Operação Polyana: PF antecipa novas ações secretas.

A Operação Polyana continua a todo o vapor. Depois que a imprensa foi comunicada que seria desencadeada a ação contra os grandes empreiteiros, permitindo que estes, com a sua natural temência à Lei, tivessem tempo de preparar as provas contra si para entregar a Polícia Federal(por isso Operação Polyana e também porque este é o nome da juíza encarregada), a nossa força secreta está tomando novas medidas. Agora avisa advogados e defensores que vai indiciar todo mundo, pois há provas suficientes contra os grandes construtores do Brasil do PAC. Só não sabe, ainda, qual a melhor hora. Não faz mal. Possivelmente será manchete do Estadão antes que isto aconteça. Abaixo a entrevista da Folha com o delegado responsável pela Operação Polyana, César Hübner ( leia Íbner, fazendo biquinho):

FOLHA - A ação será deflagrada?
CÉSAR HÜBNER - Estamos avaliando os prejuízos efetivos. Há, por exemplo, os prejuízos materiais, relacionados a todo aquele trabalho de levantamento dos alvos, que tinha sido feito. Essa seria uma das maiores, senão a maior operação envolvendo investigação de crimes relacionados a licitações públicas. Este trabalho está bem instruído. Já há elementos para indiciar todos os envolvidos. O passo primordial, agora, nós já tomamos, que era instaurar um inquérito para apurar o vazamento das informações.

FOLHA - Que crimes estão comprovados?
HÜBNER - Os previsíveis quando se trata de fraude a licitação.

FOLHA - Corrupção ativa, passiva, quadrilha...
HÜBNER - Com certeza.

FOLHA - O indiciamento normalmente ocorre depois que os investigados foram ouvidos. Já foram?
HÜBNER - Não.

FOLHA - A PF pretende indiciá-los agora, antes do depoimento, no que se chama de indiciamento indireto?
HÜBNER - Vamos avaliar o melhor momento. Existe a possibilidade de contar com eventual colaboração, há também a delação premiada... É como disse: este trabalho, que já vimos desenvolvendo nos dois últimos anos, está bem sólido. Nosso propósito com as buscas, seria, como vocês escreveram, chegar a um complemento, uma cerejinha no bolo.

FOLHA - A PF sabia que a informação havia vazado?
HÜBNER - Ficamos sabendo, quando procurados pela imprensa, que a informação sobre a operação já circulava. Essa investigação transcorre há dois anos. Tomamos todos os cuidados para não haver vazamento. Os trabalhos policiais foram conduzidos fora da sede da PF, por exemplo. No limiar de deflagrar, ocorreu esse vazamento. Não culpamos a imprensa, que está cumprindo o seu trabalho. Mas tem um inquérito instaurado e vamos buscar saber como isso ocorreu.

1 comentários:

Onde há corruptores há, sem dúvida, corruptos também e se é para indiciar todos, que sejam todos mesmo.

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