Para que não desqualifiquem Lúcio Funaro, o doleiro que está fazendo a delação premiada, leiam esta entrevista de Waldemar da Costa Neto então no PL, aquele que, no quarto com Lula e José Alencar, acertou quanto receberia para fazer a campanha. O fato foi confirmado por José Alencar, vice-presidente da República, no Roda Viva, tempos depois. Waldemar conta que Lúcio Funaro foi indicado por Delúbio Soares para fazer um empréstimo. E que, depois, o valor seria pago por Marcos Valério. Lúcio Funaro está no coração do mensalão. Sabe tudo e está contando. Vejam abaixo um trecho da entrevista dada ao Diário, de Mogi, base do deputado. E leiam a íntegra aqui.
Fiquei impressionado com aquilo [a declaração do vice-presidente]. Cheguei no meu advogado com a degravação e ele falou: "Vamos abrir a defesa com isso daí". Isso aí não tem preço para nós. Vou abrir a minha defesa contando o seguinte: "Fiz um acordo com o PT, tá aqui a confirmação do Zé Alencar": o PL era para receber R$ 10 milhões. Então você pega a prestação de contas do Lula: R$ 39 milhões e uns quebrados. Tem lá: R$ 100 mil para o PC do B. Quanto tem para o PL na prestação de contas? Zero. O que eu tive que fazer? O Delúbio [Soares, então tesoureiro do PT] chegou para mim e falou: "Não vou ter condições de te pagar. Pega dinheiro emprestado que eu te pago depois da eleição." Vou pegar de quem? Na Santa Casa de Misericórdia de Mogi? Falei: "Henrique [Borenstein, empresário mogiano do ramo da construção civil], você sabe alguém que possa me emprestar um dinheiro?" Ele me indicou o Lúcio Funaro. Peguei o dinheiro emprestado com o Lúcio. Uma fortuna de juros por mês. Mais tarde, depois de um ano, o Delúbio começou a me pagar o que devia. Noventa por cento do que eu devia era para o Lúcio Funaro e outra parte era de material. O Delúbio me falou: "Vai receber o dinheiro do pessoal da [agência de publicidade] SMP & B, manda alguém lá que o Marcos Valério fez um empréstimo para a gente". E eu falei: "Eles não querem pagar direto o doleiro?" E pagaram direto. A SMP & B deu os cheques dela para pagar o Lúcio Funaro, começou a pagar por mês. Aí explode o mensalão. Nunca houve mesada para deputado. Não vou dar mesada para deputado que está dentro do governo, que tem 10 cargos no governo, que manda no governo. Quando você compra alguém na política é quem está na oposição e não na situação. Aí o mensalão vai lá e pega a Guaranhuns, que era do Funaro, e o Funaro entra na maior fria da vida dele. Porque a empresa dele era de lavagem. Só tinha empresa para movimentar dinheiro que pegava, emprestava, fazia tudo por fora. Eu não sabia disso. O endereço da firma era num terreno baldio. Tenho tudo direito no processo.
Fiquei impressionado com aquilo [a declaração do vice-presidente]. Cheguei no meu advogado com a degravação e ele falou: "Vamos abrir a defesa com isso daí". Isso aí não tem preço para nós. Vou abrir a minha defesa contando o seguinte: "Fiz um acordo com o PT, tá aqui a confirmação do Zé Alencar": o PL era para receber R$ 10 milhões. Então você pega a prestação de contas do Lula: R$ 39 milhões e uns quebrados. Tem lá: R$ 100 mil para o PC do B. Quanto tem para o PL na prestação de contas? Zero. O que eu tive que fazer? O Delúbio [Soares, então tesoureiro do PT] chegou para mim e falou: "Não vou ter condições de te pagar. Pega dinheiro emprestado que eu te pago depois da eleição." Vou pegar de quem? Na Santa Casa de Misericórdia de Mogi? Falei: "Henrique [Borenstein, empresário mogiano do ramo da construção civil], você sabe alguém que possa me emprestar um dinheiro?" Ele me indicou o Lúcio Funaro. Peguei o dinheiro emprestado com o Lúcio. Uma fortuna de juros por mês. Mais tarde, depois de um ano, o Delúbio começou a me pagar o que devia. Noventa por cento do que eu devia era para o Lúcio Funaro e outra parte era de material. O Delúbio me falou: "Vai receber o dinheiro do pessoal da [agência de publicidade] SMP & B, manda alguém lá que o Marcos Valério fez um empréstimo para a gente". E eu falei: "Eles não querem pagar direto o doleiro?" E pagaram direto. A SMP & B deu os cheques dela para pagar o Lúcio Funaro, começou a pagar por mês. Aí explode o mensalão. Nunca houve mesada para deputado. Não vou dar mesada para deputado que está dentro do governo, que tem 10 cargos no governo, que manda no governo. Quando você compra alguém na política é quem está na oposição e não na situação. Aí o mensalão vai lá e pega a Guaranhuns, que era do Funaro, e o Funaro entra na maior fria da vida dele. Porque a empresa dele era de lavagem. Só tinha empresa para movimentar dinheiro que pegava, emprestava, fazia tudo por fora. Eu não sabia disso. O endereço da firma era num terreno baldio. Tenho tudo direito no processo.
1 comentários:
Prezados Senhores.
ReplyEstamos, dentro do quadro republicano, alinhados com Fidel Castro, Chaves e ao Irã.
Pois bem, li o artigo do João Melão, publicado no Estadão de ontem, o qual ratifico em sua inteireza, pelas razões de lígica e o perigo que temos à frente.
Sinceramente, o que fazer?