Lula está forçando os aliados a criarem uma CSMF, Contribuição Social sobre Movimentações Financeiras. É só trocar uma letrinha e dizer que os recursos irão todos para a Saúde. Para pressionar, não está liberando mais recursos para o Temporão enfrentar, além das agruras do SUS, a dengue, a febre amarela, a malária e a hepatite B dos índios moribundos da Amazônia.
A Coalizão fisiológica e aloprada do Lula já esfrega as mãos, pois em troca não perderia nada das emendas e das obras politiqueiras do PAC, em ano eleitoral. Escaldada, já está dando um jeito para jogar desde agora a responsabilidade por um "apagão sanitário" em cima da Oposição.
A Oposição, lerda e pachorrenta, continua na praia, esperando a volta aos trabalhos, quando já deveria ter montado uma Comissão Paralela do Orçamento e apresentado com objetividade os cortes a serem feitos, incluindo as emendas, para que a opinião pública saiba que estão pagando juntos o preço pela redução de impostos.
Para a Saúde, o governo assopra que necessita pelo menos R$ 6 bilhões. O Contas Abertas faz uma conta simples: as emendas parlamentares, individuais e coletivas atingem R$ 18 bilhões. O valor individual da emenda de cada parlamentar, para 2008, aumentou 33% (de R$ 6 milhões para R$ 8 milhões). Com a simples manutenção do valor das emendas individuais em R$ 6 milhões e um corte de 50% nas emendas coletivas, já sobrariam R$ 7,7 bilhões.
Se a Oposição não sabe fazer contas rápidas, que assuma as contas de quem sabe. Até o Coturno Noturno já indicou R$ 3 bilhões de cortes. Somando o Coturno com o Contas, já passa de R$ 10 bilhões. Mas tem um segredo: se a Oposição não "cortar na veia" e provar que está cortando, o Lula engole todinhos no Café com o Presidente.
1 comentários:
Infelizmente o que temos no momento é suposição. Essa oposição lite já está enchendo a paciência.
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