Do articulista Marcio Aith, na Folha de São Paulo, mostrando que o governo não fez a sua parte para o desenvolvimento dos últimos anos:
Dois países devolveram recentemente navios com açúcar importado do Brasil. Motivo: não era açúcar, mas areia. Uma quadrilha que agia nos portos nacionais fazia a troca do produto in natura antes do embarque, numa fraude de curiosa complexidade que, ao que tudo indica, funcionou por anos e lesou exportadores e importadores.Investigado com discrição pelas autoridades, o crime eleva ao patamar do absurdo o caos logístico e a falência da infraestrutura brasileiros. Ele se soma à burocracia, à corrupção, à carga tributária, às estradas esburacadas e ao funil portuário na lista de obstáculos enfrentados pelo produtores nacionais.Entre 2002 e 2009, o valor das vendas externas brasileiras aumentou de R$ 60 bilhões para R$ 152 bilhões. No mesmo período, a malha ferroviária brasileira manteve-se nos mesmos 30 mil quilômetros, o percentual de rodovias pavimentadas ficou em pouco mais de 10% e os custos de logística subiram.Perdíamos, e continuamos perdendo, em quase todos os quesitos de eficiência logística para Índia, China, Rússia, Argentina e África do Sul, entre outros tantos.Diante disso, questiona-se se os tais PACs, os dois programas de obras da ministra Dilma Rousseff, estão funcionando. Estão, mas não no que interessa ao país. Sua eficácia parece mais cênica. Ainda que não nos convençam, o barulho que se faz em torno deles, a artificialidade das apresentações oficiais e o ar concretado da ministra ao pronunciar "obras estruturantes" embaralham a percepção da realidade.Não se fala mais de ferrovias e rodovias em frangalhos, mas de obras a serem criadas no futuro. O esforço nunca feito em infraestrutura deixou de ser passivo eleitoral para transformar-se numa "carteira de projetos para o sucessor". Os problemas reais foram substituídos pelo mundo do powerpoint.No universo de Dilma, cuja candidatura talvez seja a única obra visível dos dois PACs, areia sai pelo preço de açúcar.
Dois países devolveram recentemente navios com açúcar importado do Brasil. Motivo: não era açúcar, mas areia. Uma quadrilha que agia nos portos nacionais fazia a troca do produto in natura antes do embarque, numa fraude de curiosa complexidade que, ao que tudo indica, funcionou por anos e lesou exportadores e importadores.Investigado com discrição pelas autoridades, o crime eleva ao patamar do absurdo o caos logístico e a falência da infraestrutura brasileiros. Ele se soma à burocracia, à corrupção, à carga tributária, às estradas esburacadas e ao funil portuário na lista de obstáculos enfrentados pelo produtores nacionais.Entre 2002 e 2009, o valor das vendas externas brasileiras aumentou de R$ 60 bilhões para R$ 152 bilhões. No mesmo período, a malha ferroviária brasileira manteve-se nos mesmos 30 mil quilômetros, o percentual de rodovias pavimentadas ficou em pouco mais de 10% e os custos de logística subiram.Perdíamos, e continuamos perdendo, em quase todos os quesitos de eficiência logística para Índia, China, Rússia, Argentina e África do Sul, entre outros tantos.Diante disso, questiona-se se os tais PACs, os dois programas de obras da ministra Dilma Rousseff, estão funcionando. Estão, mas não no que interessa ao país. Sua eficácia parece mais cênica. Ainda que não nos convençam, o barulho que se faz em torno deles, a artificialidade das apresentações oficiais e o ar concretado da ministra ao pronunciar "obras estruturantes" embaralham a percepção da realidade.Não se fala mais de ferrovias e rodovias em frangalhos, mas de obras a serem criadas no futuro. O esforço nunca feito em infraestrutura deixou de ser passivo eleitoral para transformar-se numa "carteira de projetos para o sucessor". Os problemas reais foram substituídos pelo mundo do powerpoint.No universo de Dilma, cuja candidatura talvez seja a única obra visível dos dois PACs, areia sai pelo preço de açúcar.
5 comentários
São sete anos descuidando da qualidade da infra-estrutura do Brasil. Enquanto isso, outros países, Argentina inclusive, jogam poeira nos nossos pára-brisas. A reconstrução da infra-estrutura será a principal tarefa de Serra. A infra-estrutura aos cacos aumenta o Custo Brasil, sabota a competitividade, freia o crescimento econômico e diminui o nível de emprego e a renda. Duplo efeito negativo: (1) não há os postos de trabalho das obras de infra-estrutura; (2) há menos postos de trabalho em função do menor crescimento econômico. Nos quatro primeiros anos, Lula não fez quase nada na infra-estrutura. No quinto, criou o PAC, com objetivo eleitoreiro, que, três anos depois, é o maior fracasso de esforço especial de governo da história do Brasil: apenas 11% de conclusão. E, agora, ameaça-nos com o PAC-2, arremedo de planejamento estratégico de governo: sem objetivos estratégicos definidos; sem concatenação entre atividades e sem análise de viabilidade de projetos. Só há infra-estrutura no Power Point de Dilma.
ReplyAjba.
Isso só pode ser obra do crime organizado. De se lembrar que cada porto e cada aeroporto, cada alfândega, enfim, "pertence" a um determinado grupo político e o loteamento já tem décadas.
ReplyA conferir em que curral acontecem essas cosas. Uma substituição dessa natureza - de acúcar por areia - não é tarefa de "bagrinho".
Menos ainda de bagrinho autônomo ...
Imagine tudo isso acontecendo, nas "barbas" do melhor presidente que esse país já teve!.... segundo eles mesmos,...parece coisa lá da Somália, mas que nada, é aqui mesmo no Brasilzão de mãe-preta e pai-joão!.....
ReplyE o que elles querem mais?
ReplyR: Mais do mesmo
Líderes da base querem legalização dos bingos
http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia.asp?cod_publicacao=32418&cod_canal=21
A esquerda sempre (eu disse sempre) realiza obras no futuro , basta verificar seu passado . Nada fazem no presente.
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