Lula, cadê ocê, eu vim aqui só pá ti vê...

Lula não foi ao lançamento da candidatura de Mercadante, o Irrevogável Aloprado, ao governo de São Paulo, hoje. Era tido como presença certa para turbinar o evento petista no maior estado, berço do partido e terra mais tucana do país. Mais ainda: era o primeiro momento estratégico para aparecer ao lado da sua Dilma. Até agora os petistas estão procurando quais foram as "questões pessoais" que impediram que Lula estivesse presente, segunda carta lida ao "plenário". Teria escorregado na maionese do Ciro e dado com a cara no chão? Estaria cagadowski com este negócio de fazer campanha em final de semana, antes de ter uma posição do TSE sobre o tema? Por fim, teria mandado um recado para a candidata, insatisfeito com o seu pífio desempenho até o presente momento? Todo o evento de hoje foi construído em torno da popularidade de Lula e da sua aprovação, vista como único diferencial que pode levar o PT a uma vitória, tanto no plano estadual quanto nacional. Ao alegar "questões pessoais", Lula coloca em segundo plano as "questões partidárias". Será que rifará Mercadante para tentar contornar o episódio com Ciro dizendo, lá na semana que vem, que o seu candidato ao governo de São Paulo sempre foi o cearense? Afinal de contas, jogar companheiros no abismo é da natureza do Lula. Hoje ele jogou alguém. Só falta saber qual alguém ele jogou.