O novo Delúbio.

O PT vai gastar R$ 6,5 milhões no Congresso Nacional que inicia amanhã, para lançar Dilma Rousseff como pré-candidata à presidência da República. O partido está declarando uma dívida de R$ 36 milhões à Justiça Eleitoral. Desta dívida, R$ 14 milhões referem-se às camisetas compradas em 2002, da Coteminas de José Alencar, o probo vice-presidente, àquela época por R$ 11 milhões. José Alencar, além de probo também é tão bonzinho que, em oito anos, a dívida do PT com a sua empresa aumentou apenas 27%, uma média de 3,4% ao ano. Deve ter sido renegociada em cima de juros norte-americanos, para ser paga em dólar, lá fora, pois isto é apenas 1/4 do que o brasileiro paga por mês no cheque especial. Se o PT fosse uma empresa, já teria perdido o crédito na praça e até quebrado. Financiar R$ 36 milhões de dívidas custaria, no mínimo, uns R$ 10 milhões anuais. No entanto, o partido ainda consegue crédito para gastar R$ 6,5 milhões em um evento de três dias, com passagem e boca livre para milhares de militantes. Para resolver estes "pequenos problemas", o PT está nomeando um novo Delúbio. O seu nome é João Vaccari Neto, presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). A Bancoop é a maior caixa-preta do PT. Fundada por Ricardo Berzoini e mais um grupo de petistas, possui contra si milhares de processos movidos por compradores que se sentiram lesados. Lula, no entanto, que comprou um apartamento da cooperativa foi um dos poucos que não a processou. O presidente da Bancoop é, sem dúvida, o tesoureiro ideal para arrecadar recursos para a campanha presidencial.Para constar, Vaccari também é conselheiro da Itaipu Binacional, com salário de R$ 15 mil mensais, fora os jetons que ultrapassam mais de R$ 3 mil por reunião. O "nosso Delúbio", como dizia Lula, perto do "nosso Vaccari", é um querubim.
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