Rabo preso?

Hoje a Folha de São Paulo faz um editorial levantando o escândalo que é esta nova espécie de "estatização reversa" promovida pelo governo Lula, que injeta dinheiro do BNDES e dos fundos de pensão para ter maioria em conglomerados que, em troca, passam a deter praticamente o monopólio de mercado. É o caso da Sadia(um dos donos foi ministro de Lula), Telemar(investiu milhões na empresa do filho do presidente) e mais recentemente a Braskem(formada durante o governo petista por uma das suas maiores doadoras). Aliás, sobre a Braskem, o blog vem batendo há muito tempo, tendo em vista o quanto é pernicioso a existência de um monopólio em indústrias de primeira geração. O editorial da Folha afirma que "está prestes a surgir mais um gigante industrial patrocinado pelo governo, agora no setor petroquímico. A provável compra da Quattor pela Braskem, mediante o apoio da Petrobras, que detém participações acionárias em ambas as companhias, resultará em monopólio da produção de resinas no mercado doméstico. Não se trata de relâmpago em céu azul. Nos últimos três anos, intensificou-se a formação de conglomerados, na maior parte das vezes por meio de operações que contaram com dinheiro ou aval do governo. Reconfiguram-se, desse modo, as regras do jogo, o poder econômico e o controle do capital em setores como alimentos, siderurgia, logística, energia, finanças e telefonia." A Folha tenta mostrar isenção ao levantar o tema, mas é de um cinismo impressionante ao aceitar, na mesma edição deste domingo, uma coluna do Norberto Odebrechet, justamente o dono da Braskem, intitulada "Empresas globais". Se um jornal é contra determinado tema no seu editorial, que é a opinião do veículo de comunicação, nos parece que deveria estender esta linha às outras seções, sob pena de querer servir deus e o diabo, ao mesmo tempo, navegando ao sabor de conveniências, muitas vezes espúrias. Isto não é mostrar liberdade de opinião, aceitando o contraditório. Se assim fosse, a Folha deveria ter colocado a matéria na sua seção "Debates", onde publica aquele "SIM" e "NÃO". Diz o todo-poderoso dono da Braskem, um dos maiores doadores do PT nas últimas eleições: "Não faz sentido o temor de que empresas de porte mundial se transformem em ameaças à livre concorrência ou em fatores de desequilíbrio do mercado. São inúmeros os exemplos de cooperação entre grandes e pequenas empresas, que sobrevivem e crescem juntas, como elos saudáveis de cadeias produtivas.Somente grandes corporações serão capazes de espalhar pelo mundo o nome do Brasil também como sinônimo de bons produtos e serviços e um país que almeja desempenhar papel relevante no cenário global precisa de empresas campeãs globais." O que o empresário não explica é que a Braskem terá o poder, de agora em diante, de interferir no preço de praticamente todos os produtos que usem resinas, desde o pote de margarina até o painel do automóvel. E que bastará impor tarifas alfandegárias que impeçam o ingresso da concorrência internacional para fazer o que bem entender com o mercado doméstico. Mas não foi só isso que a Folha "ouviu", nesta edição de domingo. Norberto Odebrecht termina o seu artigo com a seguinte frase:"Pensemos sobre isto com nossas mentes abertas." Além de confrontar a opinião de um dos maiores jornais do Brasil, o empresário ainda chama o seu dono, que é quem orienta a linha editorial, de retrógrado. Um dia a Folha dizia que "não tinha o rabo preso com ninguém". Parece que agora tem. E de forma escancarada.

11 comentários

Coronel:

Se você vem batendo a algum tempo nisso, venho batendo na tecla da compra dos helicópteros Super Puma pelo Ministério da Defesa. O contrato para compra dos 50 helicópetros é de R$5 bi,o que deve incluir algum suporte técnico, motores reserva, um simulador, etc e tal. Mas o resumo é o seguinte, na prática cada aeronave vai custar US$53 mi. É o preço que foi pago na compra do Airbus ACJ da Presidência da República. Um Legacy da Embraer custa US$25 mi. Assim, para mim, esses helicópetrso estão caros, muito caros. O que é apenas uma leve suspeita vira uma certeza quando se descobre que Tião Viana (PT-AC) é "Diretor" da Helibras.

Marcos10

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Coronel

Repare, eu vejo esse assunto, da Petrobras e mão só, de outra maneira. Sobre outro prisma.

Veja, a Venezuela, territorialmente è uma porcaria. E, no entanto, como è um pequeno país, chavez fez o mesmo de forma mais direta e sem anestesia. Acabou com a iniciativa provada e to quando eram grandes indústrias, foram liquidadas e nacionalizadas. Como? Com campanhas maldosas conduzidas pela CUT de lá e seus pelegos. Convenceram os trabalhadores que se fossem nacionalizados, teriam mais regalias sociais e aumentos de salários, pois o Estado è um bom patrão. Aceitaram as nacionalizações, e depois entraram em falência, porque chavez não libera US$ para compra de matéria prima importada.

Aqui, o Brazil è uma Nação continental governada por um doente mental analfabeto e corrupto, que coloca os interesses do Foro de São Paulo acima de tudo e de todos. Logo, as nacionalizações têm de ser feitas em moldes diferenciados. È o que está sucedendo!

Segunda coisa.

O panaca o jobim, para além de "comer" 1 bilhão de euros em cada casco de submarino, está colocando os 3 ramos das nossas Forças Armadas, na MERDA. Isso, leiam bem, na MERDA!

E aqui acuso frontal e diretamente os generais e almirante Saito, Peri e o almirante Julio Soares de serem tão traidores como lulla e jobim.

Basta lerem este artigo.

"Jobim vai à guerra

"A o anunciar a nova estrutura das Forças Armadas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, declarou guerra à caserna. Além de subordinar ainda mais os militares ao poder civil, o projeto prevê a redução de postos de comando, transfere o controle sobre as compras de materiais das três Forças e alija os militares de todas as decisões políticas. Se custaram a digerir a criação do próprio Ministério da Defesa há dez anos, os oficiais do Exército, da Aeronáutica e da Marinha agora terão de engolir uma pílula ainda mais amarga. Na opinião de generais ouvidos por ISTOÉ, o abalo maior atingirá o Exército. Um deles, com posto de chefia no comando do Exército, afirma que as mudanças impostas por Jobim serão funestas para os quartéis. “O foco dessa reorganização é a retirada de poder das Forças Armadas. Militar vai virar enfeite”, revolta-se.

Uma das medidas que tiram o sono dos militares é a criação da Secretaria de Compras do Ministério da Defesa, que vai acabar de vez com a independência das três Forças de adquirir seus respectivos materiais. O principal argumento de Jobim é que a unificação permitirá ganho de escala.

Mas, para os generais, cada Força tem suas necessidades específicas. Outro projeto que assusta os quartéis é a fusão dos comandos do Exército com os distritos da Marinha e os comandos da Aeronáutica. A fusão das três Forças em “Estados-Maiores Regionais” é encarada como uma pulverização do poder militar, que terá como resultado a redução de cargos de chefia.

A cúpula teme o aparelhamento das Forças Armadas por civis e sindicalistas, como ocorreu em diversas estatais e autarquias controladas pelo PT e o PMDB. No pacote de medidas que o ministro enviará nas próximas semanas ao Congresso estão o projeto de lei para a transferência da sede da Escola Superior de Guerra do Rio para Brasília e outro para a criação de cargos de direção e assessoramento superior na ESG. Trata-se de cargos passíveis de indicação política."

(...)

http://brasilacimadetudo.lpchat.com/index.php?option=com_content&task=view&id=7389&Itemid=141

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Caro Coronel(general)


A folha sempre acende uma vela pra deus e outra pro capeta. Não foi a folha que mostrou a sacangem na concorrencia da ferrovia norte-sul no governo do sir ney e depois lhe deu uma colunazinha no jornal?

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Anticomunista (nova ortografia) mod

Empresas globais é uma estratégia do Grupo Bilderberg. Não há como detê-las. Quem tem o dinheiro tem o poder.

É assim que empresas "brasileiras" como a Vale (mineração) e a IMBEV (cerveja) estão sendo levadas a dominar o mercado.

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alô amigos

Começamos a islamizar...
http://portal.pohub.com/pls/pogprtl/docs/PAGE/DP_WORLD_WEBSITE/DP_WORLD_MEDIA_CENTRE/MEDIA_CENTRE_NEWS_RELEASES/NEWS_RELEASES_2009/EMBRAPORT%2C%20BRAZIL.PDF

Odebgrecht,Comex,DP World(de sultanatos) e tem até dim dim do governo,pois somos investidores por ali,iniciam controle de parte do porto de Santos(inclusive etanol,açucar,etc).
abraços

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Mudando de pato para ganso, José Eduardo Dutra, parece, apareceu lá no Noblat.

Essa gentalha anda saindo da cloaca. Por que será?

Lilyane

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Caro Shami

Quando li nesse artigo:

"...Estamos particularmente satisfeitos por estar entrando em uma parceria com a Odebrecht - que representam um parceiro extremamente forte local (...) Marcelo Odebrecht, CEO da Odebrecht disse:
"A Odebrecht reforça o seu papel como um importante player no setor de infra-estrutura brasileira e reafirma seu compromisso com o crescimento do país através de investimentos em projetos greenfield. Embraport operação trará oportunidades para outras empresas Odebrecht, como a Braskem, que atua no setor químico e pretochemicals e ETH, que atua no setor de açúcar e etanol - como ambos vão utilizar o porto para o escoamento dos seus produtos. Como a maior exportadora de serviços no Brasil, a Organização Odebrecht já tem uma estrutura específica de logística de importação e exportação Olex....".

Pô, dá que pensar como nós nos tornamos reféns do lulla.

Brazil è mesmo uma chacara desse cabrão!

Preocupante demais! E mantega feliz por nossas reservas internacionais terem subido e estarem em US$ 213 bilhões!

Ainda somos uma Nação? Temos soberania? Existimos?

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Coronel : Isto é reserva de mercado declaradamente .Só vai complicar a vida dos consunmidores brasileiros.

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Odebrecht agora é empresa companheira.

Na proposta dos franceses para venda dos submarinos, os mesmos EXIGEM que a parte brasileira no negócio seja a Odebrecht.

Marcos10

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A Folha de São Paulo é um jornaleco... sempre defendeu a "esquerda escocesa"

Lixo de Jornal.

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Coronel,
quando há uma empresa só no mercado, fica mais fácil para estatizar. Ninguém tolera uma monopólio privado. Mas um monopólio público, bem, a isso estamos acostumados...
Sds.,
de Marcelo.
Aliás, os acionistas privados dessas empresas encampadas via aquisição devem estar felizes da vida. O Estado paga por esses ativos muito mais do que a Bolsa.

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