No final da ditadura militar e no início da chamada Nova República, dois grupos se reuniram em segredo para registrar em livros suas visões antagônicas sobre o período histórico do qual o País emergia, marcado pela repressão aos movimentos de esquerda. Olho por Olho, obra recém-lançada do jornalista Lucas Figueiredo, conta a história desses dois livros: o Brasil: Nunca Mais, publicado por religiosos e militantes dos direitos humanos, e o chamado Orvil, produzido por oficiais do Exército.Quase tão impressionante quanto o conteúdo do Brasil: Nunca Mais - detalhado registro de crimes cometidos pelo regime militar - é a forma como a obra foi realizada. Em 1979, em plena ditadura e sem despertar suspeitas, um grupo liderado pelo então cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns, copiou toneladas de processos do Superior Tribunal Militar e catalogou denúncias de tortura feitas por presos políticos em seus julgamentos.Durante seis anos, mais de um milhão de páginas foram fotocopiadas e analisadas por pesquisadores. Daí saíram 6.891 páginas, depois resumidas no Brasil: Nunca Mais, publicado em 1985.As denúncias e o impacto do livro, que frequentou as listas de mais vendidos e foi recebido como referência histórica, geraram revolta nos quartéis. Leônidas Pires Gonçalves, então ministro do Exército, determinou a elaboração de uma obra que ressaltasse a versão de que os militares haviam impedido a instalação de uma ditadura comunista no País, além de abordar temas tabus para a esquerda, como os "justiçamentos" em que militantes foram mortos pelos próprios companheiros.Daí surgiu o projeto Orvil - a palavra "livro" de trás para a frente. Após três anos, porém, a publicação da obra foi vetada pelo então presidente José Sarney. Orvil circulou apenas entre alguns militares até que, após duas décadas, Lucas Figueiredo obteve uma cópia e revelou seu conteúdo em uma série de reportagens. Para o autor de Olho por Olho, os grupos por trás dos dois livros travaram a "última batalha" da ditadura.
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Verdade Sufocada: um link para o Orvil.
6 comentários
Alô Amigos
ReplyO "Orvil"estar taxado de ULTIMA BATALHA é passivo de minha oposição!!!
categórica!
estrondosa!
ilimitada!
indiscutível!
tenho dito!
pois se queremos democracia podemmos esperar por mais batalhas.
ai meus anseios
abraços
Íntegra do ORVIL, para download:
Replyhttp://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf
A íntegra do ORVIL não existe!!!
ReplyGus,
ReplyFaltou a extensão: pdf
Ou veja no link:
http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=category§ionid=4&id=36&Itemid=78
Pouca gente divulga que o "Brasil: Nunca Mais" fundamentou-se nos depoimentos que os "torturados" prestaram nas Auditorias Militares. E que tais depoimentos, assessorados por advogados, sempre alegavam tortura para negar as confissões dos autos. Como ocorre hoje em dia em qualquer julgamento de criminosos comuns. E o BNM é tido por muitos como uma obra isenta.
ReplyColoque o link pra baixar o livro no texto do post!
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