Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), condenou a prática de espionagem de advogados no exercício das funções de defesa. Para ele, tal prática "é típica de modelos autoritários e totalitários".A investigação sobre o vazamento de dados secretos da Satiagraha - operação que mira o banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity, por supostos crimes de fraudes fiscais, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e quadrilha - revela que advogados foram monitorados sem consentimento judicial. Aqui a entrevista de Gilmar Mendes, presidente do STF.
6 comentários
Coronel, definitivamente, o Supremo, o STJ e particularmente a Casa Civil precisam estar muito bem informados e assessoradas para decidir qualquer matéria relativa à grampolândia. É uma situação muito confusa a da grampolândios, principalmente após as mentiras na CPI do GRAMPO e o desfile de 84 arapongas na Satiagraha. Viva, Portugal ! O Congresso, idem, com a pretensa história da legalização do grampo.
ReplyHELLFIRE
17/01/2009
ReplyPara presidente de CPI, episódio confirma abusos
O presidente da CPI dos Grampos, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), classificou como “grave” a espionagem feita pelo delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz ao advogado do banqueiro Daniel Dantas.
Itagiba afirmou que a Satiagraha, operação da PF que resultou na prisão temporária do controlador do Opportunity, foi marcada por “abusos de poder”. “O caso é grave pois viola o Estado democrático de direito”, lamentou.
“O episódio reforça os abusos de poder praticados no decorrer da Satiagraha tanto por parte da Abin quanto do delegado da PF”, criticou.
Na avaliação do presidente da CPI, a revelação de que Protógenes espionou Nélio Machado reforça que “o poder precisa ser controlado”. “As pessoas acham que os fins justificam os meios. Os fins não podem justificar os meios. O Estado não pode cometer os mesmos crimes com a justificativa de que está atrás de criminosos”, disse.
Satiagraha
ReplyArquivos indicam que ministros e parlamentares caíram em grampos
Peritos da Polícia Federal identificaram em dois pen drives de uso pessoal do delegado Protógenes Queiroz arquivos ilustrados com 27 fotografias de “autoridades do governo federal, deputados e alvos da Operação Satiagraha”. Os registros secretos do delegado indicam ainda que essas autoridades podem ter caído no grampo telefônico - provavelmente de forma involuntária porque mantiveram contatos com investigados.
Estou achando ótimo que tudo isso aconteça depois da 'redemocratização', né não?
ReplyJá pensou se fosse ainda governo militar??O trem de culpas,impropérios e indenizações pelas patrulhas e perseguições eletrônicas?Doi-codi agora não tem mais endereço físico, está por toda parte vigiando pensamentos, torturando com a constante sensação de estar sendo seguido, vigiado,com os olhos, ouvidos e garras do 'poder' nos carcanhos.
Tem tortura pior do que saber que será chantageado pelos ditos e não ditos?
Que façam mais, muito mais, seu Mendes,no atacado e no varejo,Mourão( não o tal acreano) deve estar dando gargalhadas no além.
Nada como um dia após o outro e uma noite entreverada.
¬¬
lia
Sombras da ilegalidade, Coronel, nada mais apropriado !
ReplyCaos eletrônico
9 de janeiro de 2009
(Editorial do O Globo) – A Operação Satiagraha, enquanto foi conduzida na PF pelo delegado Protógenes Queiroz, em sociedade estreita com o juiz De Sanctis, demonstrou, com didatismo, como agentes públicos podem atropelar direitos individuais em nome do combate à criminalidade de colarinho branco. Na investigação, parte do braço policial e de espionagem do Estado (leia-se, Abin) agiu protegida pelas sombras da ilegalidade e montou um esquema de escuta eletrônica sem qualquer cuidado com a privacidade que deve ser preservada, em quaisquer circunstâncias e de qualquer pessoa.
Não é um caso à parte o da quadrilha presa em São Paulo especializada em falsificar autorizações judiciais para vender o serviço de grampo clandestino. A ação do bando, constituído por detetives particulares, policiais, funcionários de banco e de uma operadora de telefonia celular, é apenas um exemplo das transgressões a dispositivos da Carta que vêm sendo cometidas a partir de organismos públicos criados para defender a sociedade, e não para bisbilhotá-la. Sintomática a participação de policiais na quadrilha de grampeadores paulistas.
l'État c'est moi
ReplyE, agora, Coronel ?