Até certo ponto.

Da Folha:

Comandante da publicidade na vitoriosa campanha presidencial de Barack Obama nos Estados Unidos, o consultor Jason Ralston disse ontem que um líder popular não é capaz de transferir totalmente votos para o candidato que apoia."É sempre preferível ter o apoio de um líder popular a não tê-lo. Mas creio que a popularidade de um líder não é transferível para outro candidato", disse Ralston, definido pelo jornal "The Washington Post" como o "cérebro da publicidade na campanha presidencial de Obama".Ralston foi questionado sobre a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem batendo recordes (67% de ótimo ou bom, segundo a mais recente pesquisa Datafolha, realizada em agosto), e sobre as tentativas do presidente de elevar os índices de intenção de voto da sua candidata na eleição do ano que vem, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.O cenário é bastante diferente do da última eleição presidencial dos Estados Unidos, no ano passado, quando Obama focou sua estratégia no conceito de mudança, centrando fogo em um governo com baixo nível de aprovação, do então presidente George W. Bush. Ralston argumentou com um exemplo hipotético. Disse que, caso a senadora e hoje secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, não disputasse as primárias (processo interno de escolha do candidato) do Partido Democrata e seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, declarasse apoio desde o começo a Obama, isso não teria sido decisivo."Ajudaria, é claro. Mas não sei se nos levaria à vitória. É melhor ter [o apoio], mas não é um elemento decisivo." Ele disse que não faria mais comentários, por não ter muitos detalhes sobre o cenário brasileiro.