Quem nos defende do Jobim?

Do editorial do Estadão, hoje, sobre a idéia do "Senhor das Flechas" de criar um Conselho de Defesa Bolivariano:

"Num discurso para 14 dos 27 representantes dos países membros da Junta Interamericana de Defesa (JID), o ministro Nelson Jobim decretou que "chega de pensar pequeno. Pensar pequeno significa dependência, significa continuar pequeno. É preciso arrogância estratégica e a audácia do enfrentamento dos nossos problemas, com a coesão dos países da região". E assim os brasileiros foram os últimos a saber que seu governo está empenhado em criar um organismo internacional "que possa articular na América do Sul a elaboração de políticas de defesa, intercâmbio de pessoal, formação e treinamento de militares, realização de exercícios militares conjuntos, participação conjunta em missões de paz da ONU, integração de bases industriais de defesa".

Leia o texto completo aqui. Certamente, hoje, na reunião com o incendiário Hugo Chávez, o tema vai voltar à tona. Alguém nos defenda do Jobim.

13 comentários

Ministro da Defesa mimetizado por inspiração de longo prazo.

Sharp Random

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para nos defender do ¨jiboia¨Jobim sugiro o Jorgibuxi,por que dos melancias não devemos esperar nada,

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O que podemos esperar de um sujeito que se gaba por ter fraudado a constituição de 88.

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Caro Coronel:

Noticias de Cuba....
ELIO GASPARI

O espectro do blog ronda o comunismo

A guerrilha da filóloga micreira de Havana já incomoda os septuagenários de Sierra Maestra

COMEÇOU UMA bonita briga, a da ditadura cubana com os blogueiros. Os septuagenários veteranos da Sierra Maestra têm uma nova guerrilha pela frente. Em vez de viver escondida no mato, ela está na rede de computadores e seu símbolo mais visível é Yoani Sanchez, uma micreira filóloga de 32 anos que publica a página "Generación Y" (1,2 milhão de visitas em fevereiro). No lugar dos fuzis, cabos, pen-drives e celulares com câmeras.
À primeira vista, os velhotes têm vantagem. Havana tem um só ponto de navegação pela internet acessível ao público. Fica numa pequena sala e custa 5 dólares por hora (um terço do salário mensal da terra). Dos 11 milhões de cubanos, só 200 mil têm acesso à rede, passando pelo único provedor, que pertence ao governo. Essa modalidade de bloqueio é burlada por um mercado negro de senhas e de acessos noturnos em empresas estrangeiras ou mesmo em agências estatais. Até parabólicas clandestinas já apareceram e a maior parte delas é usada para baixar músicas ou filmes.
No caso de Yoani (www.desde cuba.com/generaciony), seu blog vai completar o primeiro ano de existência e está hospedado num sítio alemão. Ela transmite suas mensagens valendo-se de algumas astúcias. Numa, fantasia-se de turista alemã, entra num hotel e despacha o texto previamente gravado. Não se pode dizer que o blog seja um palanque de dissidentes, mas, mesmo assim, no último fim de semana o Grande Irmão envenenou-o com filtros que dificultavam o acesso dos cubanos ao endereço. Yoani informa que já conseguiu se desvencilhar da macumba: "A reprimenda é tão inútil que dá pena, tão fácil de burlar que vira incentivo".
A moça tem muita graça. Raúl Castro libera os eletrodomésticos e ela saúda a chegada dos aparelhos de ar refrigerado, lembrando que as torradeiras virão daqui a dois anos: "Nesse ritmo, as antenas parabólicas chegarão lá pela metade do século e meus netos conhecerão os GPS quando estiverem na adolescência". Ouvindo o discurso de posse do comandante Raúl, ela se considerou um Champollion reencarnado, decifrando os hieróglifos da pedra da Roseta, "mais fáceis de desentranhar que o estatismo tedioso da política cubana".
Yoani lista outros dez blogs da ilha. Um, o Havanascity, com bonitas fotografias da cidade. Outro, "Lo que yo y otros pensamos sobre la realidad cubana", é pesado como o próprio nome. Todos carregam um certo gosto pela literatura. Lembram a lição de um engenheiro de computadores de São Petersburgo que, nos últimos meses do comunismo, recomendava: "Se você quer achar a democracia nesta cidade, procure a música".
Nos anos 80 o banqueiro George Soros financiou o movimento democrático da Tchecoslováquia doando computadores, copiadoras e aparelhos de fax à Fundação Carta 77. Em 1991, durante a tentativa fracassada de golpe na Rússia, foram as máquinas de fax que garantiram a comunicação dos aliados de Boris Yeltsin. Comparados com a versatilidade da rede e dos pen drives, os equipamentos de Soros são carroças.
Por enquanto, os blogs cubanos são mercadoria para consumo externo, pois na ilha eles só estão acessíveis para a nomenklatura ou a turma do mercado negro. Se Raúl Castro não puder conviver nem com isso, suas prometidas mudanças acontecerão em 2131, quando completará 200 anos.

APA

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Coronel:

O Chupim carunchado prepara uma meleca medonha. Ele e' teleguiado pelo Coma-andante caribenho, que mandou o Brasil se alinhar decididamente com os "cumpanhero" do Foro de Sao Paulo. Objetivo: esgoelar o Uribe, unica pedra no sapato kasstrista. Esta' tudo dominado em Lullaland.

Exercicios militares conjuntos e' novilingua para invasao bolivariana pelas tropas conjuntas de Chavez e FARC. Adeus soberania nacional. Se as FFAA nao se rebelarem contra essa ideia insana e nao apearem a matilha petista, entao e' porque o verdadeiro chefe das nossas FFAA e' o mesmo das FFAA de Cuba, ou seja Raul Castro.

Se o Exercito de Brancaleone Bolivariano atacar a Colombia, e o presidente americano for do partido republicano, teremos uma re-edicao da Guerra das Malvinas, com a OTAN, isto e' a Inglaterra, mandando seus gurkas para ajudar no trabalho sujo de matar recrutas imberbes e inexperientes. Vai sobrar napalm na selva amazonica.

Ja' estou armazenando comestiveis enlatados e agua mineral engarrafada. E tenho um limoeiro no quintal para suprir a familia com vitamina C.

Hereticus

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Coronel

Não tem ninguém nas nossas FA que sem ninguém ver, dê uma valente surra nesse FDP do jobim?

Depois era a palavra dele com a do heroi!

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Em país onde o crime organizado não impera, o crime não compensa

Europa: brasileiros fazem passaporte por R$ 7,6 mil
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2709290-EI306,00.html

Anelise Infante

A chegada em massa de imigrantes à Espanha acabou criando um negócio para as quadrilhas de falsificação de documentos. Segundo a polícia espanhola, máfias do Brasil estão vendendo documentos de identidade e passaportes europeus falsos que chegam a custar o equivalente a R$ 7,6 mil.

De acordo com as investigações policiais, as máfias brasileiras estão criando bases na Espanha desde 2005. Em cidades como Madri, Barcelona, Pontevedra e Múrcia não só captam compradores brasileiros, como distribuem documentação ilegal para outros pontos do continente como Grã-Bretanha, França, Portugal e Itália.

O tráfico da falsificação é lucrativo. Pelos cálculos da Unidade Contra Redes de Imigração Ilegal e Falsidades de Documentação (UCRIF), um departamento da polícia espanhola especializado neste crime, cada quadrilha arrecada em torno de 2 milhões de euros por ano (cerca de R$ 5 milhões).

Nos últimos 12 meses, a UCRIF desmantelou sete quadrilhas brasileiras pelo crime de falsificação e 136 pessoas foram presas. Uma carteira de identidade espanhola falsa custa entre 600 e mil euros (entre R$ 1,5 mil e R$ 2,5 mil, aproximadamente) e um passaporte europeu, cerca de três mil euros (R$ 7,6 mil).

"Os passaportes são portugueses ou italianos. O espanhol é 'infalsificável' desde que foi mudado depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, e de 11 de março de 2004, em Madri", disse à BBC Brasil o porta-voz da UCRIF.

O procedimento que levantou as suspeitas da polícia é o mais comum entre os imigrantes brasileiros. Ir a uma delegacia espanhola com documento português ou italiano (como se tivesse dupla nacionalidade ou fosse europeu), alegando ser cidadão da Europa Comunitária e pedir a emissão do documento de identidade. Isso significa mostrar um documento falso e tentar receber um verdadeiro.

Com o documento de identidade espanhol, o imigrante pode circular pelos 25 países da União Européia sem risco de ser expulso e sem necessidade de visto. Tem acesso a seguridade social, a seguro desemprego, a cartões de crédito europeus e a todo tipo de benefícios sociais no país.

"Isso é o que atrai, apesar do risco", disse um policial da Brigada de Investigação de Falsidade de Documentação. "Quem compra, sabe que tudo é ilegal, mas se deixa levar com a crença de que vale a pena. Só que deveria saber que é crime. Tanto para quem fabrica, vende e distribui, como para quem compra porque, neste caso, não há vítimas", explicou.

Até o ano passado, a maior parte dos documentos falsificados eram portugueses. Mas, desde que a polícia começou a investigar as máfias brasileiras, os italianos passaram a ser os mais usados. Segundo a polícia, os documentos de identidade italianos são legais. Foram comprados ou roubados de indigentes. Ao chegar à Espanha, esses documentos recebem fotos dos imigrantes brasileiros (mantendo os dados originais das filiações italianas) e, finalmente, vendidos.

Cada brasileiro que trabalha como intermediário recebe, em média, 50 euros (cerca de R$ 130 por cliente). As máfias funcionam basicamente com quatro estruturas: captação de compradores, obtenção de documentos para adulteração, falsificação e lavagem de dinheiro.

Em uma das apreensões, em agosto passado, a polícia descobriu uma quadrilha formada por 44 brasileiros e que tinha cerca de 50 clientes por semana. Eles operavam em municípios próximos a Barcelona e lucravam mais de 2 milhões de euros por ano (cerca de R$ 5 milhões).

Todos estão presos acusados de crimes de falsificação de documentos, favorecimento de imigração ilegal, associação ilícita e estelionato. Se condenados, as penas vão de três a seis anos por cada um dos crimes.

BBC Brasil

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Assim, agora podemos invadir a Colômbia.

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Coronel:

o outro coronel, o Makako Loko de Miraflores, concorda comigo: acabo de ver esse simio na TVBand, dizendo que ele descobriu que ha' alguem pior que o Jorgibuxi: e' o McCain. Isto porque McCain criticou Bush, dizendo que o presidente americano e' muito leniente com o Chavez. O recado foi dado, e o Makako Loko confirmou que recebeu. A resposta do makako-coronel e' clara: "Ehi, voces ahi, Billary e Hussein, me deem uma maozinha e derrotem em novembro o McCain." A imprensa vendida americana ja' esta' fazendo sua parte, anunciando como um dream team a dupla democrata para derrotar o candidato republicano. O unico problema, por enquanto, e' que ambos os pre-candidatos democratas querem ser cabeza-de-chapa, e continuam com sua briga de foice no escuro. Para desespero dos traidores da patria americana, Kennedy, Kerry, Soros, Edwards, al-Gore et caterva.

Hereticus

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Vamos Contribuir

GRUPO GUARARAPES – NOVOS RUMOS


Há 16 anos, O GRUPO DE ESTUDO GUARARAPES (GG) foi criado como pessoa jurídica tendo como principais objetivos: "A Unidade Nacional com Soberania, Ordem e Progresso" ; e " A Preservação e União das Forças Armadas para a garantia da sobrevivência da Nação".

No momento, o GG busca concretizar seus objetivos com o apoio de cerca de 2000 integrantes civis e militares. O número de pessoas que não fazendo parte do GRUPO é muito grande e acredita nos nossos ideais de lutar pela dignidade da Pessoa Humana, não aceitando valores negativos que degradam o homem e a sociedade brasileira.

O GG, na sua luta incessante, pensa que vem prestando relevantes serviços as FFAA e a Nação, alertando e apresentado aos homens públicos ( Executivos , Legislativo e Judiciário), aos responsáveis pelas principais Instituições ( Universidades, Imprensa, etc) , a brasileiros formadores de opinião , os problemas , as ameaças, e as soluções para os graves problemas que inquietam toda a nacionalidade. Para tal a coordenação geral do GG vem utilizando particularmente a Internet e realizando conferências , participando de seminários , etc.

Visando buscar a máxima potencialidade dos atuais e possíveis novos integrantes já encaminhamos as nossas DIRETRIZES para 2008 ao mesmo tempo que convocamos os amigos a cooperar com uma modesta contribuição R$ 80,00 anual a ser pagos em duas parcelas de R$40,00, afim de cobrir as despesas necessários para continuar o nosso trabalho.

Sua contribuição poderá ser feita pela Conta:

Grupo Guararapes - Banco do Brasil (001) - Agência 2917-3, Conta de Poupança 20484-6 variação 1(um) ,

ou remessa em cheque nominal, cruzado, pelos correio, em nome do Grupo Guararapes , para o seguinte endereço:

Rua Júlio Siqueira nº 963 Bairro Dionísio Torres – 60130-090 Fortaleza Ce.



O nosso tesoureiro é o Senhor Coronel JOÃO BOSCO CAMURÇA, COM E.MAIL: camurca368@hotmail.com. No fim do ano prestaremos conta nos mínimos detalhes.



Fortaleza, 01 de março de 2008

Atenciosamente,



COORDENAÇÃO DO GRUPO GUARARAPES. GTMELO


Publicada em: 25/03/2008
Estamos Vivos! Grupo Guararapes! Personalidade Jurídica sob reg. Nº 12 58 93, Cartório do 1º registro de títulos e documentos, em Fortaleza.

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Ele está oferecendo o que não tem. Só imbecis como os que o ouvem são capazes de acreditarrm no que fala. A verdade, a grande verdade, senhores é que as nossas Forças Armadas são agora Fraquezas Desarmadas. Os senhores nem imaginam a que ponto chegamos. Nosso soldados que antes iam almoçar em suas casa porque no quartel não tem mais dinheor para o rancho, agora também não têm munição para treinarem os tiros de instrução como os "tiros básicos" e o mais avançado: a "alça de combate", realizado de modo específico, que não me cabe declinar aqui. Trocando em miúdos: a nossa tropa viropu SUCAM, a antiga Superintendência Para a Erradicação da Malária. Nossas Ex-forças são agora combatentes de mosquitos e olhe que com a crise financeira e moral (com o perdão do cacófato premeditado) nem é possivel acrediatar que elas tenham condições de combater os mosquitos.

Vê-se agora que Lula tinha razão: temos um bando de generais e soldados totalmente desnorteado, pois perderam o azimute ético e eestão à deriva guiados pelo azimute petista, oq ue se pode verificar pelo conteúdo da Revista Isto É, de 26 de março de 2008, edição n° 2003 Ano 31, de cuja edição segue o extrato.

"O Brasil tem guerrilha

ISTOÉ entra na base da Liga dos Camponeses Pobres, um grupo armado com 20 acampamentos em três Estados, que tem nove vezes mais combatentes que o PCdoB na Guerrilha do Araguaia e cujas ações resultaram na morte de 22 pessoas no ano passado

Por ALAN RODRIGUES (TEXTO)

E ALEXANDRE SANT'ANNA (FOTOS) - Buritis (RO)



O barulho de dois tiros de revólver quebrou o silêncio da noite na pacata comunidade rural de Jacilândia, distante 38 quilômetros da cidade de Buritis, Estado de Rondônia. Passava pouco das 22 horas do dia 22 de fevereiro quando três homens encapuzados bloquearam a estrada de terra que liga o lugarejo ao município e friamente executaram à queima-roupa o agricultor Paulo Roberto Garcia. Aos 28 anos, ele tombou com os disparos de revólver calibre 38 na nuca. Dez horas depois do crime, o corpo de Garcia ainda permanecia no local, estirado nos braços de sua mãe, Maria Tereza de Jesus, à espera da polícia. Era o caçula de seus três filhos. Um mês depois do assassinato, o delegado da Polícia Civil de Rondônia que investiga o caso, Iramar Gonçalves, concluiu: "Ele foi assassinado pelos guerrilheiros da LCP."

A sigla a que o delegado se refere, com estranha naturalidade, quer dizer Liga dos Camponeses Pobres, uma organização radical de extrema esquerda que adotou a luta armada como estratégia para chegar ao poder no País através da "violência revolucionária". Paulo Roberto foi a mais recente vítima da LCP, que, sob a omissão das autoridades federais e o silêncio do resto do Brasil, se instalou há oito anos na região e, a cada hora, se mostra mais violenta. Apenas em 2007, as operações do grupo produziram 22 vítimas - 18 camponeses ou fazendeiros e quatro guerrilheiros. Amplamente conhecidos em Rondônia, os integrantes da LCP controlam hoje 500 mil hectares. Estão repartidos em 13 bases que se estendem de Jaru, no centro do Estado, às cercanias da capital Porto Velho, se alongando até a fronteira com a Bolívia, região onde eles acabaram de abrir uma estrada. O propósito dos guerrilheiros seria usá-la como rota de fuga, mas, enquanto não são incomodados nem pela Polícia Federal nem pelo Exército, a trilha clandestina está sendo chamada de transcocaineira - por ela, segundo a polícia local, passam drogas, contrabando e as armas da guerrilha.



ÁREA PROIBIDA

A nenhuma dessas colônias o poder público tem acesso. Sob o manto da "revolução agrária", a LCP empunha as bandeiras do combate à burguesia, ao imperialismo e ao latifúndio, enquanto seus militantes assaltam, torturam, matam e aterrorizam cidades e zonas rurais nessas profundezas do Brasil. Encapuzados, armados com metralhadoras, pistolas, granadas e fuzis AR-15, FAL e AK-47 de uso exclusivo das Forças Armadas, eles já somam quase nove vezes mais combatentes que os 60 militantes do PCdoB que se embrenharam na Floresta Amazônica no início dos anos 70 na lendária Guerrilha do Araguaia. "A Colômbia é aqui", diz o delegado Gonçalves, numa referência às Farc.

A reportagem de ISTOÉ entrou nessa área proibida. No distrito de Jacinópolis, a 450 quilômetros de Porto Velho, bate o coração da guerrilha. Segundo o serviço secreto da Polícia Militar de Rondônia, é ali que está o campo de treinamento. "Nem com 50 homens armados eu tenho coragem de entrar na invasão deles", admite o delegado. Caminhar pelas hostis estradas enlameadas é como pisar em solo minado. A todo momento e com qualquer pessoa que se converse, o medo de uma emboscada é constante. Os militantes adotam as táticas de bloqueio de estradas e seqüestro das pessoas que trafegam pela área sem um salvo-conduto verbal liberado pela LCP. "É a forma de combater as forças inimigas", escreveram eles num dos panfletos que distribuíram na região. "Esses bandoleiros foram muito bem treinados pelos guerrilheiros das Farc", revela o major Enedy Dias de Araújo, ex-comandante da Polícia Militar de Jaru, cidade onde fica a sede da Liga.

Para se chegar à chamada "revolução agrária", dizem os documentos da LCP aos quais ISTOÉ teve acesso, a principal ação do grupo é pôr em prática a chamada "violência revolucionária". E, para os habitantes locais, essa tem sido uma violência fria e vingativa. No caso da sua mais recente vítima, o que a LCP fez foi uma execução sumária, após um julgamento interno suscitado pela desconfiança sobre o real propósito da presença de Paulo Roberto Garcia na região. "Eles acreditam que o rapaz era um agente infiltrado como agricultor e não tiveram dúvida em matálo", disse o delegado. Dos 22 mortos de 2007, quatro eram fazendeiros e 14 eram funcionários das fazendas, que a liga camponesa classifica como paramilitares. Na parte dos guerrilheiros, quatro foram enterrados - assassinados em circunstâncias distintas por jagunços das fazendas da região.

Além de matar, a LCP é acusada pela polícia de incendiar casas, queimar máquinas e equipamentos e devastar a Floresta Amazônica. Os moradores da comunidade onde vivia Garcia não sabem o que é luta de classe, partido revolucionário e muito menos socialismo. Mas eles sabem muito bem que, desde a chegada da LCP naquelas bandas, a morte matada está vencendo a morte morrida.


ALERTA NA SELVA

Só quem consegue transitar livremente no território da guerrilha são os caminhões dos madeireiros clandestinos, que pagam um pedágio de R$ 2 mil por dia à LCP para rodar nas estradas de terras controladas pela milícia. Em troca do pedágio, os guerrilheiros dão segurança armada aos madeireiros para que eles possam roubar árvores em propriedades privadas, áreas de conservação e terras indígenas. São terras que a LCP diz ter "tomado" - e o verbo tomar, no lugar de "invadir" ou "ocupar", como prefere o MST, não é mera semântica, mas uma revelação do caráter belicoso do grupo. "A falha é do Exército brasileiro, que deixa esses terroristas ocuparem nossa área de fronteira", acusa o major Josenildo Jacinto do Nascimento. Comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, Nascimento sente na pele o poder e a arrogância desse bando armado.

No ano passado, eles derrubaram uma base militar da Polícia Ambiental dentro de uma unidade de conservação e seqüestraram seus soldados. "A tática utilizada pela LCP para as emboscadas é certeira", admite um dos militares, mantido preso por sete horas. "Como são estradas de terras, no meio da floresta, eles derrubam árvores, que fecham o caminho. Quando as pessoas descem do carro para retirar a tora, são rendidas", diz E. S., militar da Polícia Ambiental, que recorre ao anonimato para se proteger. "Essa guerra é um câncer que está se espalhando pelo Estado", alerta Nascimento.

Assim como consta nos panfletos da Liga, os guerrilheiros postam homens em bases nos morros com binóculos e rojão para anunciar a "invasão" de sua área por "forças inimigas". Depois de sermos monitorados de perto por grupos de motoqueiros, durante os 38 quilômetros que levamos uma hora e meia para percorrer no território dominado pela LCP, ouvimos uma saraivada de rojões anunciando nossa presença. Estávamos próximos a uma base. O alerta serve também para que os homens armados se infiltrem na mata ocupando as barricadas montadas com grandes árvores nas cercanias dos acampamentos.

"O fato é que não dá para observá-los, mas estamos sob sua mira", adverte o militar da Polícia Ambiental que nos acompanha. Na verdade, a PM Ambiental é a única força do Estado cuja presença ainda é tolerada pela guerrilha. A explicação é simples: com apenas oito agentes para cuidar de quase 900 mil hectares naquela região, eles não representam ameaça ao grupo. Antes, serão presas fáceis se assim os militantes o desejarem.



A BASE

Logo que o barulho dos rojões reverbera na imensidão da selva, as mulheres e crianças vestem seus capuzes e assumem a linha de frente. Quando se chega ao topo de um morro, depois de passar por uma barricada construída com o tronco de uma imensa árvore com a inscrição da Liga, avista-se uma bandeira vermelha tremular na franja de um acampamento de casas com cobertura de palha. Pouco tempo depois, outra barricada e chega-se a uma parada obrigatória. Do outro lado da porteira, transcorreu o seguinte diálogo com uma trupe maltrapilha, encapuzada e arredia.

- O que vocês vieram fazer aqui? - disse um nervoso interlocutor mascarado.

- Somos jornalistas e queremos saber o que vocês têm a dizer sobre a reforma agrária e a Liga dos Camponeses Pobres.

- Podem ir embora, não temos nada a dizer. Vocês só atrapalham.

- Quantas famílias estão nesta invasão?

- 300.

- Podemos falar com o líder de vocês?

- Aqui não existe líder, todos somos iguais.

- Por que vocês ficam mascarados?

- A máscara é nossa identidade.

- Vocês acreditam que podem fazer uma revolução?

- Não temos que dar satisfações à imprensa burguesa.

- De quem vocês recebem apoio?

- Não interessa.

- Podemos entrar no acampamento?

De forma alguma. Vão embora daqui!

Com colete à prova de balas sob a camisa, saímos da porteira do acampamento por uma questão de segurança e voltamos a percorrer de carro, numa estrada precária, mais uma hora e meia até o primeiro ponto de pedágio da LCP. "No ano passado, fomos presos por eles, éramos oito militares e eles tinham mais de 50 homens armados com metralhadoras", conta o sargento da tropa. "Não tem jeito, para resolver o problema com esse bando só com uma ação conjunta do Exército, da Polícia Federal e das forças do Estado."

Ao voltar da área dominada pela LCP, fica claro, nas reservadas conversas com alguns poucos moradores dispostos a contar algo, que o terror disseminado pela guerrilha se mede pelo silêncio dos camponeses. Os revoltosos controlam a vida das pessoas, além de investigar quem é quem na região. Quem não "colabora" com eles - fornecendo dinheiro, gado ou parte da produção - vira alvo de ataques covardes. Histórias de funcionários das fazendas da região que foram colocados nus sobre formigueiros ou que apanharam até abandonar o local estão muito presentes na memória dos moradores. As torturas praticadas pelos bandoleiros contra trabalhadores rurais dificultam até contratação de mão-de-obra na região. "Ninguém quer trabalhar mais na minha fazenda", admite Sebastião Conte, proprietário de 30 mil hectares de terra. Ele teve parte de sua terra "tomada" há dois anos pela LCP, a sede da fazenda foi queimada, assim como seus tratores, alojamentos e área do manejo florestal. O fazendeiro, acusado pela Liga de ser um latifundiário, é prova de que o terror da guerrilha é igual para todos. Segundo ele, nos últimos dois anos, teve que enterrar três de seus funcionários. "Todos eles assassinados barbaramente", diz Conte. "Estou pedindo socorro. Não sei mais a quem recorrer."

Longe de lá, na cidade de Cujubim, os trabalhadores rurais empregados das fazendas não dispensam o porte de armas. "Aqui ou você anda armado ou está morto", diz M.L. O capataz da fazenda e seu filho já perderam a conta de quantas vezes trocaram chumbo com os mascarados que tentam invadir a fazenda. Tratados como paramilitares, os funcionários das fazendas são, depois dos fazendeiros, os alvos prediletos dos ataques da Liga. Nelson Elbrio, gerente da Fazenda Mutum, teve o azar de cair nas mãos da "organização". Ele foi rendido exatamente como os militares da Polícia Ambiental e ficou preso sob a mira de uma arma por seis horas. "Assim que eu fiz a curva na estrada dei de cara com uns 15 homens encapuzados e fortemente armados. Eles me tiraram do carro e a partir daí vivi um inferno", conta Elbrio. "Eles queriam que eu revelasse os segredos da fazenda: quantas pessoas trabalhavam lá, depósito de combustível, se tinha seguranças armados." O sofrimento do funcionário se estendeu até o final da tarde, quando o grupo o arrastou até a sede da fazenda, dando tiros de escopeta próximo a seu ouvido. Em seguida, o obrigaram a assisti-los incendiando a propriedade e os tratores. "Nunca mais dormi bem", diz Elbrio.

Com a morte à espreita, o medo transformou distritos inteiros em zonas despovoadas - verdadeiras vilas fantasmas - e criou uma massa de gente refugiada de sua própria terra, expulsa pela guerrilha. Em Jacilândia, das 25 casas de madeira da única rua do distrito, só oito estão habitadas. Até a igreja fechou suas portas. "O povo foi embora com medo dos guerrilheiros", conta um dos moradores, um ancião que só admite a entrevista sob o anonimato. "Aqui não podemos falar nada. Para ficar de pé tem que se aprender a viver", diz o velho agricultor. O silêncio e o abandono das terras são a mais dura tradução desse novo modo de viver. Maria, a mãe do agricultor assassinado, não esperou a missa de sétimo dia do caçula. Deixou para trás os 100 hectares, onde tinha 100 cabeças de gado e a casa recém-construída. Partiu para um lugar ignorado, sob a proteção de outro filho.



O SILÊNCIO

Naquele pedaço de terra, os poucos que, apesar de tudo, permanecem na área não têm rostos ou nomes. Quando interrogados pela polícia na apuração dos crimes, eles se tornam também cegos e surdos. "Não existe testemunha de nada", reclama o delegado Gonçalves. A razão das infrutíferas apurações policiais é que os insurgentes presos são facilmente liberados pela Justiça. "Como eles usam a tática guerrilheira do uso de máscaras em suas ações, nós ficamos de mãos atadas para puni-los. Nunca se sabe quem de fato matou", queixa-se o delegado. As únicas lideranças da LCP a enfrentar a prisão por causa de assassinatos foram Wenderson Francisco dos Santos (Russo) e Edilberto Resende da Silva (Caco), que se encontra foragido. Os dois foram acusados de participar do assassinato do trabalhador rural Antônio Martins, em 2003. Russo foi absolvido em primeira instância e os promotores recorreram da decisão ao Tribunal de Justiça.



A ABIN SABE

Essa tensão é o pano de fundo de uma guerra psicológica que os ideólogos da organização avaliam como a ideal para que a área seja abandonada pelos fazendeiros. "A melhor forma de desocupar a área é destruindo o latifúndio", nos disse um dos mascarados, chamado de Luiz por um colega. Na lógica da LCP, os fazendeiros têm que tomar prejuízo sempre, senão eles não abandonam a terra. À frente de 300 famílias da invasão da Fazenda Catanio, uma propriedade de 25 mil hectares, o guerrilheiro Luiz defende o confisco do gado para matar a fome dos invasores e considera que a "tomada" de terra é a forma legal de fazer uma "revolução agrária". "Se esperarmos a Justiça, ficaremos anos plantados aqui", diz ele.

A audácia dos militantes da LCP é tanta que no ano passado mais de 200 deles marcharam encapuzados pelas ruas do município de Buritis, a 450 quilômetros de Porto Velho, até parar na porta da delegacia, onde exigiram a saída do delegado Gonçalves da comarca. Motivo: ele tinha prendido um dos líderes da facção guerrilheira. Não satisfeitos, os bandoleiros bateram às portas do Ministério Público e da Justiça exigindo que os titulares dos órgãos também se afastassem. O fato foi reportado ao Ministério da Justiça, ao presidente Lula e ao governo estadual. Até agora, não houve nenhuma resposta. "Ninguém leva a sério nossas denúncias. Eles pensam que estamos brincando, que a denúncia de guerrilha é um delírio", indigna-se o delegado Gonçalves. "Isso vai acabar numa tragédia de proporções alarmantes, e aí sim vão aparecer os defensores dos direitos humanos", critica ele. É exatamente nessa desconsideração das denúncias de promotores, juízes e militares que a Liga ganha força e cresce impunemente.

Tão trágica quanto o terror que esse grupo armado impõe às comunidades rurais é o fato de os governos estadual e federal saberem da existência desse bando armado - e não fazerem nada. Segundo o Dossiê LCP, um relatório confidencial da polícia de Rondônia, com 120 páginas, encaminhado em dezembro passado à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ao Exército e ao Ministério da Reforma Agrária, o grupo armado, além de cometer todo tipo de barbaridade, é financiado por madeireiros ilegais. Conforme o documento, a LCP controla uma área estimada em 500 mil hectares, onde doutrina mais de quatro mil famílias de camponeses pobres espalhadas por mais de 20 assentamentos da reforma agrária distribuídos pelos Estados de Minas Gerais, Pará e Rondônia. "Eles estão na contramão do que é contemporâneo. Mas, de fato, formaram um 'Estado' paralelo", entende Oswaldo Firmo, juiz de direito da Vara especializada em Conflito Agrário do Estado de Minas Gerais.



FORÇA-TAREFA

Documentos em poder de ISTOÉ comprovam que as autoridades federais têm feito ouvidos de mercador para o problema. No dia 11 de janeiro de 2008, o ouvidor agrário do governo federal, desembargador Gercino José da Silva Filho, acusou o recebimento das denúncias encaminhadas a ele sobre as ilegalidades cometidas por integrantes da Liga dos Camponeses Pobres. Mais uma vez, nada foi feito. "Eles dizem que sabem de tudo, mas cadê a ação?", questiona o major Nascimento, comandante da Polícia Militar Ambiental de Rondônia. "Essa situação aqui só será resolvida em conjunto com outras forças militares", admite o major. Foi o que aconteceu no Estado do Pará, em novembro passado, na chamada Operação Paz no Campo, quando uma ação envolvendo o Exército, as polícias civil e militar e a Polícia Federal desocuparam um acampamento da LCP na Fazenda Fourkilha, no sul do Estado. Com dois helicópteros, 200 homens e 40 viaturas, a força-tarefa cercou o local, prendeu cerca de 150 militantes e recolheu um verdadeiro arsenal de guerra. "Precisamos da mão forte do Estado. Aqui somos tratados como cidadãos marginais", emenda o fazendeiro Sebastião Conte."


Complemento o título: porque já não há homens dignos dos uniformes que vestem nas (ex)Forças Armadas.

Nada pode ser mais degradante que ver-se um general abraçado a um comunista, senão ver-se todo o Alto Comando elameado por inteiro.
Jobim está provando que são todos da mesma espécie do Lamarca e merecem ter seus bustos ladeados pelo facínora.

O sofrimento do povo de Rondonia (dve estar dando cambalhotas na sepultura o desgbravador Cândido Randon por ter seu nome associado a isso aí) fere de morte as instituições da República e pior todas as instituições militares.

A revista expõe as vísceras do governo covarde de Luyís Inácio e seus seguidores sanguinários, pois até um desembargador é citado. É o fim, senhores. Só nos resta mudar de país. Olavo de Carvalho, mais uma vez, estava certo, assim como os irmãos de Celso Daniel.

Jobim terá busto na galeria dos Generais de Banda (que me perdoem o nobres músicos), pois os que aí estão são indignos de perfilarem com Castelo e outros da mesma estirpe.

Delenda, Exército!

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No popular: estamos nos preparando para colocar, oficialmente, as FFAA latino-americanas sob o comando das diretrizes elaboradas e emanadas dos "comandantes" do Foro de São Paulo!

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Não cabe dentro do meu carcomido bestunto a possibilidade de que nossos valorosos militares estejam cooptados. Seria o fim dos tempos para a nacionalidade brasileira.
O último baluarte na defesa do povo brasileiro, por que razão não sei, ainda não foi convocado a ir às ruas.
Sintomaticamente, temos um ministro da defesa que se farda de camuflagem, imitando um certo Coma Andante que desde 1959 inferniza a pobre Cuba e, por coincidência não menos estranha, foi advogado.
São as ironias da História, que nos fazem imaginar que o próximo ditador cubano não será cubano, mas brasileiro e com nome que soa como chupim.

Jacaré de costas

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