Acompanhando o caso desde o início, continuo elocubrando:
- Por que Hugo Chávez mudou o nome de Operação Transparência para Operação Emmanuel, jogando o foco sobre o menino?
- Chávez saberia que o menino estava a salvo na Colômbia e caberia a ele, lá de Caracas, anunciar com pompa o endereço de Emmanuel?
- Ao anunciar o menino, Chávez diria que as duas reféns não puderam ser entregues em função de operações do exército colombiano, jogando o problema nas costas de Uribe e colocando as FARC como vítimas?
- Se fosse Chávez a anunciar que o menino estava a salvo na Colômbia, há dois anos, isto não demonstraria um ato altamente humanitário das FARC, que não deixou uma criança correndo riscos na selva?
- O fato de Emmanuel já estar há dois anos livre e bem cuidado não transformaria o Governo de Uribe num fracasso, por não ter ao menos se preocupado com um menor abandonado?
- Os "garantes"internacionais saberiam do fato e por isso a debandada imediata do local?
Resumo: se fosse Chávez a anunciar a localização do menino, e não Uribe, o espetáculo midiático não teria dado certo?
Respondendo ao Mário, comentarista, que afirma: "A hipótese de que Chavez anunciaria com pompa e circustância seu heroísmo no resgate do menino não faz sentido. Não é difícil supor que há muitas testemunhas da presença do garoto na creche há 2 anos." Caro Mário, o que estou elocubrando é que Chávez daria a notícia de que aquele garoto era Emmanuel. Já pensou Chávez dizendo, "Uribe, você não sabe nada. Emmanuel está há dois anos libertado pelas FARC na casa de Fulano de Tal, em cidade Tal. Agora, Uribe, tire seu exército das emboscadas e deixe as FARC entregar os dois reféns". É isso. O desespero das FARC e de Chávez ao não encontrar o menino onde deveria estar é que gerou esta fantasia de que "o menino foi seqüestrado"por Uribe. Mais um dado: o exército colombiano matou um emissário das FARC no dia 31 de dezembro, na fronteira com a Venezuela. Possivelmente estava indo avisar Chávez que que haviam perdido Emmanuel. E Chávez, sem saber, continuou pagando o mico.
7 comentários
A hipótese de que Chavez anunciaria com pompa e circustância seu heroísmo no resgate do menino não faz sentido. Não é difícil supor que há muitas testemunhas da presença do garoto na creche há 2 anos.
ReplyContinuo dizendo: Chavez tinha programado o "fracasso" e jogaria o mundo contra Uribe. Já estava fazendo isso. Só não contava com o conhecimento de Uribe sobre o menino, são e salvo, há tanto tempo.
Napalm é um santo remédio!
ReplyCoronel, acho que vc se equivocou apenas em relação à data "31 de janeiro". Não seria "31 de dezembro" ?
ReplyCaro Coronel,
ReplyTalvez eu não esteja entendendo sua hipótese. Continua não fazendo sentido porque Chavez sabia que o menino não estava com as FARC. Neste caso, estaria confessando todo o cinema em torno de seu resgate, o que seria ridículo para ele.
Explicando o que, para mim, faz sentido:
Parto do princípio de que existe um "pacto de não-agressão" entre os membros do Foro de São Paulo. Este é um dado real. Daí, a possibilidade dos terroristas terem traído ou mentido para Chavez é mínima, se não impossível. Portanto, o troglodita sabia que não havia criança alguma para resgatar. Digo mais: a tal operação de resgate era uma farsa. Não haveria resgate algum e Chavez culparia Uribe, INIMIGO DO FORO DE SÃO PAULO, pelo "fracasso".
Sugiro que leiam a carta do Embaixador Márcio Dias ao Ministro Celso Amorin. Preciosa!!
ReplyPode ser encontrada em:
http://www.claudiohumberto.com.br/Artigos/tabid/290/articleType/articleview/articleID/99102/Default.aspx
NÃO PUBLIQUE: No item 5, o verbo "estar" no infinitivo é um erro. rsrsrsr, desculpe:
ReplyE não é que não sou perfeito? O verbo está correto. rsrsrs
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