Abaixo, matéria da Folha de São Paulo que será a grande moldura da campanha eleitoral, quando se tratar de comparar Lula x FHC. Basta rodar o trecho da declaração de Guido Mantega, petista dos quatro costados, Ministro da Fazenda.
O almoço de ontem para discutir o Brasil, evento tradicional nos encontros anuais do Fórum Econômico Mundial, deveria servir para comemorar não apenas o título de "Estadista Global" que o presidente Lula recebera meia hora antes mas também o fato de o país estar na moda. Festejo houve, mas houve também porções de areia jogadas na roda do ufanismo por diferentes expositores. A primeira areia surgiu na pergunta do moderador (Ricardo Hausmann, venezuelano, diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional da Harvard University). Hausmann citou a capa recente da revista "The Economist" (em que o Brasil é retratado como um foguete que decola) e lembrou que o texto diz que um dos grandes méritos de Lula foi o de ter tido um bom antecessor. O ministro Guido Mantega, pouco à vontade no inglês, o único idioma que se fala em Davos, escorregou na provocação e admitiu: "Certamente o Brasil teve um bom presidente antes de Lula, que contribuiu para o sucesso de agora". Mantega contraria o discurso da "herança maldita" que o PT usou ao chegar ao governo e a afirmação do próprio Lula, no discurso de agradecimento do prêmio, segundo a qual "quase todos" os governantes brasileiros governaram apenas para um terço da população. Seguiram-se outros reparos ao panorama geralmente muito otimista que se traça do Brasil, tanto interna como externamente. Mario Blejer, ex-presidente do Banco Central argentino e vice-presidente do Banco Hipotecário, lembrou que o Brasil ficou em 40º lugar entre 57 países no índice de competitividade divulgado pelo próprio fórum tempos atrás. E que a carga fiscal é a mais alta entre os países em desenvolvimento. Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, lembrou pesquisa do Ipea com números muito pobres sobre a educação para concluir: "Não estamos preparados para o futuro". Lamentou também que o país não tenha feito "a lição de casa" em matéria de inovação. A análise mais consistente sobre o contexto do sucesso atual do Brasil veio de um professor de história econômica, John Coatsworth, reitor da Escola de Assuntos Públicos e Internacionais da Universidade Columbia, de Nova York. Coatsworth lembrou que o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo entre 1900 e 1980. Cresceu, na média, 50% mais que os EUA, citou. O professor listou ainda os dois itens que, em sua opinião, são os responsáveis pelo entusiasmo atual com o Brasil: o fim do modelo protecionista e o controle da inflação.
O almoço de ontem para discutir o Brasil, evento tradicional nos encontros anuais do Fórum Econômico Mundial, deveria servir para comemorar não apenas o título de "Estadista Global" que o presidente Lula recebera meia hora antes mas também o fato de o país estar na moda. Festejo houve, mas houve também porções de areia jogadas na roda do ufanismo por diferentes expositores. A primeira areia surgiu na pergunta do moderador (Ricardo Hausmann, venezuelano, diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional da Harvard University). Hausmann citou a capa recente da revista "The Economist" (em que o Brasil é retratado como um foguete que decola) e lembrou que o texto diz que um dos grandes méritos de Lula foi o de ter tido um bom antecessor. O ministro Guido Mantega, pouco à vontade no inglês, o único idioma que se fala em Davos, escorregou na provocação e admitiu: "Certamente o Brasil teve um bom presidente antes de Lula, que contribuiu para o sucesso de agora". Mantega contraria o discurso da "herança maldita" que o PT usou ao chegar ao governo e a afirmação do próprio Lula, no discurso de agradecimento do prêmio, segundo a qual "quase todos" os governantes brasileiros governaram apenas para um terço da população. Seguiram-se outros reparos ao panorama geralmente muito otimista que se traça do Brasil, tanto interna como externamente. Mario Blejer, ex-presidente do Banco Central argentino e vice-presidente do Banco Hipotecário, lembrou que o Brasil ficou em 40º lugar entre 57 países no índice de competitividade divulgado pelo próprio fórum tempos atrás. E que a carga fiscal é a mais alta entre os países em desenvolvimento. Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, lembrou pesquisa do Ipea com números muito pobres sobre a educação para concluir: "Não estamos preparados para o futuro". Lamentou também que o país não tenha feito "a lição de casa" em matéria de inovação. A análise mais consistente sobre o contexto do sucesso atual do Brasil veio de um professor de história econômica, John Coatsworth, reitor da Escola de Assuntos Públicos e Internacionais da Universidade Columbia, de Nova York. Coatsworth lembrou que o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo entre 1900 e 1980. Cresceu, na média, 50% mais que os EUA, citou. O professor listou ainda os dois itens que, em sua opinião, são os responsáveis pelo entusiasmo atual com o Brasil: o fim do modelo protecionista e o controle da inflação.
4 comentários
e dizem que o tal do Lula ainda vai comandar sei la qual cargo de pelego na ONU quando cair fora da mamata presidencial...
Replyvai falar em qual língua, esse desclassificado?
terá um interprete 24 hora por dia?
daqueles que moldam a tradução ao que o chefe quer ouvir e não ao que o interlocutor disse?
Acho que o Lula não vai ocupar nada. Depois que ele passar o mundo o jogará nos esquecimento.
ReplyNa posição que ocuparia bastaria falar "Eu não sabia!" E estaria tudo certo.
Ele poderia ser embaixador em Portugal, pois só fala malemal o português...
ReplyMais um indício da causa do piriPAC.
ReplyA crítica no FSM, de Lula el Bolivariano, aos que estariam presentes em Davos.
"Dá até vontade de ser atendido nefe UPA", foi a senha.