O resumo.

Da Folha:

Os principais pontos do comunicado final do G20 (fortalecendo as instituições como o Banco Mundial e o FMI, ao contrário do que Lula trombeteou desde o início da crise).

Soluções globais
O comunicado diz que "a crise global requer soluções globais e um conjunto comum de princípios". Mas não avança na divergência entre controles e supervisões internacionais ou nacionais.

Papel do G20
O texto afirma que "o G20, com sua ampla representação das maiores economias, tem um papel crítico a desempenhar para assegurar a estabilidade global". Acrescenta que "deve maximizar sua eficácia" e que suas deliberações devem ter "como foco prioritário desdobramentos políticos concretos". Mas, ao contrário do que pretendia o Brasil, não o define como substituto do G7/G8 na gerência financeira e política do planeta.

Crise de crédito
O G20 diz que as medidas "ousadas" tomadas por muitos países "começaram a estabilizar o sistema bancário", mas "permanece considerável volatilidade nos mercados globais".Ou seja, não foi ainda restabelecida a linha da vida da economia, que é o fluxo de créditos, nem mesmo entre os bancos, uma anomalia admitida, entre outros, por Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu.

Quem fiscaliza o quê
O comunicado enfatiza a necessidade de enfrentar "os riscos associados com excesso de alavancagem" e de "aperfeiçoar os regimes regulatórios e de supervisão" de todos os países.Mas não define como fazê-lo. Limita-se a afirmar que é preciso "aperfeiçoar a transparência e a prestação de contas nos mercados, assim como fortalecer a cooperação internacional para identificar e responder preventivamente a riscos sistêmicos". Fala ainda em aperfeiçoar a supervisão de "instituições importantes", entre as quais as agências de classificação de risco. Generaliza a necessidade de regulação e supervisão "de todos os setores da indústria financeira", de forma adequada. O governo dos EUA já havia antecipado que é contra uma regulamentação, por exemplo, dos "hedge funds".

Fuga de capitais
O documento critica "a tendência de o capital fluir de volta para onde a crise se originou [os países ricos]". Pede: "Deveríamos explorar meios de restaurar o acesso de países emergentes e em desenvolvimento ao crédito e de retomar os fluxos privados de capital, que são críticos para o crescimento sustentável, incluindo projetos de investimento em infra-estrutura em andamento".

Política monetária
O texto presta a habitual homenagem a "políticas monetárias saudáveis", mas reconhece que "a recente desaceleração no crescimento mundial e a conseqüente redução dos preços das commodities reduziram as pressões inflacionárias e permitiram que os bancos centrais decidissem reduzir o aperto monetário". Adverte, no entanto, que "economias que enfrentam depreciação cambial [caso do Brasil], as pressões inflacionárias podem ser mais persistentes. Nesse contexto, as autoridades monetárias precisarão continuar a monitorar cuidadosamente os eventos econômicos".Tradução concreta: se predominar a tendência atual de riscos muito maiores de desaceleração/recessão do que de pressão inflacionária, é para reduzir ainda mais os juros.

Instituições multilaterais
O texto diz que "as instituições de Bretton Woods [Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial] devem ser reformadas de modo abrangente para que possam refletir mais adequadamente as mudanças no peso econômico" ocorridas no mundo e para que possam "responder melhor a futuros desafios". Defende, como pedem o Brasil e os países emergentes, que "economias emergentes e em desenvolvimento devem ter mais voz e representação nessas instituições". Prega, por fim, "um realinhamento mais amplo" das ações de cada país nas duas instituições.

Papel do FMI e do Bird
O texto dá ênfase ao papel das instituições de Bretton Woods, que, na presente crise, tiveram desempenho próximo a irrelevante. Diz: "O FMI, o Banco Mundial e outras instituições internacionais têm importante papel a desempenhar, consistente com seu mandato, em ajudar a estabilizar e fortalecer o sistema financeiro internacional, fazer avançar a cooperação internacional para o desenvolvimento e em assistir países afetados pela crise".É tão relevante o papel dessas instituições que o G20 defende que seja revista "a adequação dos recursos do FMI, do Banco Mundial e outros bancos multilaterais de desenvolvimento". É uma alusão ao fato de que o FMI dispõe de apenas US$ 250 bilhões para oferecer socorro, o que é nada diante da crise atual. O texto atribui ainda ao FMI um papel que o Brasil gostaria que fosse do G20. Por fim, defende a ampliação, a países emergentes, do Fórum de Estabilidade Financeira.

2 comentários

E o Obama não telefonou para o Lula…
O presidente tá inconformado; esqueceram-se de que ele é um estadista, um especialista em finanças, relações internacionais, e um bom pé de cana? Tadinho. Até eu fiquei com dó.
Ignoraram ele.

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O Mentecapto Maximus acha que o Obama tem que telefonar pra ele???
KKKKKKK!
O cachaceiro e que tem que telefonar pro Obama e agradecer os milhoes de dolares doados pelos EUA em consequencia da crise financeira mundial.

Afinal o que o Mentecapto foi fazer la? Deslumbrar a plateia c/ sua sabedoria? KKKKKKKKK!

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