colombiana. Se não fosse pela manipulação das pesquisas, não haveria segundo turno, o Ministro Juan Santos seria já hoje o novo presidente.
ReplyAh os institutos de pesquisas!!! Coitados,ou melhor, sortudos de terem no Brasil "aloprados" q os pagam a peso de "ouro"! A fortíssima propaganda deste desgoverno corruPTo poderá levar uma lavada "istórica".Empate tecnico só com urnas telepáticas!fonseca.
ReplyRelembrando mais uma vez o que ocorreu no Brasil em 1992 no plebiscito do parlamentarismo.
ReplySem controle, praticamente toda mídia fazia campanha antecipada para o parlamentarismo já em 1991. A uns 3 ou 4 meses da eleição, a vantagem para o parlamentarismo era tão grande, segundo as pesquisas, que no Congresso Nacional um grupo teria chegado a definir um gabinete de transição tendo como primeiro-ministro Pedro Simon.
Finalmente, começou a campanha na TV. O pequeno tempo que a frente presidencialista dispunha, foi o suficiente para, a um mês da votação, virar a mesa e inverter o resultado.
Mas a dúvida persiste, até onde realmente as pesquisas refletem a opinião do eleitor ou as preferências de que a faz ou encomenda?
Ficando restrito à campanha, o argumento da frente presidencialista era arrasador, a mudança do regime de governo seria um artifício para derrubar a eleição direta para presidente.
No plebiscito recente do desarmamento, o argumento do direito à autodefesa não podia ser contestado pelos desamamentistas.
Nesta eleição, precisamos procurar argumentos difícies de constestar, que alcancem a maioria do eleitorado.
CORONEL
ReplyJá afirmei aqui em seu espaço que as pesquisas são nosso maior câncer, porque elas emprestam um verniz de verdade matemática a uma idéia plantada por um bando de vigaristas. Esta suposta "verdade" paralisa pessoas de bem, engessa a verdadeira política e cria um inimigo que não tem o tamanho que afirmam que ele tem. O Saddam Husseim de Garanhuns é um bravateiro. Surfa numa popularidade comprada a peso de ouro, amordaçando a mídia com seus telefonemas sorrateiros e suas ameaças de acabar com os patrocínios do maior anunciante deste país. É uma farsa. Não governa. Não administra. Usa seu tempo integral pra construir sua imagem de Padim Ciço dos banguelas. Não sabe de onde vem o dinheiro que paga suas cuecas sujas e pouco está interessado em saber. Não joga o jogo da democracia. Pesquisas não vão ludibriar o eleitorado; pelo contrário. Elas servirão de combustível contra este senso de injustiça e de enganação que paira sobre nossas cabeças. Elas servirão para abrir nossos olhos contra esse bando que quer continuar a meter a mão em nossos bolsos. Simples assim.
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ReplyO grande problema, é que com urnas passíveis de fraudes, como estas eletrônicas, podemos nunca saber ao certo qual o resultado verdadeiro de uma eleição...
Por isso o cachaceiro canabrava do Mr.51 alardeia com tanta convicção que esta eleição será a mais fácil de todos os tempos...
Petralhíssimo...
AP
NO BRASIL CERTAMENTE SE REPETIRÁ O OCORRIDO COM NOSSOS VIZINHOS, AFINAL SOMOS TÃO AMÉRICA LATINA QUANTO ELES, E POBRES TB. PORTANTO SERRA PODE PREPARAR O TERNO QUE JÁ ESTÁ ELEITO !
ReplyE essa mídia chapa branca ainda tem o descaramento de dizer que ele (Santos) subiu na última semana, quando já era proibido divulgar pesquisas eleitorais. A tática é essa, pra ver se cola.
ReplyESSA GENTE NÃO NEM NEM UMA MOLÉCULA DE VERGONHA NA CARA.