Não chamem o caloteiro para a dança da chuva.

Publicamos um post em 10 de janeiro, dizendo que Evo Morales vendeu o que não pode entregar. E que em 18 de janeiro, haveria uma reunião entre Brasil, Argentina e Bolívia, em Buenos Aires, onde o índio cocaleiro e caloteiro iria tentar negociar com as duas partes. A reunião foi transferida para o dia 25. Hoje, o ministro boliviano de Hidrocarburetos, Carlos Villegas, declarou:

"Para o período em que há um aumento significativo de demanda do gás natural, que é o inverno, é claro que garantimos plenamente o envio de gás à Argentina, de modo a contribuir para que não existam problemas de nenhuma natureza na sociedade."

A conta é simplinha:

• A Bolívia consome 5 milhões de m3 por dia
• O contrato com o Brasil é de 32 milhoes de m3 por dia
• O contrato com a Argentina é de 7 milhões de m3 por dia
• A Bolívia produz no máximo 42 milhões de m3 por dia
• O déficit é de no mínimo 2 milhões de m3 por dia, que Argentina ou Brasil vão deixar de receber em gás boliviano

Além disso, o indiozito que masca folha de coca já provou que não tem lá um grande caráter. O gasoduto Brasil-Bolívia está pronto. O novo gasoduto Argentina-Bolívia é o motivo para a sua pomposa viagem ao país vizinho. Evo Morales vai lá para bater o martelo, junto com Cristina Kirchner, na licitação para compra da tubulação, que vai garantir que, em 2010, sejam transportados quase 28 milhões de m3 por dia, quatro vezes mais o contrato atual. Haja gás. Leia mais no Estadão.