O caso da Providência tem como pano de fundo o contato, direto ou não, de militares com traficantes. Os recrutas, muitos criados em comunidades sob o jugo de criminosos, chegam aos quartéis com referências simbólicas que os associam a facções, diz o antropólogo Luiz Eduardo Soares. Ex-secretário nacional de Segurança Pública, ele conta que foi informado por fonte do Exército de que, em unidades do Rio, existe a separação de jovens nos alojamentos de acordo com a facção criminosa que domina as comunidades de onde vieram. Seria prevenção contra conflitos.Soares não revela a fonte, mas comenta que a determinação - semelhante à que vigora há anos em unidades prisionais do Estado - parte dos superiores. A Assessoria de Imprensa do Comando Militar do Leste afirmou que "tal informação carece de fundamento". "O simples fato de crescerem nesses lugares gera rivalidade", diz Soares, que considera a questão delicada. Em especial, quando são recrutados para atuar em áreas conflagradas. "Isso pode influenciar a forma como vão patrulhar. No caso da Providência, um dos militares envolvidos costumava hostilizar pessoas da comunidade em função da diferença de identidade." Para ele, está claro que havia contato prévio dos acusados com traficantes da Mineira. Soares defende que "um soldado com essa mentalidade é um problema. O recruta tem de ser formado por princípios ligados ao Estado Democrático de Direito, ao respeito aos direitos humanos, à defesa nacional."
Comando verde-oliva perde para comando vermelho.
segunda-feira, 23 de junho de 2008 às 08:08:00
Do Estadão, hoje:
4 comentários
Coronel
Reply"... em unidades do Rio, existe a separação de jovens nos alojamentos de acordo com a facção criminosa que domina as comunidades de onde vieram."
Isto è inequivocamente consentimento e aprovação da existência de gangues dentro do Exército tal como acontece nas prisões! Pior! Gangues treinadas para saber lutar com armamento militar, táticas militares, treino militar.
De onde e de quem partiu e essa ordem, esse consentimento para que tal suceda dentro dos nossos quartéis?
As nossas FFAA estão podres, decadentes, suas chefias prostituídas pelo Poder político, pelo, Poder religioso das inúmeras seitas que pululam por aí. Estão corruptas. Nem todas.
Disciplina já era!
Não estão preparados para nada os nossos soldadinhos de chumbo, começando pelos generais que não conquistaram nenhuma das suas estrelas por atos de valor e coragem debaixo de fogo, mas sim atrás de uma secretária bajulando o Poder político!
Faltam muitos Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Pelo menos asumiu seu trabalho.
Jamais não se é um ex-soldado, é um soldado! Não possuem? Vão buscar os antigos!
A decadência das nossas FFAA começou com João Goulart, quando as nossas forças expedicionárias da II Guerra Mundial chegaram de navio ao porto, e esse traidor bolchevique como se veio a confirmar anos mais tarde, não autorizou que descessem as escadas como militares. Mandou-os dispensar, despirem as fardas ainda a bordo e depois sim, autorizou-os a descerem as escadas que os conduzia ao cais, como civis sem Honra nem Gloria!
Tanto que se podia aproveitar do seu conhecimento e experiência na guerra, para instruírem nossos futuros soldados e oficiais! Aí, nesse dia, por um gesto calculista e prenhe de traição, morreram nossas FFAA.
Exagerando? Não, não estou! E facilmente provo o que digo, bastando para tal ir buscar à nossa História militar um bom exemplo sintomático como falta aos nossos oficiais, treino real e experiência de guerra.
Falarei da Guerrilha do Araguaia, um conjunto de operações guerrilheiras ocorridas durante a década de 1970 promovidas por grupos contrários ao Regime militar em vigor no Brasil organizado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
A área dominada pelos guerrilheiros abrangia em torno de sete mil quilômetros quadrados, indo da cidade de Xambioá até no sul do Pará, nas proximidades de Marabá.
O general Olavo Viana Moog exerceu o comando tático das operações e o general Hugo Abreu também comandou ações para pôr fim ao movimento, mas foram necessarios dois importantes itens:
1) O trabalho da inteligência do exército foi bem executado, como aliás ainda hoje se mantém, mas inicialmente faltaram os efetivos operacionais necessários à repressão, e aí começaram os problemas no país.
2) Porém, em 1973 entra em cena um assessor militar do mais alto gabarito, nessas questões, o Coronel H. da Fonseca do Exército Português, veterano da Guerra do Ultramar Português que veio formar o primeiro batalhão de infantaria de selva, utilizando-se dos métodos de disciplina da legião estrangeira e alguns métodos alemães.
Por isso, senhores militares, foi necessário um Coronel com treino de guerra de guerrilhas e vasta experiência militar nesse campo, para que os nossos Generais pudessem isso sim, vencer esse foco de insurgentes a soldo do Komiterm da ex-URSS.
Esses dois valorosos generais Olavo Viana Moog que exerceu o comando tático das operações e o general Hugo Abreu que comandou ações para pôr fim ao movimento, fazem muita falta ás nossas FFAA.
Seus sucessores, nem sequer estão preparados para questionar nem para dizer um não a ordens que coloquem em risco a integridade das FFAA, ordenadas por um doente mental paranoico e indigente como è o caso do vosso traidor e louco Comandante-em-Chefe.
Creio que o melhor das nossas FFAA, è apenas o soldado que conheçe de olhos fechados a Amazônia. Tudo o resto, são soldadinhos de chumbo.
Tô bege
Reply¬¬
Lia
Tive o prazer de conviver com o General Olavo Viana Moog, e sei que o exército na década de 70, era uma instituição do mais alto nivel e respeito, pela sociedade. Seus integrantes eram de uma disciplina ímpar, que estavam a serviço do seu País.
ReplyÉ uma pena que nossos líderes, não olhem o Exército como se deve, póis, uma nação grande e respeitada, começa com os seus homens e seu Exército.
Ao General Olavo Viana Moog o meu muito obrigado e muitas saudades, que deus o tenha sob sua bênção.
Felizmente há ainda quem ressalte os benefícios que as FFAA Brasileiras fizeram para livrar o país do avanço comunista, que parecia uma praga. Não fosse isso, o País seria hoje uma Cuba Gigante, ou uma Coréia do Norte gigante, onde tudo acontece po conta da "Cortina de Fumaça" que venda os olhos do mundo. Se houve excessos, porém era um momento crítico, que teria fim como teve, com a redemocratização do Brasil, ainda qe prematura. Posto que o Comunismo, uma vez instalado, aí sim, seria eterno, como disse um ex-guerrilheiro do Araguaia em documentário: (...se tivéssemos ganho a guerra, iríamos implantar a ditadura a nossa maneira. Mas perdemos...). Reflitam bem nisso. (Ah! Que saudades do General Sylvio Frota).
Reply